quinta-feira, 7 de junho de 2012

BENILDE, NOSSA IRMÃ. Selvino Antonio Giovanella Malfatti












Neste domingo próximo na localidade de Batuvira, distrito do município de Progresso, do Rio Grande do Sul, a comunidade estará em festa. É que uma filha deste lugar completará 60 anos de vida religiosa. O nome que os pais lhe deram é ADELINA ALBINA GIOVANELLLA e o nome que ela escolheu como religiosa é IRMÃE BENILDE.
Filha de José Giovanella e de Maria Letícia Salton Giovanella nasceu no então município de Marques de Souza. Compartilhou a fraternidade com 10 irmãos, dentre os quais três homens e sete mulheres. Cursou seus estudos superiores em Lages, Santa Catarina, logrando o título de bacharel em Contabilidade.  Sua atuação profissional foi na área de Administração, destacando-se atividades em Florianópolis, Rio de Janeiro, Curitiba e Lages. Atualmente reside em São Bento do Sul, Santa Catarina.
O que será que leva uma pessoa a optar pela vida religiosa? Em todas as religiões há pessoas que deixam a vida comum e encaminham-se para atividades religiosas. Acontece no judaísmo, islamismo, budismo e não poderia deixar de ser no cristianismo.  Conforme o testemunho da Irmã Benilde “é um chamado de Deus”
O que estas pessoas têm em comum e o que têm de diferente com os que seguem a vida dita normal. Em comum, as pessoas que se dedicam à vida religiosa, têm uma grande sensibilidade com o sobrenatural e necessidade de ajudar seus semelhantes. Diz Irmã Benilde: “por uma vida de doação aos irmãos necessitados”. Estas pessoas gostam da atmosfera do divino, do místico, do sobrenatural. Ao mesmo tempo vêm seus semelhantes com outros olhos. Enxergam neles algo de divino, de um valor que extrapola o natural e eleva-se ao plano espiritual. Isso é tão forte e marcante que acompanhará pelo resto da vida. Conforme Benilde: “Se tivesse que reassumir minha vocação hoje, o faria da mesma forma, somente na época de hoje.” Isto faz com que após 60 anos de vida religiosa possa dizer: “realizada por ter respondido o convite de Deus”. Isto não quer dizer que tudo tenha sido um mar de rosas. Ela mesma salienta que houve um fato marcante na vida dela, “uma experiência de quase morte que tive, e após revivi”. Após todos estes anos dedicados a Deus e ao próximo ela confessa que não teve nenhuma aspiração não realizada e, portanto está plenamente feliz.
A vivência do religioso na vida social caracteriza-se por ter atitudes diferentes para com os semelhantes. Compreendem-nas, consolam-nas e as valorizam. O religioso impregna o ambiente onde está com uma áura espiritual e todos os que dele se acercam sentem-se imantadas por esta energia. Na presença de um religioso temos a sensação de que Deus anda por perto. A pessoa do religioso é a presença física daquele em quem acreditamos. Ela nos traz o invisível para o mundo visível, a fala do silêncio, a certeza da dúvida.
O religioso está entre nós é igual e diferente. Diferente por causa do olhar que têm para a realidade circundante. Ele enxerga o que os demais não percebem. São como pessoas que, usando óculos especiais, podem enxergar no escuro. E o inverso também é verdadeiro. Elas não enxergam muitas coisas que pessoas normais vêem. È por isto que surgem às vezes atritos entre os de vida religiosa e leigos.
Penso que foi Francisco de Assis que conseguiu expressar o que é uma vida religiosa. O religioso tem por meta por toda sua vida.
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a .
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!”


Esta é uma singela homenagem que nós irmãos, cunhados, sobrinhos, netos, bisnetos e a comunidade te fazemos, BENILDE: nossa irmã. UM ABRAÇO.



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