sábado, 18 de março de 2017

Democracia cristã na Europa - Partdo Popular Europeu. Selvino Antonio Malfatti




Partio Populara Europeu

2. Aústria

Na Segunda Guerra Mundial a Áustria foi anexada à Alemanha. Com o término da Segunda Guerra Mundial a Áustria, que havia sido anexada à Alemanha por Hitler, é dividida em quatro zonas ocupadas pelos aliados: França, Inglaterra, Estados Unidos e Rússia. Constituiu um governo provisório e a republica foi restabelecida. Somente em 1955 consegue novamente a sua soberania, pelo Tratado do Estado Austríaco. Foi promulgada uma Constituição, comprometendo-se de manter a neutralidade. Em 1966 foram realizadas eleições para preencher as vagas de 165 deputados da Assembleia Nacional. O resultado apontou uma maioria absoluta para o partido católico, Partido Popular da Áustria, o qual, nas eleições de 1962 obteve 81 cadeiras, faltando apenas duas cadeiras para a maioria absoluta.
Forma-se um governo monopartidário com Josef Klaus. Em 1970, o governo passa para os socialistas, tendo como líder Bruno Kreisky.

3. Bélgica

Na Bélgica, cuja questão política central foi a disputa pela hegemonia linguística flamenga e francesa, formavam-se governos de coalizão partidária. A exceção ocorre entre 1950 a 1954 com um governo social cristão, em torno do Partido Social Cristão. Após este período, constitui-se um governo de coligação sob a liderança do socialista Achille von Acker que passa apoiar um sistema de ensino laico, em detrimento do ensino confessional católico. Em 1958, novamente o partido social cristão consegue o governo, mas os fracassos ante o problema linguístico dos governos liderados pelos cristãos Gaston Eyskens, Théo LeFèvree Pierre Harmel provocam um derrota eleitoral em 1961 e 1965. Novamente retorna a questão central, a língua. Eyskens propõe uma fronteira linguística entre as entre as regiões que falam a língua francesa e as que falam flamengo. Os de língua francesa, minoria com 33%, não acatam e deixam de prestar apoio político provocando a queda do governo de Paul Vanden-Boeynants e convocando novas eleições.

4. Países Baixos

Os Países Baixos, ou Reino dos Países Baixos, também experimentou um forte partido cristão após a Segunda Guerra Mundial. Trata-se do Partido da População Católica que, desde 1948, governou num sistema de alianças com quase todos os demais partidos políticos. De 1954 a 1959 perdem o governo para os laboristas, pois o partido católico não aceita formar um governo com os laboristas na oposição temendo perder o apoio eleitoral do eleitorado operário católico. Esta situação deu oportunidade aos laboristas de prevalecerem na formação do governo.
As eleições para a segunda Câmara, 1957 e 1963, refletem a força política do partido católico nos Países Baixos, obtendo maioria relativa.

O partido católico e os laboristas foram os únicos que tiveram um crescimento significativo no número de cadeiras. Os demais ou se mantiveram ou perderam cadeiras. No fim da década de sessenta, 1967, forma-se uma ampla coalizão para se constituir um governo. Formaram uma aliança o Partido da População Católica, os Liberais, os Antirrevolucionários e os Cristãos Históricos, reunindo 86 das 150 cadeiras. O líder do governo, Piet de Jong, pertencia ao partido católico. No entanto, após a década de sessenta, como nos demais países europeus, começa o refluxo do partido católico.  

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