sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Papa Francisco e o Amor. Selvino Antonio Maslfatti

 


 


 

 A nova Encíclica de Francisco I insere-se na vertente franciscana do pensamento cristão. Com efeito, o franciscano Dun Scotus enfatiza o papel da vontade colocando-a em supremacia em relação à razão. Da mesma forma São Francisco é todo amor em relação à razão. Não pode ser esquecido Santo Agostinho quando proclama: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. O fundamento geral e próximo é o evangelho de São João.

O título da Encíclica Dilexit vos consta do livro de São João, capítulo 3 e em outras passagens bíblicas. A linha de pensamento dirige-se, não à razão, mas ao coração, por isso enfatiza a caridade e com ela quer enfrentar os desafios contemporâneos. Destacas o amor na vida da Igreja e dos fiéis lembrando as palavras de Jesus: “amou-vos até o fim.”

Destacamos os principais pontos:

O amor é o coração da Igreja e de toda a sua ação. O amor não é algo teórico, mas concreto que se manifesta através das obras de misericórdia que se concretizam no serviço aos pobres e marginalizados.

A caridade através da qual busca a justiça social. Esta caridade não apenas visa a ajuda material, mas trem em mente a justiça social. A igreja deve estar atenta às necessidades dos vulneráveis e esforçar-se para promover um mundo amis justo.

Um dos temas mais badalados internacionalmente é o meio ambiente. A solução é novamente o amor para cuidar da criação da criação. Cita, para tanto a própria Encíclica: Laudato Si. Este amor deverá se estender a todas as criaturas.

Os povos devem procurar a unidade e a fraternidade através do amor. Este promoverá a fraternidade  e o respeito mútuo, inclusive entre as religiões.

Cristo é o exemplo do amor sacrificial. O papa exorta os cristãos a seguirem seu exemplo para sua entrega ao próximo.

Estes são os principais temas abordados pelo papa. Concluindo, quer uma igreja voltada para o serviço social, com justiça social e o cuidado com o ambiente, através do amor.

Encíclica:

 “Ele nos amou”, diz São Paulo, referindo-se a Cristo (Rm 8,37), para nos ajudar a descobrir que nada “poderá nos separar” daquele amor (Rm 8,39). Paulo afirmou isto com certeza porque o próprio Cristo tinha assegurado aos seus discípulos: “Eu vos amei” (Jo 15, 9.12). Ele também nos disse: “Eu os chamo de amigos” (Jo 15,15). O seu coração aberto precede-nos e espera-nos sem condições, sem exigir um pré-requisito para poder amar-nos e oferecer-nos a sua amizade: “ele nos amou primeiro” (1 Jo 4, 10). Graças a Jesus “conhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos” nesse amor (1Jo 4,16).( CARTA ENCÍCLICA, DILEXIT NOS, Santo Padre Francisco)

 

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