sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA ATUALIDADE. Selvino Antonio Malfatti


















Em 2002 foi instituído pela UNESCO o Dia Mundial da Filosofia, na terceira quinta-feira do mês de novembro. O objetivo de celebrar tal data foi de demonstrar a importância da Filosofia para a vida humana e convivência social.

O físico inglês Hawking afirmou recentemente que a Filosofia estava morta. Claro, o mesmo se poderia dizer da física. Como assim? Depende de que filosofia e de que física. A filosofia cosmológica está morta e o mesmo se pode dizer da física com base na cosmologia. O que se quer dizer que cada área de conhecimento tem um objeto específico. A física teria por objeto as leis básicas do universo e a filosofia os princípios da convivência humana. Ou, como afirma chefe da agência da ONU, Irina Bokova, “em um mundo de múltiplas rupturas, a filosofia desempenha um papel essencial no pensamento e na ação pela dignidade humana e harmonia”. Para tanto se alça à casuística do “hic e nunc” para encontrar o que é específico no homem, isto é, sua dignidade. E isto o faz pela filosofia. 

Evidentemente que existem várias teorias filosóficas, mesmo aqueles que a negam, mas a supõem. O que não se pode fazer é julgar um objeto específico do conhecimento pelo outro também específico. É o caso do físico Hawking que ao raciocinar sobre a morte da filosofia baseou-se na física. 
Enquanto a maioria dos países europeus tem convicção sobre a importância do estudo da filosofia, no Brasil, provavelmente devido à origem portuguesa, não há a mesma crença. O pensamento filosófico português somente adquiriu independência do católico no final do século XIX e ainda assim optou pelo tecnicismo, o qual foi transferido para o Brasil. A partir daí o pêndulo balançou entre o tecnicismo e humanismo, mas o currículo oficial sempre deu preferência ao tecnicismo. Quem manteve a chama acesa do humanismo foi o ensino privado.

Atualmente a Reforma do Ensino do Brasil prevê a desobrigação do ensino da Filosofia nos currículos. Isto evidentemente é um retrocesso, uma volta ao pensamento tecnicista dos governos militares. É o alijamento, mais uma vez, do conteúdo humanista. Retrocederemos à Reforma do Marquês de Pombal quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. O preconceito contra a filosofia acompanhou todas as reformas do ensino no Brasil. 

A mais próxima da independência, a Reforma de Pombal consagrou o tecnicismo. A da República, embasada no positivismo como o suprassumo do preconceito contra a filosofia, deixou de compor o currículo. Já na década de Trinta passou a fazer parte do currículo do ciclo complementar. Na Reforma Capanema, nos anos quarenta, com a divisão em ensino científico e colegial a filosofia aparece neste último. A reforma do período militar colocou a filosofia na mira, novamente, do tecnicismo e consequentemente a filosofia foi paulatinamente se extinguindo do currículo.  LDB de 1996 contemplava a filosofia no currículo mas a presente reforma em curso, novamente a disciplina recebe um tratamento secundário, senão excludente.

Para ver como a filosofia é importante apresentamos um elenco de filósofos da atualidade de diferentes países, inclusive ingleses e americanos países, de pensamento de cunho essencialmente pragmático. 

Isto nos leva a refletir como Aristóteles em Protético:

“Se se deve filosofar, deve-se filosofar, e se não se deve filosofar, deve-se igualmente filosofar para argumentar que não se deve filosofar”.

Alguns filósofos da atualidade:

G. E. M. Anscombe , A. J. Ayer , Ruth Barcan Marcus , Isaiah Berlin, Simon Blackburn , Ned Block , Rudolf Carnap , Avram Noam Chomsky , Donald Davidson , Sigmund Freud. , Edmund Husserl, . Henri Bergson, Heidegger, Adorno, Foucault , Habermas entre outros.

Do Brasil: Antonio Paim e de Portugal Antonio Braz Teixeira, ainda vivos.

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