sexta-feira, 15 de junho de 2012

RIO+20 E O PLANETA QUE QUEREMOS. Selvino Antonio Malfatti






No período de 13 a 22 de junho, do corrente ano, na cidade o Rio de Janeiro está sendo realizada a Rio +20 - a Conferência das Nações Unidas - sobre o Desenvolvimento Sustentável. Estão presentes 193 Estados-membros da ONU, chefes de Estados e de Governos, milhares de participantes dos setores mais representativos da sociedade civil. Calcula-se em torno de 50 mil participantes. Há um congraçamento entre nações, governos e sociedade com o objetivo de encontrar soluções para conciliar desenvolvimento e preservação do meio-ambiente.
Após 20 anos passados da Cúpula da Terra, realizada também na cidade do Rio de Janeiro, pretende-se agora fazer um feedback do que foi feito e projetar um futuro melhor para os próximos vinte anos. O foco principal é como reduzir a pobreza, promover a justiça social e simultaneamente preservar a natureza ou mesmo incrementá-la. Os desafios são enormes, pois estamos diante de um planeta sempre mais habitado que requer alimento, civilização, cultura, lazer, tecnologia e experimentos.
O Coordenador Executivo da Conferência, Brice Lalonde, entende que esta é uma oportunidade histórica por ter conseguido congregar tantos estados, pessoas e organizações com o objetivo de encontrar idéias que possam promover um futuro sustentável, isto é, pacificar posições aparentemente antagônicas, como desenvolvimento e preservação.
Para tanto a Conferência se concentrará em dois temas eixo: 1. A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. 2. Quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.
Há, no entanto, alguns senões. Entre eles é a ausência do governo norte-americano e chinês.  Além disso, não há confirmação da presença do governo da Alemanha e Reino Unido. E coincidentemente são os que mais poluem. 
Como contrapeso, confirmaram presenças os governos da Rússia,.o presidente eleito da França e o Presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso.
O que conseguiram as conferências anteriores? A primeira de 1972 e a segunda em 1992, esta denominada Eco – 92? Da primeira, em Estocolmo, se pode dizer que ficou e continua sendo perseguido como ideal genérico, o ambientalismo, como se dizia na época e agora se chama sustentabilidade. Compareceram apenas dois chefes de Estado. Já na segunda Conferência a mesma idéia continua sendo centro de debates, então chamada de ecologia, na Eco - 92.  Já nesta compareceram 108 chefes de Estado e de governos. Apesar de as agressões à natureza continuarem, como o caso da concentração de gases, causando o efeito estufa e redução da biodiversidade, a Eco – 92 motivou as empresas a se engajarem na preservação ambiental. Com isto a idéia de preservação do meio ambiente tornou-se adulta e terá muito mais vigor nesta do Rio + 20, mormente porque ganhou um poderoso aliado, o consumidor que passou a dar preferência a produtos não poluentes.
O que vai acontecer nos próximos vinte anos?
Uma coisa é certa: a natureza não distingue categorias: econômicas – ricos ou pobres; educacionais – instruídos ou analfabetos; religiosos – santos ou pecadores; políticas – governantes e go ou castigo. E tem quem aposta nisso. E o pior, se dá bem.
É bom pensar!overnados. Perante a natureza todos são iguais. E pior: a natureza recompensa e castiga indiscriminadamente. Não é por que o Brasil age sustentavelmente que será recompensado, nem por que os USA poluem serão castigados. A natureza não discrimina prêmio ou castigo. E tem quem aposta nisso. E o pior, se dá bem.
É bom pensar!

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