sexta-feira, 6 de abril de 2018

O Medo no Festival de Psicologia em Turim. Selvino Antonio Malfatti





Está marcado para os dias 6 a 8 de abril um evento que trata da questão do medo. Realizar-se-á em Turim Itália.
O medo é uma emoção como a alegria, a expectativa, a angústia, a morte, entre outras, e como tal são sentimentos. Podem ser objetos de reflexão tanto da psicologia como da filosofia, mormente da filosofia da existência como em Kierkegaard como em Heidegger.
A emoção acontece quando o ser humano, animal ou outro ser vivo sentem o valor que determinada circunstância tem para sua vida, suas necessidades ou interesses. É um sentimento que acompanha a dor ou prazer. Estes atribuem valor à vida ou necessidades do ser humano. É uma reação ao que é favorável ou desfavorável para sua vida.
O evento denominado de  Festival de Turim quer entrar na mente humana, e descobrir a essência do medo, suas causas e consequências. Sob a égide do tema: ”o individual e o coletivo: ambos se isolam quando amedrontados”, sob a direção do psicanalista Massimo Ricalcati. Dentro do tema serão abordados variados conteúdos, verdadeiros pesadelos da humanidade, como atentados terroristas que causam traumas individuais e coletivos. Serão debatidos também o papel do perdão e o sentimento de identidade.
Como se percebe há uma intersecção entre o individual e o coletivo, por isso se fará um encontro entre a psicologia individual e a coletiva. O medo é um tema atualíssimo; de um lado o fascínio do muro, da exclusão segregativa, os reforços de autodefesa e de outro, a necessidade de oxigenação, pois sem ela, a vida se apaga. Nisso reside sua importância porque se confronta com o isolamento.
Cada dia haverá uma apresentação de tema central, espécie de Aula Magna, que indicará conteúdos para debates, apresentados por psicólogos, psicanalistas, escritores que abordarão aspectos particulares do medo. O festival terá três palestras centrais. 1. Na sexta o especialista em geopolítica, Lúcio Caracciolo, discorrerá sobre quem são e o que querem os terroristas, sábado o próprio Ricalcati, se ocupará da violência e terror e no domingo a psicóloga marroquina Houria Abdelouahed apresentará na sua lectio o tema mulheres, islam e violência.
O coordenador adianta que se buscará saber se é possível prever a violência, ou como explicar aos pequenos a violência. Ou mesmo explicar o que é isolamento de um lugar ou de um sujeito. Explicar qual o medo maior e a fronteira do medo de ter medo.
A questão que se pode colocar é a seguinte: é possível fazer um paralelo entre os temores individuais e os da sociedade? Como se sabe o medo gera a clausura, o isolamento, potenciando as autodefesas. Mas, paradoxalmente, este comportamento empobrece a vida. Do mesmo modo uma sociedade dominada pelo medo é uma sociedade que se fecha e se torna endógena até definhar completamente. Então: o que fazer? Defender-se e morrer pelo auto enclausuramento ou permanecer aberta e ser massacrada pelo terrorismo?

7 comentários:

  1. Medo, angustan terrível que nos paralisa, sofrimento.

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    1. É horrível a sensação de medo,as pernas tremem, não conseguimos raciocinar, é um grande sofrimento.

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  2. Concordo, o medo paralisa a vida, está definição é perfeita.

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  3. É muito interessante, as pessoas estão cada vez mais presas em seus medos.

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  4. Existem muitas pessoas sofrendo por medo, não saem na rua, estão enclausuradas,armam-se e criam crianças medrosas em condomínios fechados e policiados.

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  5. Um assunto muito atual.
    Parece que há uma grande industria fabricando e criando os mais diversos tipos de medo.

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  6. Medo trás pânico, e horrível, acredito ser a doença pior que existe, faço tratamento.

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