
Evidentemente que as três características deverão ocorrer simultaneamente. Se um estadista fez coisas maravilhosas, no entanto não respeitou as regras do jogo democrático, estará descartado. Pode também ter seguido à risca a democracia, mas exerceu um governo opaco, também estará fora da lista. Dentre vários que preenchiam as condições, decidi escolher três como genuinamente enquadrados nos critérios acima apontados.
O primeiro, um chefe de Estado que governou o Brasil por quase 50 anos. Tomou posse pelo Parlamento brasileiro denominado Assembléia Geral Legislativa. Durante seu governo os dois maiores partidos políticos, liberal e conservador, se alternaram no poder praticamente a metade do tempo para cada um. Não houve nenhum golpe, os trâmites legislativos seguiam seu curso normal e espontâneo. O sistema parlamentarista - embora funcionasse com a nomeação a priori do Presidente do Conselho de ministros – funcionava representativamente e tinha legitimidade perante a sociedade.
As ações mais marcantes deste governo foram: a pacificação interna, superando-se as veleidades de independência regional. As fronteiras com os países vizinhos foram resolvidas, na maioria das vezes pacificamente. Paulatinamente as guerras foram banidas. O maior problema interno, a escravidão, estava sendo solucionado aos poucos (fim do tráfico, lei dos sexagenários, do ventre livre) e por fim foi abolida. Estas ações se tornaram duradouras, isto é, se perpetuaram e foram incorporadas ao patrimônio cultural da nação. Este estadista e chefe de Estado foi D. PEDRO II.
O segundo a marcar época foi eleito pelo voto direto. Recebeu a diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral e tomou posse no Congresso Nacional. Fez um governo alicerçado sobre a representação. Os partidos faziam o jogo político, a imprensa manifestava-se livremente e os cidadãos gozavam de todas as garantias constitucionais.
Sua ação mais significativa foi a industrialização do país e a construção de Brasília. Quanto à primeira despertou a confiança das empresas internacionais para investir no Brasil. Instalaram-se no país as montadoras Ford, Volkswagen, Willys e GM. Com isso deu o primeiro impulso para o Brasil sair da condição de economia rural para transformar-se em industrial e de serviços. A outra grande ação foi a mudança da capital, do Rio de Janeiro para Brasília. Através disso levou o povoamento ao interior e integração das regiões centro e Oeste. Este estadista foi JUSCELINO KUBITSCHEK.

Antes de sua posse como ministro o país encontrava-se numa situação econômica caótica devido ao problema inflacionário. Deparou-se com uma inflação de 1.100% por ano e já no ano seguinte passou a 2.500%. Numerosas tentativas anteriormente haviam sido experimentadas para debelar a inflação:congelamento de preços, confisco de bens, prisões de empresários e outras. Tudo em vão. Como ministro da fazenda concebeu uma estratégia para enfrentar o problema. De imediato recebe o apoio do presidente Itamar Franco e implanta o Plano Real. A partir de então, a inflação cede e tem início o período de estabilidade econômica. Com certeza esta foi a maior ação enquanto ministro. Mais tarde, como Presidente, completou seu trabalho com as privatizações, tornando o Estado mais enxuto e funcional. Passaram para a iniciativa privada gigantes empresas estatais como Embraer, Telebras, Vale do Rio Doce. O estadista e chefe de Estado que levou adiante estas ações significativas e duradouras foi FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.
A eles, nosso obrigado!
Agradou-me este artigo,pois nós, os brasileiros temos memoria curta,está aí o resgate da vida de homens que foram exemplos de politícos comprometidos com a nação.
ResponderExcluirDevemos dizer obrigado pois,partindo das decisões destes homens, hoje o país apesar das desigualdades sociais,está com uma economia equilibrada perante a outras economias mundiais.Penso que poderia ter incluído o presidente Itamar...afinal Fernando Henrique foi seu ministro e aí iniciou sua caminhada para a presidência.
ResponderExcluirHá poucos dias, o Brasil perdeu um dos políticos mais ilustres, sérios, éticos e nacionalistas de carteirinha que sempre colocou os interesses do país, acima das ambições pessoais e partidárias:o ex-presidente Itamar Franco. Depois da falência do regime militar, convivemos com um bacharel imortal (José Sarney) e um prestidigitador (Fernando Collor de Mello), mas ambos falharam no controle da inflação, então o principal mal da economia brasileira. Só não falhou o engenheiro Itamar (Mar de pedras...?).
ResponderExcluirjornal 247.........08/07/2011.
Reviver partes da história é muito importante,foram tempos que valia a palavra,como Juscelino que tanto lutou e, apesar da crítica na construção de Brasília,colocou o País na era do desenvolvimento.
ResponderExcluirClaro,Fernando Henrique como presidente foi leal aos direitos democráticos,mas a venda da vale.........era o nosso grande patrimônio.
ResponderExcluirTambém acho que a venda da vale foi doida,afinal estava dando lucro,agora dá muito mais para os acionistas estrangeiros.Foi-se a galinha dos ovos de ouroooooooo.
ResponderExcluirÉ mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).Sim,pelo exposto acima podemos dizer que Fernando Henrique como presidente preocupou-se com o social além do econômico.(Dados folha de São Paulo)
ResponderExcluirPelos comentários alguns "sentiram" a venda da Vale do Rio Doce. No entanto, parece, pelos estudos realizados, que foi melhor para o Brasil - agora produz lucros através de impostos - e para a empresa, pois teve um desempenho melhor. Só a titulo de sugestão, indico o artigo:
ResponderExcluirANÁLISE DO DESEMPENHO DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE ANTES E DEPOIS
DA PRIVATIZAÇÃO
Cláudia Rodrigues de Faria, Ciências Contábeis, Fecilcam,
claudia@campomourao.pr.gov.br
Sílvia Mara Homiaki, Ciências Contábeis, Fecilcam, sil_mh@hotmail.com
Me. Jorge Leandro Delconte Ferreira, OR, Ciências Contábeis, Fecilcam,
jorge.leandro.professor@gmail.com
site: http://www.fecilcam.br/nupem/anais_iv_epct/PDF/ciencias_sociais/02_FARIA_HOMIAK_FERREIRA.pdf
Cada um tem seu ponto de vista e,respeitamos mas também temos o entendimento que o que é publico acaba sendo muitas vezes usado como propriedade privada onde uma minoria se beneficia...Agora a vale e tantas outras empresas que antes eram deficitárias estão no topo das mais rentáveis.Então, sejamos honestos para reconhecer que o Estado deve ser enxuto.As empresas eram moeda de troca entre os políticos e,ainda continuam ,basta ver as notícias sobre o ministério dos transportes...
ResponderExcluirHahaha! Deixou Getúlio de fora da lista mas incluiu o FHC! Piada mesmo!! Mas respeito o humor dos outros.
ResponderExcluirSe um dos critérios é o respeito pela representatividade, é claro que o populista Getúlio, quem mandou no país de 1930 a 1945 a partir de um golpe, não pode ser citado.
ResponderExcluirFHC? Privatizou gigantes para dar lucros à estrangeiros que cobram caro pelos serviços, e quem paga é a própria nação. Brilhante estadista, quero dizer, palhaço.
ResponderExcluirItamar era estadista! FHC servia ao psdb.
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