tag:blogger.com,1999:blog-76431006248570328572024-03-19T07:47:59.426-03:00REFLEXÃOPor <b>Selvino Antonio Malfatti (Universidade Federal de Santa Maria - UFSM)</b> e <b>José Maurício de Carvalho (Universidade Federal de São João del Rei - UFSJ)</b>.
<br>
<br>
Através deste blog pretendemos promover uma reflexão sobre os acontecimentos nacionais e internacionais que direta ou indiretamente nos afetam.Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.comBlogger691125tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-66168553969761297242024-03-15T14:44:00.000-03:002024-03-15T14:44:17.998-03:00 Recuperar o Humanismo. José Mauricio de Carvalho<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhdt0k27_OjqPw47IuXSSVzxW6zgmCfGtIMaYBoutNTrZK7kOpgnIQAs0DIyFgxVbwQY2d7L_MlVfSjizaU7xYOFlgHFXBvxSpzanwGvL5fTJH_oIn7ONxwv_ZkEm4C-266bdp5-8zrKDFhmbhC6E779cD6XOLzUywnXJe5--EJAXnACDxh6ALrFUA6qDM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="655" data-original-width="984" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhdt0k27_OjqPw47IuXSSVzxW6zgmCfGtIMaYBoutNTrZK7kOpgnIQAs0DIyFgxVbwQY2d7L_MlVfSjizaU7xYOFlgHFXBvxSpzanwGvL5fTJH_oIn7ONxwv_ZkEm4C-266bdp5-8zrKDFhmbhC6E779cD6XOLzUywnXJe5--EJAXnACDxh6ALrFUA6qDM" width="320" /></a></div><br /><p></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;">Não é novidade dizer que passamos por uma crise de cultura. Dezenas de intelectuais repetem isso desde o século passado. Zygmunt Bauman entrou nesse assunto mostrando que a sociedade de massas, descrita por diversos autores sendo Ortega y Gasset é o mais conhecido, era alegoricamente descrita como: 'leve', 'líquida' e 'fluida'. O que ele queria dizer? Que vivemos dias em que a sociedade se ajusta a forma do momento, sem manter antigas configurações. Não há formato ou fatores estruturantes no meio social, disse Bauman, a sociedade funciona como um líquido que assume a forma do recipiente. O diálogo com o passado é fraco ou inexistente, especialmente com os valores. Tudo é passageiro nesses nossos dias, dos bens consumidos aos amores vividos. Amores duram o tempo do prazer e desaparecem nas primeiras dificuldades. O que é trágico para tantos pode ser traduzido na singela fórmula do ficar e resulta nas relações ou casamentos em série. Essas mudanças bruscas produzem dificuldades e sofrimento pessoal e elas são maiores para aqueles que mais precisam do apoio dos costumes e instituições. </span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-size: large;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A crise foi tema de muitos livros de Bauman. Em </span><span face="arial, sans-serif" style="font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Babel </span><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Bauman e Mauro, coautor da obra, olharam a depressão econômica de 2008, perceberam que ela acelerou as mudanças que já estavam ocorrendo. Ela acelerou os processos: estimulou a competição em detrimento da solidariedade, enfraqueceu os sistemas de proteção social e de garantias do trabalhador, atribuiu os fracassos profissionais unicamente à falta de talento ou capacidade dos indivíduos, reduziu o planejamento de longo prazo e o poder econômico se afastou e se sobrepôs à política, os estados nacionais perderam força e a violência se reproduziu dentro e fora dos Estados Nacionais. </span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;">As mudanças deixaram de lado os valores e a tradição humanista que funcionavam como a coluna vertebral do ocidente. Porém hoje, os movimentos da economia, a tecnologia e a revolução da comunicação nesse mundo global não dependem mais nem da linguagem escrita, nem da tradição intelectual, nem dos valores, nem da história que identifica essa cultura. Não precisa de nada disso para justificar a formação dos Estados Nacionais e da produção econômica. Por isso todos esses elementos, que tínhamos como identificadores do que éramos, caíram em desprestígio sendo retirados do sistema educacional oficial de muitos países e colocados no altar do desprestígio. </span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;">No entanto, sabemos que aquilo que fornece identidade ao homem é o seu passado, não como um presente eterno, mas como aquilo que mostra do que fomos feitos, do que nos construiu e forneceu matéria-prima para enfrentar as novidades que a vida vai trazendo. E assim, a forma que temos para enfrentar os desafios das situações-limite (sofrimento, doença, culpa e morte), ou ainda a barbárie e a ignorância, que andam para além das rotinas do dia a dia é o diálogo com isso que nos teceu. </span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;">A compreensão de quem somos nos faz perceber que a consciência de nossos limites naturais aponta para os valores historicamente elaborados, o que significa na prática considerarmos o respeito ao outro e sua dignidade como objetivo de vida e a fraternidade como possibilidade. Disse-o Immanuel Kant de forma singela. E deixou-nos o desafio de criar a defesa da humanidade como um valor para nos salvar da barbárie, das ilusões, da ignorância, do fanatismo, esses filhos de nossos dias. Esses filhos nos deram netos que se denominam: anticiência, antirracionalidade, fundamentalismo religioso e político, nacionalismo apodrecido e anacronismo. </span></span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: large;">O humanismo é uma forma de referir-se à humanidade como valor e realçar a capacidade que temos de amar. </span></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-11328045862097307522024-03-09T13:56:00.000-03:002024-03-09T13:56:04.839-03:00O LEGADO ROMANO DA PROPRIEDADE PRIVADA. Selvino Antonio Malfatti<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjiiIPBrqtk7VXwjrBjIJTFyiGYkmYtGxpyj_FeDivrfeX0TzXxF6AHEQ2mdbkCEk1w-oxAJJZt4Fg_jhUkt7nLJslKyTs6tM6BriMUecP2bZT7318GmML1MX09S5MzWOw1pmMSE2W8i_ZtpppOj4s9aPlxFA-Um1t0XpW-glEXVccdj7GlPVFz2lrASKE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="192" data-original-width="204" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjiiIPBrqtk7VXwjrBjIJTFyiGYkmYtGxpyj_FeDivrfeX0TzXxF6AHEQ2mdbkCEk1w-oxAJJZt4Fg_jhUkt7nLJslKyTs6tM6BriMUecP2bZT7318GmML1MX09S5MzWOw1pmMSE2W8i_ZtpppOj4s9aPlxFA-Um1t0XpW-glEXVccdj7GlPVFz2lrASKE" width="255" /></a></div><br /><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"></p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">Há algumas semanas o governo
federal ressaltou importância da concessão do título de propriedade a centenas
de pessoas das favelas de Cantagalo e Pavãozinho do Rio de Janeiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">Como a propriedade, outras
instituições como a família, casamento, língua, política, arquitetura e
engenharia, mas, sobretudo o direito são heranças dos romanos. Se pode dizer que
pensamos, agimos, sentimos e falamos romano todo dia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">A propriedade romana era a
base do sistema eletivo. Era essencialmente censitária. A população romana dividida
em classes censitárias. Cada classe devia comprovar determinado rendimento. A
primeira classe deveria ter 100.000 asses, até a quinta com 12.000 asses. Em
seguida vinham os proletários e os “capite sensi”. As votações obedeciam a
ordem das classes nas assembleias. Em que pese o monumental mundo institucional
dos romanos, incluído a propriedade, herdamos também defeitos como guerras,
corrupção, patriarcado, machismo entre outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">As novas pesquisas atuais se
concentraram nos monumentos, construções como aquedutos inclusive nos povos
subjugados, respeito pelas religiões locais, línguas, economias e costumes.
Nisso consistiu a força romana tornando os povos vencidos futuros aliados. A
maior concessão foi o título de cidadão romano aos homens adultos do império
pelo imperador Caracalla. Os pesquisadores, porém, têm o cuidado de separar o
mito da verdade. Um caso típico de mito é a fundação de Roma por Rômulo e Remo.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">O grande cuidado que se deve
ter é de não utilizar as categorias atuais identificando-as com as da época.
Isto tornaria a pesquisa anacrônica. Foi isto que levou vários pesquisadores a
conclusões completamente equivocadas. É o caso das categorias livre e escravo
ou o conceito de mercado. Para Max Weber não havia propriamente um mercado
livre. Por isso boa parte dos pesquisadores propõe comparar com as economias
pré-industriais da China e Índia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">O ser livre ou escravo era
uma condição que variava de tempo e lugar. Por exemplo, o diretor da biblioteca
de Atenas, quando conquistada pelos romanos era um escravo. O escravo só não
tinha a liberdade, e nem propriedade, mas de resto vivia como os demais. Com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Alexandre Magno o mundo romano entra em contato
com o império romano difundindo seu modus vivendi e operandi, e mesmo cognoscendi.
O mundo oriental estava na fase protoindustrial e o comércio exterior
resumia-se em permutas. Tinham trabalhadores livres e assalariados, mas com
estatuto social muito baixo. Recebiam porções alimentares em troca de trabalho.
O mundo grego conheceu a pequena propriedade, mas havia também as grandes
propriedades de senadores e cavaleiros ilustres. Isso foi incorporado a Roma
que enveredou para a autocracia e burocracia do modelo persa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">Na Idade Média Santo Tomás
considera a propriedade uma questão de justiça como estímulo para bem cuidá-la
e aproveitá-la. Dizia ele: quanto mais comum for algo tanto menos se cuida.
Fundamenta seu pensamento inserindo a propriedade como um direito natural, com
fins sociais devido ao princípio de justiça que rege a questão da propriedade
privada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">A maior revolução na questão
da propriedade adveio com John Locke. Este derivava a propriedade da própria
pessoa humana. Esta seria a primeira propriedade da qual derivariam as demais
pelo trabalho. Por isso que os bens materiais, se vindos do trabalho, eram uma
propriedade sagrada da pessoa.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-38372246274549914402024-03-01T15:49:00.000-03:002024-03-01T15:49:12.143-03:00 judaísmo evangélico. José Mauricio de Carvalho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXwqOeeW9v4US5yeB_BOF8JgRaB92eNlMBFj-rysrS7qWCXK63wuNSZ9wWuyvnYuLOCCUPErz6jwTHwpDOYHwTRW06IQKy4BD-kDJb42xFOIZGpsdQRoUEzH82HlPV1KP0zUh5w3LSidq2xoMZDd-4X9K9RqAnj_yVHS73y8UKTbbTacCoY1Bty6eJ3Qc/s204/candelabro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="192" data-original-width="204" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXwqOeeW9v4US5yeB_BOF8JgRaB92eNlMBFj-rysrS7qWCXK63wuNSZ9wWuyvnYuLOCCUPErz6jwTHwpDOYHwTRW06IQKy4BD-kDJb42xFOIZGpsdQRoUEzH82HlPV1KP0zUh5w3LSidq2xoMZDd-4X9K9RqAnj_yVHS73y8UKTbbTacCoY1Bty6eJ3Qc/s1600/candelabro.jpg" width="204" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">X</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEidAPjt6JgoRzGV-B8Msw-H6I5zhP14P77u4Un_bMV5Bhii_bqDdkQN-Kr8_8SB45W4byCtH7--H_CKMIvf36Ds5gyDImrlGpHSr0dL7hNvP6-3_92i4Nkrfbug6IxdXRtTI-HFtqoS_tOREhFoiiQSJqC0bOKkCDZsrj4wAmO-94rCp0GN8iWviARt6Hs" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="192" data-original-width="204" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEidAPjt6JgoRzGV-B8Msw-H6I5zhP14P77u4Un_bMV5Bhii_bqDdkQN-Kr8_8SB45W4byCtH7--H_CKMIvf36Ds5gyDImrlGpHSr0dL7hNvP6-3_92i4Nkrfbug6IxdXRtTI-HFtqoS_tOREhFoiiQSJqC0bOKkCDZsrj4wAmO-94rCp0GN8iWviARt6Hs" width="255" /></a></div><br /><br /></div><br /><p><br /></p><div class="adn ads" data-legacy-message-id="18de262c41b07028" data-message-id="#msg-a:r3670059120057271981" style="background-color: white; border-left: none; color: #222222; display: flex; font-family: "Google Sans", Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; padding: 0px;"><div class="gs" style="margin: 0px; min-width: 0px; padding: 0px 0px 20px; width: initial;"><div><div class="ii gt" id=":65" jslog="20277; u014N:xr6bB; 1:WyIjdGhyZWFkLWE6ci0xMjEwMzcwMzUxNTI3NDE2MTg0Il0.; 4:WyIjbXNnLWE6cjM2NzAwNTkxMjAwNTcyNzE5ODEiXQ.." style="direction: ltr; margin: 8px 0px 0px; overflow-x: hidden; padding: 0px; position: relative;"><div class="a3s aiL" id=":64" style="direction: initial; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: 1.5; overflow: auto hidden; position: relative;"><div dir="auto"><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: large; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Há cerca de quinze anos algumas igrejas evangélicas fizeram uma conversão em direção ao Primeiro ou Antigo Testamento. Para a teologia cristã isso é algo inusitado não porque os dois testamentos não tragam a revelação da mesma fé, mas porque o Profeta de Nazaré, cujos ensinamentos são a base do Segundo Testamento, não é um profeta qualquer, mas o próprio Filho de Deus. Nessa condição e sendo Aquele para quem todas as coisas foram feitas, coube-lhe proceder os ajustes, aprofundamentos e, sobretudo, atualizações dos ensinamentos contidos no Primeiro Testamento escrito em mil anos de História. Portanto, para os cristãos, a direção é sempre do Primeiro para o Segundo Testamento, pois cabe ao Segundo esclarecer o Primeiro.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-size: large;"><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Assim, o inusitado movimento merece um esforço de compreensão. Embora seja um fenômeno complexo e que envolve certamente outros aspectos, parece que duas razões podem explicar esse movimento teologicamente inesperado e inapropriado. A primeira tem a ver com os tempos que vivemos. Autores como Paul Valéry e o sociólogo Zygmunt Bauman, mostraram que a sociedade contemporânea perdeu suas referências axiológicas e se tornou um tempo onde não se consegue herdar referências especialmente éticas e ficou a cada um a tarefa de conduzir, por sua conta e risco, sua existência. Tarefa que para a grande maioria é complexa e eles não conseguem resolver. Bauman diz, de forma metafórica, que a vida nas últimas décadas tornou-se líquida e o mundo deixou de ser um lugar acolhedor para peregrinos. O peregrino é aquele que sai de um lugar sabendo para onde está indo, mas nosso tempo não permite mais isso. O mundo hoje pode ser comparado a um deserto como ilustração de um lugar sem nenhuma estabilidade. No deserto, as pegadas se apagam com facilidade, os ventos mudam a paisagem, tudo fica diferente rapidamente. O mundo das coisas duráveis e estáveis ficou para trás. Ele foi substituído por um outro, um lugar (</span><span face="arial, sans-serif" style="font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Vida em Fragmentos, sobre a ética pós-moderna</span><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, Rio de Janeiro: Zahar, 2011</span><span face="arial, sans-serif" style="color: #202122; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, </span><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">p. 121</span><span face="arial, sans-serif" style="font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">)</span><span face="arial, sans-serif" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">: “de objetos descartáveis projetados para sua imediata obsolescência. Num mundo assim as identidades podem ser adotadas e descartadas com uma mudança de costume.” Assim mudam amores e crenças.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: large; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Um tal mundo não tem estabilidade ou consistência, nada mais está realmente assegurado e os costumes mudam todos os dias. Nesse mundo em mudança não se jura lealdade a nada ou ninguém. Em outras palavras, o presente agora experimentado foi separado do passado e do futuro, vive-se apenas ele. Assim, um livro que contém uma rigorosa pauta de costumes serve aos propósitos conservadores porque pode ser usado para justificar não propriamente condutas morais atualizadas para nossos dias, mas uma forma de viver que era própria de outras sociedades ou tempos que são magicamente recuperadas e justificadas com o sagrado.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: large; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Além da pauta conservadora há nesse movimento em direção ao Primeiro Testamento uma outra justificação nada cristã. Trata-se de um empoderamento da classe sacerdotal compreensível apenas num povo em organização como os judeus que saíram do Egito, sem vida social arrumada, autoridades leigas etc. Enfim, eles tinham uma estruturação teológica da vida social onde a religião era a guia da sociedade e os líderes religiosos (Moisés é o protótipo) eram também os líderes civis e militares, cabendo-lhes ditar o ritmo da vida. Isso lhes conferia um poder usado para cobrança de taxas e dízimos para assegurar o culto. Com o tempo o poder sacerdotal foi usado para controlar a sociedade e enriquecer essa classe a ponto de Jesus lhes condenar abertamente em diversas oportunidades. Isso não porque não se possa fazer oferendas para sustentar o culto, mas porque aqueles religiosos passaram a extorquir a sociedade pedindo ofertas muito além do necessário para essa finalidade. E olha que naquele momento cabia aos sacerdotes várias responsabilidades que não estão entre seus atributos na sociedade atual, como a de declarar alguém livre de doenças e em condições de retornar ao convívio social. Esse poder agrada especialmente alguns pastores que usam dessas igrejas para enriquecer e fazer fortuna, claramente na direção contrária aos ensinamentos de Jesus de Nazaré. Assim, é melhor se afastar do Filho de Deus e recuperar textos de um momento em que o povo de Israel andava nômade pelo deserto ou, pelo menos, carecia de uma organização social mais consolidada.</span></p></div><div class="yj6qo" style="font-size: small;"></div><div class="adL" style="font-size: small;"></div></div></div><div class="hi" style="background: rgb(242, 242, 242); border-bottom-left-radius: 1px; border-bottom-right-radius: 1px; margin: 0px; padding: 0px; width: auto;"></div><div class="WhmR8e" data-hash="0" style="clear: both;"></div></div></div><div class="ajx" style="clear: both;"></div></div><div class="gA gt acV" style="background: rgb(255, 255, 255); border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top: none; color: #222222; font-family: "Google Sans", Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 0.875rem; margin: 0px; padding: 0px; width: auto;"><div class="gB xu" jslog="184332; u014N:xr6bB;" style="border-top: 0px; padding: 0px;"><div class="ip iq" style="border-top: none; clear: both; margin: 0px; padding: 16px 0px;"><div id=":66"><table class="cf wS" role="presentation" style="border-collapse: collapse;"><tbody><tr><td class="amq" style="margin: 0px; padding: 0px 16px; vertical-align: top; visibility: hidden; width: 44px;"><img class="ajn bofPge" data-hovercard-id="malfattiselfino2@gmail.com" id=":4z_0" jid="malfattiselfino2@gmail.com" name=":4z" src="https://lh3.googleusercontent.com/a/ACg8ocJDmx88FBTS1k1utnVbxz5I7H2b4oi4KeRoEjloSmZqcIQ=s40-p" style="border-radius: 50%; display: block; height: 40px; width: 40px;" /></td><td class="amr" style="margin: 0px; padding: 0px; width: 950px;"><div class="nr wR" style="border-radius: 1px; border: none; box-sizing: border-box; color: #222222; margin: 0px; padding: 0px; transition: none 0s ease 0s;"><div class="amn" style="align-items: center; color: inherit; display: flex; height: auto; line-height: 20px; padding: 0px;"><span class="ams bkH" id=":5z" jslog="21576; u014N:cOuCgd,Kr2w4b; 1:WyIjdGhyZWFkLWE6ci0xMjEwMzcwMzUxNTI3NDE2MTg0Il0.; 4:WyIjbXNnLWE6cjM2NzAwNTkxMjAwNTcyNzE5ODEiLG51bGwsbnVsbCxudWxsLDEsMF0." role="link" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-user-drag: none; align-items: center; background: none; border-radius: 18px; border: 1px solid rgb(116, 119, 117); box-shadow: none; box-sizing: border-box; color: #444746; cursor: pointer; display: inline-flex; font-size: 0.875rem; height: 36px; justify-content: center; margin-right: 8px; min-width: 104px; outline: none; padding: 0px 16px 0px 12px; position: relative; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0">Responder</span><span class="ams bkG" id=":61" jslog="21578; u014N:cOuCgd,Kr2w4b; 1:WyIjdGhyZWFkLWE6ci0xMjEwMzcwMzUxNTI3NDE2MTg0Il0.; 4:WyIjbXNnLWE6cjM2NzAwNTkxMjAwNTcyNzE5ODEiLG51bGwsbnVsbCxudWxsLDEsMF0." role="link" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-user-drag: none; align-items: center; background: none; border-radius: 18px; border: 1px solid rgb(116, 119, 117); box-shadow: none; box-sizing: border-box; color: #444746; cursor: pointer; display: inline-flex; font-size: 0.875rem; height: 36px; justify-content: center; margin-right: 8px; min-width: 104px; outline: none; padding: 0px 16px 0px 12px; position: relative; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0">Encaminhar</span><div class="wrsVRe" data-position="dynamic" jsaction="JIbuQc:KjsqPd;" jscontroller="m4ISld"><span data-is-tooltip-wrapper="true"><button aria-label="Adicionar reação" class="jWOS7-JX-I jWOS7-JX-I-ql-ay5-ays LS5phe" data-idom-class="LS5phe" data-tooltip-classes="JAAUkb" data-tooltip-enabled="true" data-tooltip-id="tt-c2" jsaction="click:h5M12e;clickmod:h5M12e; pointerdown:FEiYhc; pointerup:mF5Elf; pointerenter:EX0mI; pointerleave:vpvbp; pointercancel:xyn4sd; contextmenu:xexox;focus:h06R8; blur:zjh6rb;mlnRJb:fLiPzd;" jscontroller="PIVayb" jslog="190354; u014N:cOuCgd,Kr2w4b; 67:WzFd" style="--gm3-focus-ring-outward-color: var(--gm3-icon-button-outlined-focus-ring-color,var(--gm3-sys-color-secondary,#00639b)); --gm3-focus-ring-outward-offset: var(--gm3-icon-button-outlined-focus-ring-offset,2px); --gm3-focus-ring-outward-target-shape-end-end: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); --gm3-focus-ring-outward-target-shape-end-start: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); --gm3-focus-ring-outward-target-shape-start-end: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); --gm3-focus-ring-outward-target-shape-start-start: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); --gm3-icon-button-outlined-container-height: 36px; --gm3-icon-button-outlined-container-width: 36px; --gm3-icon-button-outlined-icon-size: 20px; --gm3-icon-button-outlined-unselected-outline-color: #747775; --gm3-ripple-hover-color: var(--gm3-icon-button-outlined-unselected-hover-state-layer-color,var(--gm3-sys-color-on-surface-variant,#444746)); --gm3-ripple-hover-opacity: var(--gm3-icon-button-outlined-hover-state-layer-opacity,0.08); --gm3-ripple-pressed-color: var(--gm3-icon-button-outlined-unselected-pressed-state-layer-color,var(--gm3-sys-color-on-surface,#1f1f1f)); --gm3-ripple-pressed-opacity: var(--gm3-icon-button-outlined-pressed-state-layer-opacity,0.12); --gm3-ripple-shape: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); -webkit-box-align: center; -webkit-box-pack: center; align-items: center; appearance: none; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; block-size: var(--gm3-icon-button-outlined-container-height,40px); border-color: initial; border-radius: var(--gm3-icon-button-outlined-container-shape,9999px); border-style: none; border-width: initial; cursor: pointer; display: inline-flex; fill: currentcolor; font-family: "Google Sans", Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; inline-size: var(--gm3-icon-button-outlined-container-width,40px); justify-content: center; line-height: inherit; margin-top: 0px; outline: none; padding-block: calc((var(--gm3-icon-button-outlined-container-height, 40px) - var(--gm3-icon-button-outlined-icon-size, 24px))/2); padding-inline: calc((var(--gm3-icon-button-outlined-container-width, 40px) - var(--gm3-icon-button-outlined-icon-size, 24px))/2); position: relative; text-rendering: inherit; user-select: none; z-index: 0;"><span class="bHC-Q" data-unbounded="false" jscontroller="LBaJxb" jsname="m9ZlFb" soy-skip="" ssk="6:RWVI5c" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; border-radius: var(--gm3-ripple-shape,inherit); height: 36px; left: 0px; outline: none; overflow: hidden; pointer-events: none; position: absolute; top: 0px; width: 36px;"></span><span aria-hidden="true" class="jWOS7-JX-ank-Rtc0Jf" jsname="S5tZuc" style="block-size: var(--gm3-icon-button-outlined-icon-size,24px); display: inline-block; inline-size: var(--gm3-icon-button-outlined-icon-size,24px); line-height: 0; z-index: 1;"><span aria-hidden="true"><svg class="aoH" focusable="false" height="20" viewbox="0 0 24 24" width="20"><path d="M11.99 2C6.47 2 2 6.48 2 12s4.47 10 9.99 10C17.52 22 22 17.52 22 12S17.52 2 11.99 2zM12 20c-4.42 0-8-3.58-8-8s3.58-8 8-8 8 3.58 8 8-3.58 8-8 8zm3.5-9c.83 0 1.5-.67 1.5-1.5S16.33 8 15.5 8 14 8.67 14 9.5s.67 1.5 1.5 1.5zm-7 0c.83 0 1.5-.67 1.5-1.5S9.33 8 8.5 8 7 8.67 7 9.5 7.67 11 8.5 11zm3.5 6.5c2.33 0 4.31-1.46 5.11-3.5H6.89c.8 2.04 2.78 3.5 5.11 3.5z"></path></svg></span></span><div class="jWOS7-JX-ano" style="block-size: var(--gm3-icon-button-outlined-touch-target-size,48px); inline-size: var(--gm3-icon-button-outlined-touch-target-size,48px); left: auto; position: absolute; top: 18px; transform: translateY(-50%); z-index: 1;"></div></button><div aria-hidden="true" class="ne2Ple-oshW8e-J9" id="tt-c2" role="tooltip" style="height: 1px; inline-size: 1px; left: -10000px; overflow: hidden; position: absolute; top: auto; user-select: none;">Adicionar reação</div></span></div></div></div></td></tr></tbody></table></div></div></div></div>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-22753352395330536732024-02-23T09:20:00.000-03:002024-02-23T09:20:03.092-03:00O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE JACQUES RANCIÈRE. Selvino Antonio Malfatti. <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFrd-dJU1EgKstZkriYI6iYHsHC5J8NohE857dQlNPVK31GKJyu4MNJiN5-eC3MUqov4mEMO7MYhYCJvyqOqXODlgZrfCMcdawvpKW8HEiGb9dt7shM6rMlsc5XNA4slDeoMgsERACe0Wb2I3n6DzjuQSdjzSHQ9iNkVC7esGmBXXbj_UTGtC3vRKOLRs/s1200/jacques-ranciere.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="1200" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFrd-dJU1EgKstZkriYI6iYHsHC5J8NohE857dQlNPVK31GKJyu4MNJiN5-eC3MUqov4mEMO7MYhYCJvyqOqXODlgZrfCMcdawvpKW8HEiGb9dt7shM6rMlsc5XNA4slDeoMgsERACe0Wb2I3n6DzjuQSdjzSHQ9iNkVC7esGmBXXbj_UTGtC3vRKOLRs/s320/jacques-ranciere.jpg" width="320" /></a></div> <span style="background-color: white; color: #686868; font-family: montserratlight; font-size: 12px; font-style: italic;"> Foto Lana Lichtenstein</span><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Desde os mais remotos tempos do pensamento
ocidental é posta a questão da igualdade, como Sócrates Platão e Aristóteles. Na Idade Média a questão foi resolvida como igualdade em dignidade. Já na Idade Moderna provavelmente Jean-Jacques Rousseau tenha sido a maior expressão, com a igualdade natural. Com a Revolução Francesa ocorre um divisor ideológico: os da “esquerda” da Assembleia
– grupo barulhento e exaltado, os literatos e os da “direita”, moderados e
ponderados, cientistas iluministas. Os de esquerda passaram a designar os
liberais e os de esquerda de socialistas, estes partidários da ideologia da prioridade da igualdade e aqueles da liberdade. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mais adiante Marx a coloca a igualdade social e econômica. A partir daí a celeuma não se estingue: para a
direita política a desigualdade é natural tendo em vista a individualidade.
Para a esquerda é apenas um preconceito que emerge do pensamento da direita. Jacques
Ranciere foca a questão da igualdade atrelando-a à educação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">O leiv motiv do pensamento de Jacques Racière
encontra-se na experiência de um professor de francês, Joseph Jacotot, que na
Holanda deveria ensinar aos alunos o Francês quando nem ele, nem os alunos,
nada sabiam da língua. Aos alunos teria dado um texto bilíngue, Telêmaco, e
solicitado por meio de intérprete que escrevessem em francês o que bem
entendessem sobre o texto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Ficou esperando o pior: que os alunos
escreveriam tudo errado e distorcessem o texto. Mas qual não foi sua surpresa
quando os alunos se saíram bem na tarefa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Este fato mexeu com as teorias de Jacotot
sobre o ato de ensinar. Os alunos haviam aprendido uma língua sem que ninguém
lhes ensinasse sobre gramática e seus fundamentos. Por si mesmos haviam buscado
as palavras francesas e combiná-las comas frases, com ortografia e gramática
aumentando de exatidão à medida que avançavam no texto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Com base nesta experiência Rancière elabora
toda uma metodologia e mesmo uma teoria pedagógica. Conforme ele o professor
que ensina é um opressor, um embrutecedor, pois parte do princípio de que ele,
professor é sábio e o aluno ignorante. Para tanto é preciso embutir na mente do
aluno os conhecimentos que o tornarão no futuro outro embrutecedor. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Isto porque, pressupõe como ponto de partida
a desigualdade originária. Por que há um superior, professor, e um inferior,
aluno. O primeiro ensina e o segundo aprende. Esta desigualdade é infiltrada de
tal forma incutida no aluno que ele se sente inferior e isto continuará pela
vida toda até que se torne um embrutecedor. Por isso em vez de o professor
ensinar deve analisar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">A pedagogia tradicional, conforme Rancière,
ao partir do pressuposto da desigualdade, incute a desigualdade como natural
que só a educação fará buscá-la. Por esta concepção a igualdade é uma meta, e
não um ponto de partida conforme Racière propõe.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Para que a igualdade originária possa ser
efetiva deve-se ter em mente duas inteligências iguais com vontade próprias. A
inteligência é uma capacidade de relacionar, observar, comparar, calcular e
explicar como se fez. Quando não se deixar o aluno a fazer isto ou aquilo se
estará embrutecendo e matando tanto a inteligência como a sua vontade. </span><o:p></o:p></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-23751841226916005362024-02-16T10:06:00.000-03:002024-02-16T10:06:23.135-03:00A ética e sua estrada. José Mauricio de Carvalho<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlPiB2BpszMi_1HFaacsrGP3NZfQVC3lkH-T1CV-wD6F3PEEmMyBklGyD0DPyKSqVefIoGrEIb4gZJPCHE6E3YJ-zEcKTJUSMRRmkDHtrVJNPUCKqx5rrAtabBAcvBtFsdvNfc4ltnil9SnuzscWKGDaANehxC1t3PM0AfV0obheeMSsgHA6ZeQrOOPrI/s612/bauman.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="412" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlPiB2BpszMi_1HFaacsrGP3NZfQVC3lkH-T1CV-wD6F3PEEmMyBklGyD0DPyKSqVefIoGrEIb4gZJPCHE6E3YJ-zEcKTJUSMRRmkDHtrVJNPUCKqx5rrAtabBAcvBtFsdvNfc4ltnil9SnuzscWKGDaANehxC1t3PM0AfV0obheeMSsgHA6ZeQrOOPrI/s320/bauman.jpg" width="215" /></a></div><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhA9dBvPyyh4VrG53qPyGhMjHjeIbYELFsSFtJTVVfBMSVRJcFF47v1vsJnHGA_zFJzT4GLAKpuiSx0wwlCkqMf3Ntj6POVZVWX9lSiKjCcvx-bjmO8HYoa8SLPy0sxKwYLjRpGiqW0JUFR7Y6h4KussKimMHi3mugsdMQlkAyhR4apXZXjppAUaikWL8I" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="993" data-original-width="1000" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhA9dBvPyyh4VrG53qPyGhMjHjeIbYELFsSFtJTVVfBMSVRJcFF47v1vsJnHGA_zFJzT4GLAKpuiSx0wwlCkqMf3Ntj6POVZVWX9lSiKjCcvx-bjmO8HYoa8SLPy0sxKwYLjRpGiqW0JUFR7Y6h4KussKimMHi3mugsdMQlkAyhR4apXZXjppAUaikWL8I" width="242" /></a></div> <p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: large;">Depois de considerar em Vida em Fragmentos, sobre a ética
pós-moderna, </span><span style="font-size: x-large;">obra de 1995, a necessidade de se chegar a compromissos
morais mesmo quando </span><span style="font-size: x-large;">não se tem um sistema ético disponível, Bauman voltou ao
assunto em 2008, quando </span><span style="font-size: x-large;">elaborou A ética é possível num mundo de consumidores?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: large;">O pano de fundo dessa obra é o mesmo da anterior, vivemos um
mundo onde </span><span style="font-size: x-large;">as mudanças rápidas, intensas e profundas não param de nos
surpreender. Esse </span><span style="font-size: x-large;">mundo de significativas mudanças não oferece garantias de
que as coisas terminarão </span><span style="font-size: x-large;">como começaram o dia. E aí também temos algo já dito na obra
anterior (BAUMAN, A </span><span style="font-size: x-large;">ética é possível num mundo de consumidores? 2011 b, p. 8):
“planejar um curso de </span><span style="font-size: x-large;">ação e se manter fiel ao plano, esta é uma empreitada cheia
de riscos, porque a ideia </span><span style="font-size: x-large;">de planejamento a longo prazo parece muito perigosa.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: large;">Para repensar os movimentos que vê acontecendo na sociedade,
Bauman </span><span style="font-size: x-large;">mencionou uma experiência feita com vespas no Panamá. O
experimento mobilizou </span><span style="font-size: x-large;">especialistas notáveis e um grande número de equipamentos
sofisticados. O que </span><span style="font-size: x-large;">parece, pela descrição, um experimento banal levou a uma
conclusão inusitada e </span><span style="font-size: x-large;">muito a propósito do que Bauman considera seja um fenômeno
atual (id., p. 11): “Ao </span><span style="font-size: x-large;">contrário de tudo o que sabia (ou acreditou) havia séculos,
a equipe de Londres descobriu no </span><span style="font-size: x-large;">Panamá que uma razoável (56%) das vespas trabalhadoras muda
de ninho ao longo da vida, </span><span style="font-size: x-large;">se desloca para outras colônias não apenas como visitantes
temporárias e indesejadas, </span><span style="font-size: x-large;">discriminadas e marginalizadas, sempre suspeitas e alvejadas
pelo ressentimento; elas </span><span style="font-size: x-large;">mudam-se como membros plenos e legítimos.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: large;">O experimento mostrou que o processo migratório dentro de
comunidades de </span><span style="font-size: x-large;">animais sociais revela que a mistura de indivíduos é norma,
sem que isso seja forçado </span><span style="font-size: x-large;">ou estimulados por governos ou instituições. Em
contrapartida, a construção de grupos </span><span style="font-size: x-large;">nacionais na modernidade, forjando uma identidade comum,
exigiu esforço e anos de </span><span style="font-size: x-large;">luta e lavagem cerebral da sociedade. Esse movimento foi visto
em diferentes nações </span><span style="font-size: x-large;">europeias. Na França, por exemplo, o esforço pretendeu
alcançar pessoas (id., p. 13): </span><span style="font-size: x-large;">“que raramente tinham lançado um olhar, muito menos chegado
a viajar além das </span><span style="font-size: x-large;">fronteiras do Languedoc, de Poitou, Limousin, da Borganha,
Bretanha ou do Franco- </span><span style="font-size: x-large;">condado. (Porém lhes disseram) todos os franceses são
irmãos, por isso, por favor </span><span style="font-size: x-large;">comportem-se como irmãos.” Logo a construção das nações
modernas foi uma </span><span style="font-size: x-large;">elaboração artificial. E dada a sua realidade atual e
necessidades de hoje esses povos </span><span style="font-size: x-large;">estão dispostos a assimilar os estranhos que chegam para
facilitar sua vida de </span><span style="font-size: x-large;">trabalho. Esses grupos (id., p. 17): “absorvem os
recém-chegados sem atrito e não </span><span style="font-size: x-large;">sofreram qualquer avaria por conta de saída de alguns
moradores.” Por isso, avalia </span><span style="font-size: x-large;">Bauman, as tentativas de atuar como nas antigas
nacionalidades não tem mais </span><span style="font-size: x-large;">capacidade de mobilizar os grupos. </span><span style="font-size: x-large;">As nações atuais estão assim mais parecidos aos abacates com
um pequeno </span><span style="font-size: x-large;">núcleo duro do que com os cocos cuja casca é rígida e
impermeável. Porém, se o </span><span style="font-size: x-large;">processo se intensifica muito, o problema da segurança do
grupo começa a incomodar </span><span style="font-size: x-large;">e muitos membros abandonam o desejo de liberdade e da
natural mistura para se </span><span style="font-size: x-large;">sentirem mais protegidos fechando as fronteiras. Apesar
dessa dificuldade, Bauman </span><span style="font-size: x-large;">avalia que caminhamos para uma organização mais próxima dos
enxames que de </span><span style="font-size: x-large;">grupos organizados à moda dos antigos Estados (id., p. 22):
“enxames não são times; </span><span style="font-size: x-large;">eles desconhecem a divisão de trabalho. São (...) não mais
que a soma das partes, ou </span><span style="font-size: x-large;">antes agregados de unidades automotrizes, unidas apenas pela
solidariedade </span><span style="font-size: x-large;">mecânica.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: large;">E o que essa realidade aponta? Por outras razões para a
liquidez. Assim ele </span><span style="font-size: x-large;">combina esse novo argumento aos anteriores apontando na
mesma direção. O </span><span style="font-size: x-large;">resultado é que as relações humanas já não têm proteção de
instituições sólidas. Elas </span><span style="font-size: x-large;">são vistas cada vez mais como entidades anacrônicas,
proclamando uma moral fora </span><span style="font-size: x-large;">de sintonia com a sociedade e incapazes de entender os novos
dias, interferindo </span><span style="font-size: x-large;">indevidamente na liberdade das pessoas. </span><span style="font-size: x-large;">Por outro lado, essa liberdade aspirada e ausência de
estruturas obriga cada </span><span style="font-size: x-large;">sujeito a encontrar o seu caminho de forma livre e densa,
capaz criar uma vida que se </span><span style="font-size: x-large;">mostra digna de excelência, o que é um desafio difícil como
descrevem os filósofos da </span><span style="font-size: x-large;">existência. Essa experiência pede balizas se não podemos
contar mais com </span><span style="font-size: x-large;">nacionalidades fortes e impermeáveis. Como isso é uma
realidade de difícil realização, </span><span style="font-size: x-large;">o caminho mais viável para não cair no anacronismo ou numa
vida sem futuro e </span><span style="font-size: x-large;">passado, é construir a trajetória singular a partir de
valores que são atualizados pela </span><span style="font-size: x-large;">experiência histórica encontrando um caminho entre a
singularidade existencial e a </span><span style="font-size: x-large;">atualização axiológica como se aponta na obra O Homem e a
Filosofia, pequenas </span><span style="font-size: x-large;">meditações sobre a existência e a cultura.</span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-35615660994903355992024-02-09T10:02:00.000-03:002024-02-09T10:02:18.534-03:00O POLARISMO BOLSONARISMO X LULSIMO. Selvino Antonio Malfatti<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj0gwFNrdkSpfHqldKkJ45rpO9Js9CDc27hnlnY2VV4SCGHGbpQtNjzdcWunl122PG0brbZ4-Zw_rYgQ67WcAPlcQ5tp6lNVH6b9avkZBAW6Y3gfVecSec9j0iQZLam4uZq6HpjvjQQZE3Xc9JT4UcuiWsJHIOCdfZAapcqfZ4S37kH08emZIy3C2KdUYY" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="92" data-original-width="92" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj0gwFNrdkSpfHqldKkJ45rpO9Js9CDc27hnlnY2VV4SCGHGbpQtNjzdcWunl122PG0brbZ4-Zw_rYgQ67WcAPlcQ5tp6lNVH6b9avkZBAW6Y3gfVecSec9j0iQZLam4uZq6HpjvjQQZE3Xc9JT4UcuiWsJHIOCdfZAapcqfZ4S37kH08emZIy3C2KdUYY" width="240" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">Vários pensadores brasileiros, antes da obra “Structure e
Institutions Politiques”, (Dois Brasis), de Jacques Lampert, de que o Brasil de
fins do século XIX, não era culturalmente monolítico, mas uma colcha de
retalhos. Com efeito, havia o norte com predominância da cultura indígena, o centro-oeste
devido à miscigenação com forte influência negra, o sul marcado pelo domínio
espanhol. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">Esta diversidade regional não impede de ter uma cultura
nacional desde que o pluralismo seja o convívio pacífico de diferentes etnias,
cosmovisões e moralidades consensuais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">Esta pluralidade cultural acompanhou o país desde o
período colonial até nossos dias. Quando colônia, o Brasil foi habitado por
portugueses, povo este que abrigou os judeus e mouros. Já na independência
juntaram-se os negros e índios. Mais tarde, já no final do século XIX vieram os
italianos, alemães, poloneses, árabes e outros povos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">Há alguns que lamentam tal pluralidade de etnias com suas
respectivas culturas. Mas isto não é um problema. O que é negativo é querer
reduzir tudo “ad unum”, a um pensamento único, um totalitarismo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cultural, a redutibilidade mental ao
pensamento único.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">Ninguém nega que são necessários alguns princípios e
valores comuns, neste caso uma lei comum externada na constituição. A síntese
disto se resumiria num respeito inegociável: à dignidade e à liberdade da
pessoa e à igualdade de direitos. O contrário seria a ditadura de um partido, de
uma classe ou categoria. Mas salvo isto, é benéfica a pluralidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">No Brasil atual paira no firmamento uma grande nuvem
negra. É a polarização entre dois grupos políticos. Não que a polarização em si
seja maléfica. O preocupante é o radicalismo. Vamos dar nomes: de um lado está
o bolsonarismo e de outro o lulismo. O primeiro é identificado de direita e o
segundo de esquerda. Esta disputa pela hegemonia vem de longe, digamos mais
precisamente com Getúlio Vargas. O período sucessivo foi marcado pela ascensão
do trabalhismo, fundado por Getúlio – o Partido Trabalhista Brasileiro-
–PTB-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>neste caso o trabalhismo se
identificava com o positivismo de esquerda e o getulismo conservador de
direita. A radicalização dos dois levou à autodenominada Revolução de 64. Foram
então quinze anos de semi-ditadura cujo fim foi a Constituição de 1988.
Sucedem-se governos vacilantes marcados por partidos eleitoralmente fracos que
precisavam de alianças pecuniárias para governar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">È neste contexto que o lulismo conquista o poder que faz
um governo marcado pela tomada do poder de pontos estratégicos –
instrumentalizar a sociedade - </span><span style="font-size: x-large;">mormente o ensino superior em maior escala nacional em
seguida o médio e primário como consequência da formação docente universitária.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">O polarismo lulismo-bolsonarismo nem se pode caracterizar
como bipartidarismo, porque foge à divisão ideológica. Ambos são fisiológicos,
pois dependem de alianças prevendo vantagens pecuniárias. E muito menos
pluralismo cultural. É aquilo que Maquiavel previa: ao findar o interesse de
uma parte a aliança pode ser desfeita.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;">O preocupante de tudo isso é que instalou-se o radicalismo: não há ambiente de parte a parte para diálogo. O fanatismo substituiu a razão. E com isso " é inútil fazer alguém abandonar pelo raciocínio o que não adquiriu pela razão". (Sócrates)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-71388639517327570842023-11-18T09:34:00.002-03:002023-11-18T17:38:02.639-03:00Uma fé amadurecida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4knf8bbFByP0CFFCv4A_0YRVT8ykcWj_KAZ1fOsOH-X4yTUPEHIrbGnOoR5JR0udo35JR1zFx41G6b6os6Wm_1bcqkfJOABYY4UkuXJI_6TwcAA6YUpSVliSZtjZVGNXKPN1O0NVDKZ5H6PYUnP4Ki-bvQKaXMQlYuAjsOUiZWzt99ACBXdRBCJPQIrc/s980/WhatsApp%20Image%202023-11-17%20at%2016.04.01.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="980" data-original-width="980" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4knf8bbFByP0CFFCv4A_0YRVT8ykcWj_KAZ1fOsOH-X4yTUPEHIrbGnOoR5JR0udo35JR1zFx41G6b6os6Wm_1bcqkfJOABYY4UkuXJI_6TwcAA6YUpSVliSZtjZVGNXKPN1O0NVDKZ5H6PYUnP4Ki-bvQKaXMQlYuAjsOUiZWzt99ACBXdRBCJPQIrc/s320/WhatsApp%20Image%202023-11-17%20at%2016.04.01.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div><span style="font-size: large;">José Mauricio de <span style="background-color: #fdffee; font-family: Calibri;">Carvalho</span></span></div><div><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-size: large;">Nossa vida diária encontra-se cheia de vazios de explicação racional. Convivemos com eles é inevitável. Quantas vezes nos deparamos com pessoas que encontram a cura para doenças terminais depois de um diagnóstico terrível, ou, ao contrário, morrem em situações banais. No primeiro caso milhares de outros casos parecidos levaram ao pior desfecho e no segundo quase todos se salvaram sem problema. Quantas vezes conseguimos realizar coisas extraordinárias que nem supúnhamos possível e outras não conseguimos realizar coisas banais, dessas que já havíamos feito inúmeras vezes. O nosso conhecimento está cheio de lacunas e nossas possibilidades na relação com o mundo não se restringem à explicações racionais fornecidas pela Ciência e pela Filosofia.</span></div><div><span style="font-size: large;">Porque nossa compreensão do mundo é limitada e a verdade fundante das outras (da Ciência, da Filosofia, da Religião) não se alcança de forma completa, filósofos como Ortega y Gasset nos mostraram que vivemos por crenças como inspiração de vida, isto é, a força daquelas ideias que não possuímos mas que, ao contrário, nos possuem. Somos delas, a elas entregamos o melhor que temos, nossa dedicação, nosso amor, nossa fidelidade, nossa esperança. Frequentemente elas se tornam o propósito de nossas vidas. Autores como Martin Heidegger nos mostram que uma vida não será humana se não tiver um propósito e Ortega que ele não se esgota na razão.</span></div><div><span style="font-size: large;">Homens como Viktor Frankl nos mostraram ainda mais. Que nossas crenças nos mantém saudáveis, melhor ainda quando ela se refere a Deus. Quantas vezes, nos relatou Viktor Frankl, em meio aos terríveis sofrimentos nos campos de concentração um simples pensar em algo distante hidratava a alma. Uma oração que levasse para longe dali e para perto de Deus ela enchia a vida de esperança. Uma prece que fizesse lembrar de um Deus capaz de inspirar o amor no sofrimento, a confiança noutra vida e a certeza de que no final de contas, em meio à miséria do mundo, justiça e bondade prevalecerão. Ou, ainda, de modo mais singelo, que a lembrança levasse para longe fisicamente dali, em direção a sua antiga casa, para a mesa do café quente, para o bolo quentinho da esposa, para a cama macia e a delícia de dormir em lençóis limpos depois de um banho quente, do abraço no neto amado, enfim para o convívio das pessoas queridas, para relações de amor enfim. Quantas vezes a razão de viver pode estar numa fé sobrenatural ou numa crença qualquer muito além das explicações da razão. </span></div><div><span style="font-size: large;">No dia a dia, a vida do homem é um que fazer constante. Nela um presente sem futuro não é outra coisa que a prisão num passado limitador, mas nossa existência traz a possibilidade de ser diferente do que já foi. Esse ser diferente na esperança e no esforço da renovação trazido pelo sentido ou busca. Sentido pode ser também a recuperação de um passado valioso e significativo, quando estamos diante da necessidade de dar alento a uma vida que está extinguindo. E o sentido é não somente preenchido por explicações sobre o mundo, mas pelo grande sentido de Frankl pelo que nos leva além do dia a dia, para a transcendência e talvez a Deus. </span></div><div><span style="font-size: large;">Deixar aberta a porta do entendimento aceitando que não sabemos tudo, não conseguimos resolver tudo, não realizamos tudo é prudente e razoável. Nossa razão não pode tudo e não resolve tudo. Porém, ela é nossa força, nossa parcimônia e capacidade de propor limites à irracionalidade, à maldade e a ignorância. Assim, o deixar a porta aberta para a transcendência não significa abrir-se à irracionalidade, o mergulhar na transcendência não equivale a aceitar a superficialidade, nem pode deixar de lado a pesquisa e o estudo sistemático dos fenômenos. Deixar as crenças serem guiadas pela fé irracional, nos conduzirá a lugares sombrios e lúgubres como o mostram vários momentos da história, na inquisição, nas guerras, no totalitarismo do nazifascismo e stalinismo no último século. Por isso nossa sociedade, quase sempre, evita tratar assuntos que apontam além do imediato, admitir o papel das crenças ou a importância dos aspectos transcendentes que embelezam e nutrem a vida, mas podem levar ao mal. Assim, que a abertura aos aspectos transcendentes, venham para nós junto com a pesquisa, com uma fé meditada, com boas possibilidades, que nos abra a porta do céu, mas não nos tire da terra firme representada pela razão e suas explicações.</span></div>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-41072388366853255082023-11-01T17:33:00.000-03:002023-11-01T17:33:09.253-03:00 O Amor. Selvino Antonio Malfatti<p> </p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> Lembrança das Almas. Dia de finados.</span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">s</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirAJwHV-HwL8OcqW-A-KZSnolxwgShXWDYf_V5_dG7WKdBtw49uOSyvZ2okRcQHUZpH-FRj748aRhPADVvDEThjU6v-DbRP4NcullVfbnNOjFuL1wQNYV6FfKFwVgbdmqGs43xublr0YnUYeKEXAtqji54qn5iBRU7aHufDv0nFBKK8I6GMPZKDw1vQw8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="182" data-original-width="194" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirAJwHV-HwL8OcqW-A-KZSnolxwgShXWDYf_V5_dG7WKdBtw49uOSyvZ2okRcQHUZpH-FRj748aRhPADVvDEThjU6v-DbRP4NcullVfbnNOjFuL1wQNYV6FfKFwVgbdmqGs43xublr0YnUYeKEXAtqji54qn5iBRU7aHufDv0nFBKK8I6GMPZKDw1vQw8" width="256" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b><p></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><br /></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">As
almas se contemplam, extasiam-se, querem comunicar-se. Mas elas são intocáveis
e incomunicáveis. Etéreas. Buscam-se abrasadoramente, queimam-se em chamas, mas
permanecem sós. Elas se querem, mas não podem se possuírem. Buscam uma ponte
que as possa fundir-se, torná-las uma. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De repente os dedos se roçam, entrelaçam-se.
As mãos se apertam. Uma água fresca penetra pelas veias de uma boca sedenta.
Enche o corpo fazendo-o suspirar de satisfação. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">As
almas se encontraram através dos corpos. Eles são seus instrumentos. Elas se
abraçam pelos dedos, braços, pernas dos corpos. Elas se estreitam, se beijam,
se retorcem. Penetram-se pelo corpo. Elas são um numa só carne. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">Haverá
espetáculo mais belo que o encontro de duas almas? Haverá delírio maior que a
fusão de duas almas? Haverá felicidade que se comparece ao olhar de duas almas
que se amam. Os olhos jamais viram, nem os ouvidos jamais ouviram, nem ninguém
jamais sentiu o que este encontro irrompeu.
<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">Elas
sentiram o céu abrir-se, a felicidade jorrar aos borbotões. O próprio Deus a
inclinar-se e enlevá-las. Elas ressuscitaram, se transfiguraram, se tornam
imortais. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">Mas
os corpos, coitados, permanecem na sua condição. Quanto mais suas almas se
amam, tanto mais sofrem. Quanto mais se contemplam, tanto mais envelhecem,
quanto mais sentem prazer, tanto mais gemem de dor, quanto mais louvam, tanto
mais pecam. As almas entoam o aleluia, os corpos murmuram o “miserere mei,
Domine”. Elas se comprazem com as doçuras celestiais enquanto eles se abrasam
no fogo do inferno.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">As
almas não podem esquecer seus corpos. Tudo o que elas podem fazer é por ele que
o fazem. As almas devem voltar, tomar em seus braços os corpos e levá-los
perante Ele e suplicar por eles. Eles também devem viver, ser felizes,
ressuscitar. Transfigurar-se e se tornarem iguais às almas. As almas devem
voltar à terra para que os corpos possam subir ao céu. Então sim, unos,
inteiros, homens. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 42.5pt; text-align: justify;">
</p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: large;">Não
só almas puras, mas os corpos também. Porque o corpo não pode fazer nem o bem nem o mal a não
ser pela alma. E vice-versa. Ele não pode por si ser soberbo, se sua alma não é. Não pode ser
ganancioso se sua alma não é. Ele não pode ser impuro se sua alma não é. O corpo é são se a alma for sã. A alma não pode ser
piedosa a não ser pelo corpo, não pode ser caridosa, senão pelo corpo, nem
mesmo santa se não for pelo corpo. Corpo e alma estão irremediavelmente selados
a ser um pelo outro. Isto é o Amor de si mesmo que pode ser estendido aos
outros. Pela minha alma posso amar a alma do outro, através de meu corpo pelo
olhar, pelo abraço, palavra, sorriso. Minha alma se externa pelo corpo e pelo
corpo posso chegar a sua alma. </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></p><p class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><br /></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-8740713856405547752023-10-27T12:19:00.002-03:002023-10-27T12:19:30.436-03:00O Estado e sua alma, Israel<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbF0QFsd74o0HH-E9WCbJFHvqzYbfGqU1aGpsU0r1YMZWb4YL5jpoJxCnPc0SfqSs_ZHcWOSljasrb0T-wWSHd9SqQnMB_pXJhV_IuxEkrRkKmFQ-K6EtBTNvlvL26zfVJ5f2AAvrXsLaM9Bwfkd-S0jHXlFNdTuKxbwqTgCHXE-kfzLcPoY-dqIqCFhg/s231/HAMAS%20X%20ISRAEL%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="130" data-original-width="231" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbF0QFsd74o0HH-E9WCbJFHvqzYbfGqU1aGpsU0r1YMZWb4YL5jpoJxCnPc0SfqSs_ZHcWOSljasrb0T-wWSHd9SqQnMB_pXJhV_IuxEkrRkKmFQ-K6EtBTNvlvL26zfVJ5f2AAvrXsLaM9Bwfkd-S0jHXlFNdTuKxbwqTgCHXE-kfzLcPoY-dqIqCFhg/s1600/HAMAS%20X%20ISRAEL%20(1).jpg" width="231" /></a></div><p></p><p>
</p><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">José Mauricio de
Carvalho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vivemos um tempo difícil com o
renascimento do nacionalismo radical que reapareceu com o fim da Guerra Fria. O
nacionalismo adoecido e os rancores que provocaram as duas grandes Guerras no
século passado, surpreendentemente renasceram. Não é que o mundo que surgiu depois
da Segunda Guerra fosse bom, estava longe disso. A divisão em dois grandes
blocos e a permanente ameaça da bomba atômica produzia o medo real de uma
guerra definitiva. No entanto, diante do risco do fim da humanidade, aquelas
gerações tentaram reduzi-los. EUA e URSS, as potências líderes,procuravam
controlar seus aliados e, por medo uma da outra, se mantinham distantes dassuas
áreas de influência. As exceções confirmam a regra.Era um equilíbrio difícil,
mas que persistiu algum tempo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O fim da União Soviética mostrou as
falhas de um sistema que tentou artificialmente criar uma sociedade menos
desigual, mas tinha uma visão econômica que não acompanhou a evolução do
capitalismo, era politicamente inspirada no despotismo oriental e tinha por
referência um tipo de homem econômico que já não existia desde o século XIX.
Por isso, o filósofo Martin Buber, muitos anos antes de 1988advertia que esse
socialismo não subsistiria e a única sociedade solidária razoável precisaria
ter a fraternidade universal pautada na sua alma. Um Estado cuja proposta
social fosse essencialmente ética e não apenas política e econômica. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quanto ao homemque somos, quando apenas
seguimos nossos instintos, como observou Karl Jaspers (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A bomba atômica e o futuro do homem</i>, Rio de Janeiro: Agir, 1953, p.
32): “continua a ser o que sempre foi: com a mesma violência, falta de
escrúpulos, coragem cega para luta e, paralelamente, o mesmo comodismo,
indiferença, descaso e falta de preocupação previdente por parte dos
proprietários, que nessa qualidade, sempre se deixaram dominar por aventureiros
audaciosos.” No caso, a referência era a cooptação dos empresários por líderes
de extrema direita como Mussolini e Hitler.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Voltando a Buber e a experiência de uma
sociedade solidária, o que mais ele observou? Ele descreveu a fragilidade de qualquer
projeto de fraternidade que não possuísse uma alma (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Martin Buber, a filosofia e outros escritos sobre o diálogo e a
intersubjetividade. </i>São Paulo: Filoczar, p. 120): “O problema (do
socialismo soviético) foi que com o passar do tempo foi-se perdendo o sentido
comunitário e apesar de colônias mais ricas ajudarem as mais pobres, a
solidariedade diminuiu. Mesmo com a redução da solidariedade, concluiu Buber,
ao lado de Moscou, que é um dos polos do socialismo contemporâneo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">atrevo-me a denominar o outro polo de
Jerusalém</i>.” O que Buber chamava atenção, muito antes da queda da União
Soviética, é que o socialismo como o judaico somente era viável porque se pautava
numa fé profunda no Altíssimo e essa se realizava no serviço aos irmãos. Por
outro lado, ele acreditou que judeus e palestinos viveriam como irmãos nesse
novo Estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Buber tratou dessas questões no livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sobre Comunidade</i>que reúne sete ensaios dedicados
à temas sociais, onde contrapôs o ideal de vida em comunidade ao modo de vida
da sociedade de massas como estava se desenhando na Europa do último século. Os
ensaios reunidos naquele livro foram elaborados entre 1905 e 1947, mesma época
em que Ortega y Gasset elaborou o seu clássico <i style="mso-bidi-font-style: normal;">La rebelión de las masas</i>. No seu livro mais conhecido, Ortega
resumiu como era o homem-massa que surgia:parecia-se a uma criança birrenta,
senhorzinho satisfeito e um especialista tosco, ou seja, um verdadeiro novo
bárbaro cujo reduzido conhecimento não estava à altura da cultura atual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os diversos textos que formam a obra<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sobre Comunidade</i> tratam da formação de
uma comunidade e refletem a adesão de Martin Buber à formação do Estado judeu
na Palestina. Um Estado que não era apenas uma organização geopolítica, mas a
tentativa de concretizar o ideal contemplado no livro de Isaías. De forma
alegórica vemos numa magnífica ilustração de um mundo onde os diferentes
conviverão em fraterna paz (11, 6-9): “O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo
se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos; e
uma criança os guiará.A vaca se alimentará com o urso, seus filhotes se
deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. A criancinha brincará perto
do esconderijo da cobra, a criança colocará a mão no ninho da víbora. Ninguém
fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a
terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.”Enfim,
um Estado precisa ser mais que uma organização geopolítica e possuir uma alma
que aproxime as pessoas, lhes confira identidade e solidariedade num destino
comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A guerra entre Israel e o Hamas, além da
outra Rússia e Ucrânia, mostra o quão longe os homens estão de viver de modo
fraterno como propôs o profeta Isaias há 2700 anos e como o sonho de uma única
nação reunindo diferentes descendentes de Abraão falhou.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-9796191616941614752023-10-13T14:59:00.000-03:002023-10-13T14:59:42.177-03:00O FILÓSOFO GIANNI VATTIMO. Selvino Antonio Malfatti.<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiWplZRq22dDqMLxyY1dSslM-eR1gNHbhhge6qgFiN1M5P0Re8_FFluPMCbKKDQF-XvtnUM8dZdUVIz8JkTau9at-D_SJVCNcDiHmJkq1Z5gHAS9gB3ManSZnCzE2erKLLFd7YANTT71wB6svviiNlU2pevERWsOysyzjqoZupKgNPfNMpWFFlhdU-T4WQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="130" data-original-width="185" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiWplZRq22dDqMLxyY1dSslM-eR1gNHbhhge6qgFiN1M5P0Re8_FFluPMCbKKDQF-XvtnUM8dZdUVIz8JkTau9at-D_SJVCNcDiHmJkq1Z5gHAS9gB3ManSZnCzE2erKLLFd7YANTT71wB6svviiNlU2pevERWsOysyzjqoZupKgNPfNMpWFFlhdU-T4WQ" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">Faleceu com 87 anos, o
filósofo Gianni Vattimo. Nasceu em Turim em 4 de janeiro de 1936 e faleceu no
dia 19 de setembro deste ano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">É reconhecido na<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>filosofia da hermenêutica e considerado pai
do “pensamento fraco”. É uma postura filosófica sempre aberta às várias
interpretações, nunca se fecha para uma única visão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">Santo Agostinho concebeu uma
visão apocalítica da História que vai ao encontro: do em vez das trevas a luz, Deus,</span> <span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">uma parusia ; enquanto Vattimo, na esteira de</span>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">Teilhard
de Chardin, também vai encontro do melhor, do ótimo a partir do pior, do
péssimo, do menos para mais. Ambos chegam à mesma conclusão: a parusia. O
primeiro pela fé e o segundo pela ciência.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">O ponto de partida da
modernidade foi que “Deus está morto”. Assim como os antigos partiram do fato
de que “os deuses nos abandonaram, por isso nós mesmos temos que construir a
Cidade”. Na modernidade, a conclusão é que precisamos Dele, restaurar sua presença ,
não mais no Triunfo, mas na queda, na morte, na linha dos filósofos cristãos do
século XX e XXI: Karl Barth, Thomas Merton, John Murray, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Karl Rahner, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Karol Wojtyła e Gianni Vattimo entre outros. No pensamento moderno, o "Deus
está morto", evoca uma memória de que Deus ao morrer continua no horizonte.
Isto significa que o que morreu ou deveria estar morto é o orgulho do Triunfo.
Deus está morto, mas presente em todo progresso humano e o processo do
progresso. O que está morto é a Certeza, a Convicção, tudo o que é Absoluto. O
que permaneceu é aquele sinal no horizonte que nada é único. A verdade
sempre está diluída, nunca concentrada. Nunca uma parcela da humanidade pode falar
em nome de Deus. O mundo do Cristo Rei era um mundo sagrado, até mesmo obras <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>humanos eram consideradas divinas, intocáveis, inclusive edifícios civis.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O mundo
do Deus morto, pendente de uma cruz, é o símbolo da despedida da humanidade
deste mundo morto. A Morte de Deus não é para entronizar o Homem, mas
sepultar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o orgulho, a ganância e vontade
de poder tudo. Em vez disso, tomar consciência do frágil, histórico, interpretável,
conforme os filósofos</span> <span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">Friedrich Nietzsche,</span> <span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;">Martin
Heidegger e Gianni Vattimo. Não existem fatos, apenas interpretações.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A crença no progresso absoluto é a euforia do bacanal antes do naufrágio. Vivemos sem fundamentos, numa areia movediça que
pode engolir a humanidade a qualquer momento, quando se descobre que ela se
baseia no nada, apenas uma das infinitas possibilidades da História, sem razão.
O verdadeiro caminho que espera a Humanidade é o da liberdade, sem absolutos,
nem muros nem de Jericó e nem de Berlim ou da Cisjordânia. </span><span style="font-size: 14pt; mso-spacerun: yes;"> </span><o:p style="font-size: 14pt;"></o:p></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-20449536624720956992023-10-06T15:14:00.000-03:002023-10-06T15:14:41.853-03:00Ainda o nazismo. José Mauricio de Carvalho<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjDoi1xpcQZ2spnZOWwCMfbgV1MSINpoRJx5xFdhJsCXdeedz9dJgoSgswFdV_3RAE3DrqsqonXQuUeNK-9pchZwt_-hCRbKMsQdf1IOvBjUX2pqyj7-L_fYWpvi24GMublZSAAFnarUNCdsntZ9X4l5IYL29NCHOWyzmc8hIlwvXZAnA6tz9c76c2-pao" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="250" data-original-width="250" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjDoi1xpcQZ2spnZOWwCMfbgV1MSINpoRJx5xFdhJsCXdeedz9dJgoSgswFdV_3RAE3DrqsqonXQuUeNK-9pchZwt_-hCRbKMsQdf1IOvBjUX2pqyj7-L_fYWpvi24GMublZSAAFnarUNCdsntZ9X4l5IYL29NCHOWyzmc8hIlwvXZAnA6tz9c76c2-pao" width="240" /></a></div><br /><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">As origens históricas do
nazismo são conhecidas e foram associadas à crise econômica de 1929 e às
dificuldades vividas pela Alemanha com a derrota na Primeira Grande Guerra. No
entanto, sempre é difícil entender como uma nação de homens notáveis sucumbiu às
fakes news, ao discurso de ódio e irracional dos ideólogos nazistas.
Doutrinariamente além do discurso idiota foi veiculado o antissemitismo, bode
expiatório necessário para justificar os próprios fracassos, além da tese
racista e eugenista, sem comprovação científica, mas conveniente para
justificar a violência e o discurso de ódio. A extrema direita trabalha assim,
justifica sua incompetência atribuindo aos outros o próprio fracasso e se
apresenta como superior e legítima para agir pela força. Na lógica perversa de
um nacionalismo doentio julga-se no direito de dominar outros grupos ou povos e
impor a força seus princípios.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">As ideias dos ideólogos
nazistas encontram em Adolf Hitler um notável propagandista. Seus discursos
convenceram parte significativa da população alemã, que seguir um líder forte
seria a garantia de uma Alemanha próspera e triunfante. Porém há um aspecto psicológico
que explica o sucesso dessas teses: o povo passou a funcionar como massa. A
forma como a massa opera foi examinada por Ortega y Gasset em seu clássico
livro de 1930 A Rebelião das Massas. Naquele notável trabalho, o filósofo
antecipou o resultado do protagonismo histórico de massas infantis e ignorantes
que não aceitavam ser contrariadas e se comportavam como crianças mimadas e/ou
senhorzinho satisfeito. Esses últimos são aqueles que acham que o mundo está aí
para servi-los em seus caprichos sem precisar se esforçar muito. Massas são
formadas por pessoas incapazes de dialogar com seu tempo, inábeis para
descobrir razões singulares para viver e atualizar valores e comportamentos.
Massas ignorantes e radicais foram o campo fértil para ideias que conduziram a
Alemanha à Segunda Guerra Mundial, uma guerra mais sangrenta que a anterior. A
máquina de ódio dos nazistas produziu a “indústria da morte” representada pelos
campos de extermínio, pela perseguição aos inimigos do regime, além da
perseguição à venerável universidade de pesquisa alemã. Parece importante e
estratégico a essa gente combater a inteligência quando o que vendem é a
mentira e a irracionalidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p></p><p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-26740606637811159232023-09-19T21:28:00.006-03:002024-01-20T14:57:40.865-03:00Meus Oitenta Anos: - Selvino Antonio Malfatti<p><span style="font-size: medium;"> </span></p><p><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhHQWCnyzZIwxuKFVu1DIdG4k8xgiCQ0CPb3bfZMjDKWIBjb51VK71FFskPx---Pz7HqxvJiMseUXzm3LbYnnku8g3mKzQQlVzLi5nxxdR6nf0nIeYHRKcYpHgIKVXWLGM8sCCaAJZyQnj0juABWlw-WXyfClph7_LR_hyD466_Z4HKpFoJ54SW-010FYk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1038" data-original-width="1252" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhHQWCnyzZIwxuKFVu1DIdG4k8xgiCQ0CPb3bfZMjDKWIBjb51VK71FFskPx---Pz7HqxvJiMseUXzm3LbYnnku8g3mKzQQlVzLi5nxxdR6nf0nIeYHRKcYpHgIKVXWLGM8sCCaAJZyQnj0juABWlw-WXyfClph7_LR_hyD466_Z4HKpFoJ54SW-010FYk" width="289" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br /><br /></span><p></p><p><span style="font-size: large;">Esposa: Maria Tereza </span></p><p><span style="font-size: large;">Irma: Juleide</span></p><p><span style="font-size: large;">Filhos: Anelise</span></p><p><span style="font-size: large;"> Carlos Ricardo</span></p><p><span style="font-size: large;"> Silvano</span></p><p><span style="font-size: large;">Netos, Giovanni, Giulia, Daniel, Maria</span></p><p><span style="font-size: large;">Noras: Jurema e Marcieli</span></p><p><span style="font-size: x-large;">Genro: Tiago</span></p><p><span style="font-size: x-large;"> </span></p><p><span style="font-size: large;">Vinte de setembro: oitenta anos</span></p><p><span style="font-size: large;">Casimiro de Abreu comemorou seus Oito Anos com um poema. Talvez estivesse longe da Pátria e a saudade sufocava a garganta. Provavelmente numa rua de Lisboa, começou a pensar na Pátria que resultou no belo poema, obra prima da nossa literatura.</span></p><p><span style="font-size: large;">Nos meus oitenta anos nunca fui poeta. Escrevi alguns livros para público especializado. E só. </span></p><p><span style="font-size: large;">Mas, olhando a trajetória de minha vida contemplo o que me deu alegria. É o que segue:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large; line-height: 150%;">Uma criança sorrindo. Um
beijo da mãe. Um abraço do pai. Um enlace da namorada. Um abraço da esposa. Um aperto de mão. O que
tudo isso me evoca? Amizade. E o que torna pleno de júbilo? A
amizade. A amizade tem o poder de despertar a alegria. Até nos momentos
mais tristes posso sentir alegria se estiver com amigos. A amizade esquece a
pobreza, fortalece no sofrimento, perdoa a ingratidão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mesmo quando nos despedimos de um ente
querido, se estivermos rodeados de amigos, podemos sentir a tristeza envolta na
alegria. Amizade e alegria são dois sentimentos que se irmanam, se completam.
São almas gêmeas que querem estar sempre juntas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Quando sinto a cadência
da amizade, a alegria irrompe aos borbotões no coração. Dispara quando ouço a voz do amigo. A amizade eleva aos céus, imagino uma humanidade
irmanada, um mundo se dando as mãos entoando a sinfonia de Ode à Alegria de
Beethoven ou um Va Pensiero de Verdi. A amizade desprende desta terra, deixa levitando no espaço, voando com o pensamento como se não tivéssemos
corpo. A amizade é o mais belo presente que alguém pode receber. Ela vale por
toda sabedoria, todos os dons, todas as riquezas. Ela enche de todo o coração.
A amizade não necessita de mais nada, ela é completa em si, ela é alegria.</span><o:p style="font-size: 14pt;"></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"> (In memoriam: Sirlei Malvina Maneck Malfatti)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-74438854316377290352023-09-15T15:03:00.003-03:002023-09-15T15:30:43.756-03:00Para além do conhecimento, um coração humano. José Mauricio de Carvalho<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 42.55pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3kh3IYCoY_o84QVjGtLU3RwlikSEnRmgm6vosYRKYaGSz9K0XzWmN9_g5DUdnO6zIKQOy_EtP4AdKCosMfQmEaAO_1JO6VCQbOICIejcFgK7V8Qahu6_NmsxexnkCHXU-Kgoc2Wl4XotOvNyj6tI15w_ejnDiajlC_PvO5mgSfNZo1uGKi30WfBKEGkg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="573" data-original-width="800" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3kh3IYCoY_o84QVjGtLU3RwlikSEnRmgm6vosYRKYaGSz9K0XzWmN9_g5DUdnO6zIKQOy_EtP4AdKCosMfQmEaAO_1JO6VCQbOICIejcFgK7V8Qahu6_NmsxexnkCHXU-Kgoc2Wl4XotOvNyj6tI15w_ejnDiajlC_PvO5mgSfNZo1uGKi30WfBKEGkg" width="320" /></a></div><br /> Judeus indo para as câmaras de gaz.<p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: medium;">Há um texto bastante conhecido que consta haver sido
encontrado, ao final da Segunda Grande Guerra, num campo de concentração. Não
sabemos se verdadeiramente foi, mas ele resume uma experiência tremenda do que
ali se passou. Aquelas palavras mostram algo contrário a noção positivista de
sacerdócio da humanidade. Em outras palavras constata, contra a tradição
positivista de sacerdócio da humanidade, que a desejável competência intelectual
é imprescindível para fazer um homem melhor, mas não o torna uma pessoa moral.
Eis o texto: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: medium;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; line-height: 115%;">Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de
concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás
construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos
diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês
fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim tenho
minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a
tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou
psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética só são importantes se
fizerem nossas crianças mais humanas.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;">Esse texto sintetiza, de forma maravilhosa, uma experiência
necessária ao nosso tempo. Queremos que a competência que o conhecimento
encerra não se torne motivo de vergonha pela ausência de compromisso moral. O
contrário é o que se deseja, que o conhecimento aprendido não se afaste do
respeito humano próprio e por outras pessoas. Enfim, que se respeite o próximo
como a si mesmo, conforme ensinou o Profeta de Nazaré, grande mestre a
humanidade (Mt 22, 34-40 e Mc 12, 30-31).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 45pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large;">O filósofo alemão Immanuel Kant
recuperou a síntese feita por Jesus dos Dez mandamentos e sistematizou um ideal
de homem. Em resumo, o homem é alguém que tem valor absoluto ou que é um fim em
si mesmo, não podendo ser usado como meio para se obter o que quer que seja.
Kant reconheceu, com seu imperativo, que o homem é o maior valor com que temos
que lidar. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">imperativo categórico</i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>resume o modelo ético kantiano e indica
como o problema da escolha deve ser enfrentado, no plano filosófico. Na escolha
da lei moral é que reside a liberdade humana, porquanto é necessário resistir
às inclinações de nossa condição animal e escolher não fazer o mal. Uma ordem
moral, assim parece a Kant, não pode ser fundamentada em elementos que não são
obrigatórios, o que não significa que seja necessário suprimir as inclinações
para que uma ação seja considerada moral. O que Kant pretende é estabelecer as
condições para que uma ação possa ser aceita como moral indo além do
conhecimento de como o mundo funciona.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 45pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: large;">O conhecimento da filosofia e da
ciência não são dispensáveis, a ignorância e o fanatismo também contribuíram
para a barbárie perpetrada nos campos de concentração. Porém o conhecimento é
insuficiente se não vem acompanhado da capacidade crítica de avaliar o conteúdo
e do compromisso moral de fazer o bem e evitar o mal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-17579266377964415582023-09-07T07:29:00.000-03:002023-09-07T07:29:41.287-03:00 A PÁTRIA. <p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXQ9kQoxtsvUJfIQFd8BHZ5sWECuHy_qhkfGxua4HN0H1T4aEsdnIxdb-3a48u-QLF6kdW-ITDsmnLHoSXFHGMjsYV9Xv2ge5Xur112dGxcETzTG7cn2lAX5IKTfCGBI_HiVvZ02M9Zd3YrH15wMuPPkbXzxI35szKkc0OK27nSAtVbpaUYuw7qmstYDM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="400" data-original-width="300" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXQ9kQoxtsvUJfIQFd8BHZ5sWECuHy_qhkfGxua4HN0H1T4aEsdnIxdb-3a48u-QLF6kdW-ITDsmnLHoSXFHGMjsYV9Xv2ge5Xur112dGxcETzTG7cn2lAX5IKTfCGBI_HiVvZ02M9Zd3YrH15wMuPPkbXzxI35szKkc0OK27nSAtVbpaUYuw7qmstYDM" width="180" /></a></div><br />A LEMBRANÇA DA PÁTRIA NOS TRAZ</div><br /><br /><p></p><p><br /></p><p><br /></p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;">Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Criança! não verás nenhum país como este!<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />É um seio de mãe a transbordar carinhos.<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Vê que grande extensão de matas, onde impera<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Fecunda e luminosa, a eterna primavera!</p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;"> </p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;">Boa terra! jamais negou a quem trabalha<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />O pão que mata a fome, o teto que agasalha...</p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;"> </p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;">Quem com o seu suor a fecunda e umedece,<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!</p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;"> </p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;">Criança! não verás país nenhum como este:<br style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box;" />Imita na grandeza a terra em que nasceste!</p><p style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: #3b82f680; --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; background-color: #73c69a; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; color: #374151; font-family: Raleway, AprovaSans, "Open Sans", "Helvetica Neue", "Lucida Sans", ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 20px; margin: 0px; min-width: 0px;"> </p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-18869867034158649832023-09-01T20:00:00.000-03:002023-09-01T20:00:02.066-03:00Falácias contemporâneas. José Mauricio de Carvalho<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><br /></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif""><o:p></o:p></span></i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif""><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhiXl7Fg4JEjPyRmvZdODUQv8kCFV8XGeSrYjPeKyaOZoBBeYM4rz5GKFG-z5nMpE5OmhGBBFQtyN8Q8j9Kcy8s45iZJLnbZtMY4xNYxwWU64qSZVfwdilZF5CmkdgBA-zr15XZg_zepQlyq13-oaFRu3_W-jUPlQH53tMAXcHE-6z2ViZ5B91hTkkzamo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1081" data-original-width="900" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhiXl7Fg4JEjPyRmvZdODUQv8kCFV8XGeSrYjPeKyaOZoBBeYM4rz5GKFG-z5nMpE5OmhGBBFQtyN8Q8j9Kcy8s45iZJLnbZtMY4xNYxwWU64qSZVfwdilZF5CmkdgBA-zr15XZg_zepQlyq13-oaFRu3_W-jUPlQH53tMAXcHE-6z2ViZ5B91hTkkzamo" width="200" /></a></span></i></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif""><br /> </span></i></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;">Vivemos uma crise de cultura examinada por diferentes
intelectuais. De Berdiaeff a Gabriel Marcel, de Edmund Husserl a Martin
Heidegger, de Martin Buber a Ortega y Gasset, de Karl Jaspers a Viktor Frankl,
de Zygmunt Bauman a Vilém Flusser, todos tentaram explicar o que estamos
enfrentando. Tantas explicações não nos livram de passar pelos dramas e
confusões de nossos dias. Se tentamos compreender o que se passa nesse tempo de
apuros mergulhamos em dúvidas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;">A dificuldade para enfrentar a crise encheu as redes sociais
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fake News</i>. Nesse quadro nada
confortável reapareceu a ultra direita com pautas contrárias ao que até pouco
era considerado essencial à vida civilizada, a saber: a função social da
propriedade, o estado de direito, os direitos humanos, a preservação ambiental,
a democracia política, a racionalidade como importante exercício social de dar e
ter razão, o reconhecimento do valor da ciência moderna como aquele
conhecimento que legitimamente explica o funcionamento do mundo, ainda que
insuficiente para dar conta da noção ampla da realidade e dos valores. Essa
ultra direita posicionou-se contra o humanismo, atacou a imprensa livre,
renegou os estudos das humanidades, combateu a independência do judiciário e
fez uma interpretação torpe das ideias de Jesus de Nazaré. O cristianismo foi,
nesse caso, afastado dos seus valores originários, associado a um moralismo
inadequado por fanáticos ignorantes, a ponto de ser denominado de cristianismo
do mal. Melhor seria dizer que estamos diante de um falso cristianismo, não de um
mal. Todo esse clima cultural ajudou a ascender o racismo, a homofobia, a
intolerância política, aumentou a violência social, a exploração humana e
religiosa, o desrespeito àquelas pautas consideradas civilizadas e mais
próprias dos seres humanos. Somos diferentes e únicos sim, genética e
psicologicamente, mas isso não nos desobriga de construir uma sociedade
fraterna e de irmãos, isto é, pautada por valores éticos. É uma falácia falar
de um Deus de todos e propor a violência e a injustiça. Toda essa confusão e
falácias que encontramos nas redes sociais se mistura a outros aspectos ruins
da cultura de massa como: a transformação do homem em apêndice de uma máquina e
a ampliação do desejo de gozar sem limites, de forma rápida e irresponsável.
Uma análise dessas dificuldades de nosso tempo estão mais precisamente
descritas no livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O enigma do
inconsciente e a força da subjetividade</i> (Porto Alegre: MKS, 2022). E os
problemas ali mencionados são ainda mais graves e complexos que os acima
mencionados (p. 8): “O desprestígio da razão é porta aberta ao totalitarismo.
Todo esforço antifilosófico foi estímulo à barbárie. A antirrazão é o alimento
dos governos antidemocráticos. E esses governos estimulam as massas. Não há
melhor espaço vital para ideologias ruins que a ignorância, a negação da
racionalidade, a descontinuidade da Filosofia e o desprestígio das Humanidades,
o descrédito da Ciência e o radicalismo ideológico.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: large;">A recuperação do humanismo e dos estudos de ética parece importante
para enfrentar esses desvios de rota, alterações nos rumos da vida social que
promovem, recusam ou diminuem a dignidade e o sagrado valor das pessoas. A
essência do humanismo é que todos os homens possuem o mesmo valor e dignidade.
E o reconhecimento da dignidade e de uma humanidade comum não elimina, como
ensinam as falácias atuais, a singularidade de que somos feitos, mesmo quando
entendemos pertencer à mesma humanidade. Isso é ainda mais importante se
queremos construir uma sociedade de irmãos que reconhece em Deus o Pai criador
de todos.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial","sans-serif""><o:p></o:p></span></b></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-66734203971087734462023-08-25T15:47:00.000-03:002023-08-25T15:47:04.184-03:00O ENAMORAR-SE – FRANCESCO ALBERONI. Selvino Antonio Malfatti.<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 6cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgN8rH4yHxJ3cmUBrN89tnmFcciMwVhmNfEiqnh4JVQkc-_kOsRUjEEw-019LjxkYvZJaGPllmLx35DNIXWgktUBHmv8yyFNibnme2erQU5pSS2P3D_ZjR8-wzxsF8N0BgovmXMmunOqNb9voYWqQUMg0Y8FWjXRGEppPEI5cPctAl5yKvaKA16_kOsZik" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="200" data-original-width="129" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgN8rH4yHxJ3cmUBrN89tnmFcciMwVhmNfEiqnh4JVQkc-_kOsRUjEEw-019LjxkYvZJaGPllmLx35DNIXWgktUBHmv8yyFNibnme2erQU5pSS2P3D_ZjR8-wzxsF8N0BgovmXMmunOqNb9voYWqQUMg0Y8FWjXRGEppPEI5cPctAl5yKvaKA16_kOsZik" width="155" /></a></div><br /><br /></div><br /><br /></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O amor morreu? Felizmente não. Apenas, e não foi pouco,
seu grande estudioso da atualidade: Francesco Alberoni, apelidado o Sociólogo
do Amor. Faleceu em 14 de agosto de 2023, aos 93 anos, em Milão, Itália.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Por toda vida foi alguém dedicado à ciência. Começou coma
medicina, da qual se licenciou na universidade de Pavia. Em seguida investe na
psicanálise, e para dar um cunho exato às probabilidades dedica-se à
estatística. Passou por Trento, Catania, Lausanne e finalmente Milão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Após a formatura em medicina dedica-se aos estudos dos
movimentos coletivos. Disso resultou a obra ‘Statu Nascenti’, a qual dá origem
à obra "Movimento e Istitucione", tornando-se obra clássica. Seguem as produções as obras: </span><span style="font-size: large;">Enamoramento e amor, A Amizade, O erotismo, Sexo e Amor, Os
Invejosos, Eu te Amo</span><span style="font-size: large;">, Público e Privado .</span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Parece que melhor o caracterizaria seria o estudioso do
apaixonar-se, movimento este capaz “de "infundir nos indivíduos uma energia
extraordinária",” Esta pode findar, mas o amor permanece.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Por isso, a fatia do social isolado por Alberoni é o enamoramento. O amor é o Genérico, o enamoramento, específico.
Alberoni estuda o fenômeno do movimento de enamorar-se. O amor é a continuidade do fenômenos de enamorar-se. Por que pode haver
enamoramento sem amor. Este é particular que engloba o geral, o amor.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Portanto, amor e enamoramento são distintos e contínuos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Neste artigo centramo-nos no enamoramento.</span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Pode-se interrogar em que condições surge o enamoramento?
Quando se está realizado, satisfeito com o que se é e se tem? Ou quando se está
à beira do abismo absorvido pelo nada? Quando o desespero toma conta da própria
vida? Quando se está aprisionado e sufocado buscando o ar? Quando baixa a
cabeça e clama como o Profeta? “De Profundis clamavit a Te Domine”. Quando se está no nada?</span><span style="font-size: 14pt;"> Tudo é escuridão? No o fim?</span><span style="font-size: 14pt;">Sim, conforme Alberoni, pode acontecer estar nesta situação
extrema para emergir enamoramento. Mas o mais comum é em dificuldades como:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 163.05pt; margin-right: -53.85pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -53.85pt 10pt 163.05pt; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">“Apaixona-se o jovem que sai
de casa e enfrenta o mundo, apaixona-se a pessoa que se mudou para outra cidade
e tem um novo trabalho, que se depara com a novidade. Apaixona-se quem descobre
que está vivendo uma vida árida e vazia demais, e sente queimar dentro de si o
desejo de uma felicidade que nunca experimentou.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: -53.85pt; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O
Menos provável é enamorar-se quando tudo estiver às mil maravilhas. Por que
apostar no improvável quando se tem o que se desejaria? Ou, por que querer o
incerto quando já se o tem o certo? Enamora-se por alguém que pode trazer-lhe
felicidade ou mais felicidade.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: -53.85pt; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Ofereço aos leitores os trechos abaixo que podem
enriquecer o conhecimento do assunto. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">“Porque
nos sentíamos insatisfeitos, inquietos, sozinhos, mas também cheios de vida e
preparados para um novo encontro, prontos a renascer livres e felizes. O
enamoramento explode quando o indivíduo sente-se comprimido, acuado,
aprisionado, impedido de expressar as suas potencialidades e então, ao
encontrar outro alguém nas mesmas condições, abre-se, liberta-se, desabrocha.
Para fazer com que as flores desabrochem é preciso privá-las da água. A planta,
diante do perigo, abre as pétalas, espalha o seu pólen e gera nova vida. “Apaixona-se
o jovem que sai de casa e enfrenta o mundo, apaixona-se a pessoa que se mudou
para outra cidade e tem um novo trabalho, que se depara com a novidade.
Apaixona-se quem descobre que está vivendo uma vida árida e vazia demais, e
sente queimar dentro de si o desejo de uma felicidade que nunca experimentou.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quando
nos apaixonamos?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quando
estamos cansados do passado e prontos a nos mudar, a correr riscos de novo.
Porque nos modificamos por dentro, pois o ambiente onde nos encontramos se
alterou, porque não nos sentimos à vontade com a pessoa com a qual vivemos,
pois não conseguimos realizar os nossos desejos mais profundos e expressar as
nossas potencialidades, porque nos sentimos prisioneiros dos hábitos e da
rotina, da hipocrisia, do tédio. Mas também já que fomos promovidos, porque
alcançamos um sucesso e desejamos realizar sonhos dos quais até então sempre
havíamos desistido. Nesta hora procuramos alguém que nos permita saborear uma
nova maneira de ser. Podemos, portanto, nos apaixonar com qualquer idade, mas
principalmente nos momentos em que a nossa vida dá uma virada. Quando passamos
do ensino médio para o superior, quando chegamos à universidade, ou quando
mudamos de trabalho ou de cidade, ou ao completarmos quarenta anos, quando
começa a maturidade, ou até aos sessenta, aos setenta, quando começa a velhice,
mas ainda estamos cheios de vida e de vontade de viver.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">É
verdade que nos apaixonamos nos momentos em que nos sentimos felizes?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Não,
não é verdade. Quem está em paz consigo mesmo e com o ambiente que o cerca,
quem está satisfeito com o que tem, quem encontra plena satisfação naquilo que
faz não se arrisca a apostar tudo apaixonando-se por alguém com quem recomeçar
partindo do zero. O enamoramento é uma revolução, e ninguém faz uma revolução
se está satisfeito com o que tem. Rebela-se quem possuía alguma coisa que lhe
foi tirada, quem almejava alguma coisa e ficou decepcionado, quem era prisioneiro
e aspirava à liberdade, quem tinha um sonho e nunca pôde realizá-lo. O amor é
um risco, e você não se arrisca a não ser que deseje mudar de vida, a não ser
que queira deixar para trás o que já tem.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-52543228327502982572023-08-18T14:55:00.000-03:002023-08-18T14:55:27.723-03:00A ciência e a civilização. José Mauricio de Carvalho <p> </p><div style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; transition-property: none !important;"><div class="x1cy8zhl x78zum5 x1q0g3np xod5an3 x1pi30zi x1swvt13 xz9dl7a" style="align-items: flex-start; animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: row; font-family: inherit; margin-bottom: 12px; padding-left: 16px; padding-right: 16px; padding-top: 12px; transition-property: none !important;"><div class="x1iyjqo2" style="animation-name: none !important; flex-grow: 1; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px; transition-property: none !important;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; transition-property: none !important;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xi81zsa x1yc453h" dir="auto" style="animation-name: none !important; color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; word-break: break-word;"><h2 class="x1heor9g x1qlqyl8 x1pd3egz x1a2a7pz x1gslohp x1yc453h" id=":R1al9aqqd9emhpapd5aq:" style="animation-name: none !important; color: inherit; font-family: inherit; font-size: inherit; font-weight: inherit; margin: 4px 0px 0px; outline: none; padding: 0px; transition-property: none !important;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrVQi_NE77eHu0H_lhDe0DqyLcEdcZkzs_24ZajxApZ4X4WUTGkbKJ97k9f_ivDQdhQCBTo-hd1xtbnWHoyfIfVnnUpQplERzFy0hv-mE9IN107NPf60HzYgORRjuRFlqnkGlsr5KkcBDlvqGNA88B41VKXcidrlWas0IK3CwCJjx-_1N62nIN0rzlMnA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="161" data-original-width="197" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrVQi_NE77eHu0H_lhDe0DqyLcEdcZkzs_24ZajxApZ4X4WUTGkbKJ97k9f_ivDQdhQCBTo-hd1xtbnWHoyfIfVnnUpQplERzFy0hv-mE9IN107NPf60HzYgORRjuRFlqnkGlsr5KkcBDlvqGNA88B41VKXcidrlWas0IK3CwCJjx-_1N62nIN0rzlMnA" width="294" /></a></div><br /><br /></h2></span></div></div></div></div></div><div style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; transition-property: none !important;"><div class="" dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1l90r2v x1swvt13" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id=":R1al9aqqd9emhpapd5aqH2:" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px; transition-property: none !important;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px; transition-property: none !important;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; transition-property: none !important;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="animation-name: none !important; color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um fenômeno bizarro durante a pandemia da COVID 19 foi comportamento de alguns profissionais de saúde, especialmente médicos. Enquanto a maioria se dedicava ao enfrentamento da pandemia, colocando a vida em risco diante de uma doença pouco conhecida, essa parcela agiu como quinta coluna. Quinta coluna foi durante a guerra civil espanhola, aquela parte da sociedade que apoiava o general Franco, mas atuava contra suas forças. Deste então, a expressão designa os que atuam, dentro de um país ou região, como colaboradores do inimigo. São, portanto, inimigos dentro das próprias hostes. Pois bem, assim atuou a parte dos profissionais que espalhou fakes news, além dos que bateram palmas enquanto políticos
inescrupulosos ensinavam como enfrentar a pandemia, divulgando procedimentos não validados pela comunidade médica.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A ciência moderna possui metodologia própria que protege (JASPERS, Razão e Contra razão em nosso tempo, Lisboa: s.d., p. 38): “contra a tentação de erigir em absoluto um conhecimento particular.” Isso porque (ibidem): “o conhecimento científico vai até onde as categorias e os nossos métodos têm domínio sobre a realidade.” <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um desses exemplos deploráveis, que não se limitou ao Brasil, foi o da médica norte-americana Sherri Tenpenny, conforme noticiou O Globo de 13 de agosto passado. Aquela senhora dizia que as vacinas contra a COVID-19 'magnetizam' as pessoas e as conectam numa 'interface' 5G. Ela espalhou teorias da conspiração, afirmando que as vacinas serviam para estabelecer uma rede de controle da população. Existiram mentiras menos elaboradas, mas com o mesmo potencial destruidor. Entre essas maluquices houve quem espalhasse, por exemplo, que as vacinas transmitiam AIDS, que pessoas adoeciam com as vacinas, etc. Devemos estar alertas pois (id., p. 39): “em matéria de ciência, só uma metodologia consciente me permite saber o que conheço e o que ignoro.”<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">É claro que agindo segundo critérios não validados, esses profissionais desprezaram, por outros interesses, o resultado de pesquisas sérias e o esforço de colegas mundo afora, o que é inédito na história recente da medicina. Mesmo havendo na sociedade pessoas que se posicionam contra as vacinas e outros procedimentos validados por pesquisas sérias, isso sempre veio de fanáticos ou ignorantes, nunca de profissionais formados. Por isso, uma das medidas mais importantes e sérias, para corrigir essa irresponsabilidade, foi tomada pelo Conselho Médico do Estado de Ohio, Estados Unidos. O Conselho caçou o registro profissional da médica Sherri Tenpenny que espalhou mentiras e teorias da conspiração sobre as vacinas da Covid-19. Além disso, ela atuava dificultando a investigação de seus comentários mentirosos nas redes sociais.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Durante a pandemia, a Sra.Tenpenny mencionou, numa palestra para 350 pessoas, que aqueles que tomavam as vacinas ficavam magnetizados e atraiam objetos de metal. Assim, se fossem colocados colheres e garfos nelas essas peças grudavam, sugerindo que as vacinas tinham algum tipo de imã. Tudo isso sem qualquer base científica ou prova experimental. Uma denúncia no Conselho Médico fez o órgão estudar a sua conduta profissional e, finalmente, caçar seu registro profissional.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="color: var(--primary-text); font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 14pt;">Uma atitude ética semelhante dos Conselhos Médicos poderia ser tomada em nosso país contra profissionais que, durante a pandemia, conspiraram contra seus colegas e contribuíram para o alastramento da desinformação. Eles dificultaram o controle da pandemia aumentando os riscos de vida de seus colegas, contribuíram para provocar a morte evitável de milhares de pessoas e aumentaram o sofrimento desnecessário de outra parte. A atitude contrária a procedimentos válidos é grave nessa ciência porque o resultado afeta o homem, o maior valor a preservar (JASPERS, O médico na era da técnica, Lisboa: edições 70, p. 47): “a medicina científico natural vê os fatos: o homem não é apenas animal, mas um ser racional e que(...) pode adoecer.”</span></p>
</div></div></span></div></div></div></div></div>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-35377493619597898712023-08-11T14:51:00.000-03:002023-08-11T14:51:19.202-03:00A VERGONHA DA NUDEZ. Selvino Antonio Malfatti<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgeR-Z7XEHhdyFtigMNPnBHxuviaI3JmieI_Su62W4ui95C3nO_wvEu5XsEfgPH57l-lqbaoDZqqlNnbBv3w-ke3Yb3-9HKvOo_d9V_GcEO1BAVaFBUmqoBkIxK0q3mM4hhJI2S39mmMJRgegBTwMM-5y4wRrWn5AQoEa9VhGvHhOb5bkKK1IS4nXoT3_c" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="199" data-original-width="400" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgeR-Z7XEHhdyFtigMNPnBHxuviaI3JmieI_Su62W4ui95C3nO_wvEu5XsEfgPH57l-lqbaoDZqqlNnbBv3w-ke3Yb3-9HKvOo_d9V_GcEO1BAVaFBUmqoBkIxK0q3mM4hhJI2S39mmMJRgegBTwMM-5y4wRrWn5AQoEa9VhGvHhOb5bkKK1IS4nXoT3_c" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Eu me pergunto: por que
supor a resposta na pergunta que quer buscar a resposta? Ao se
fazer uma pergunta que já se tem a resposta não se busca a verdade, mas se
impõe como verdade uma suposição. Trago como exemplo a origem do pecado no
paraíso. O diálogo pressupõe a resposta no final do diálogo entre Adão, Eva e a
Serpente. Antes Adão e Eva estavam nus e conviviam sem precisar de pudor. Tudo
era espontâneo. Não precisavam de nada, nem de folhas nem de peles. Sempre
passavam perto da árvore proibida sem curiosidade. Tudo continuaria como de
costume até que a “serpente” lhes desperta a curiosidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Por que não comem do fruto
desta árvore? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Sabiam da consequência:
conheceriam o mal. O bem eles já o conheciam, o mal, não. Se conheciam o bem por que buscariam o bem do mal. Comeram o fruto. Caíram em si. Estavam nus. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">- Como é que nunca vimos que
estávamos nus? Perguntavam-se. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 18.6667px;">A nudez pressupôs o pecado. Sem ele poderiam andar nus, sem pecado. Ela é o doce do pecado. </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt;">É que na doçura da prova da queda vai junto o abrolho do prazer.
O veneno perpassa o corpo até atingir a alma. Por isso, após a felicidade do
pecado sobrevém a prostração do arrependimento. Aquela sensação de morte que
começa nos pés e atinge o coração faz a alma exclamar pelo “De Profundis”. A
miséria invade cada membro da alma fazendo o coração gemer e confessar que se é
todo pecado, já foi gerado no pecado. Que desejo de ter as mãos limpas e o
coração puro! Que desejo de poder, mas nem que fosse por um instante, voltar
atrás no tempo e saltar aquele momento anterior. “De Profundis, clamavi ad te,
Domine!” O veneno da serpente ofusca os olhos, embaça a mente, invade de torpor
todo o corpo. Ele inocula a razão através da felicidade do coração. No último
banco da igreja se ajoelha, enfia a cabeça entre as mãos, enche os olhos de
lágrimas e tenta buscar a Deus. Nada encontra senão um dedo apontando o caminho
da porta. A impureza, a vaidade, o orgulho, a ganância são terra jogada sobre o
caixão do cadáver. Pasto para os vermes festejarem, estrume para porcos
chafurdarem, putrefação para os corvos cheirarem.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Pecado é um corpo
conspurcado pelo esperma da luxúria, coração apunhalado pela dor, razão demente
tateando perdida. Pecado é o vômito da gula, o arroto da soberba, o escarro da
ira. É a mais profunda desolação e abandono. Abandono de si mesmo e de Deus.
Tudo se transformou em nada e o nada é tudo o que se pode contar. Por isso, “De
Profundis, clamavi ad te, Domine!” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Por que escolher o mal se
podia escolher o bem? Por que o mal se tornou um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>bem? O mal acontece porque o bem é visto como
menor em que o mal. O pecado atinge o pecador, mutila-o, corrompe
esfrangalhando o corpo e a alma. Será o pecado que dilacera o homem ou sua
natureza mutilada que o conduz ao pecado? Pode o homem não pecar. Se pode, por
que peca? A questão não é porque é livre, mas por que opta pelo pecado, para a
corrupção. O mal e o pecado devem ser melhores que aquilo que se diz bem e
virtude. Por isso não se pode não pecar. Poderia, por acaso, subsistir este
mundo sem o pecado? A ânsia pelo pecado é sua própria recompensa enquanto sua
concretização é o próprio castigo. A dialética não esmorece no castigo, mas na
recompensa e por isso se volta a procurar o pecado. Recompensa e castigo
complementam-se e tornam o homem. Ele é feliz com o que não tem, mas quer ter.
E infeliz com o que consegue, mas não queria tê-lo. O desejo de felicidade leva
à corrupção de sua natureza, e a vontade de fugir do mal é o degrau para a
perfeição.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-16942659276509480842023-08-05T06:52:00.000-03:002023-08-05T06:52:59.821-03:00RECEPÇÃO DO PAPA EM LISBOA. Selvino Antonio Malatti<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh7563ykkC-Ik0nWpaZ27EWjEom2NBuRap2pCxXjYDeHpkYpVi41GgRfISAZy6VpJYHcc8jYQLmnlFWF_ZdLK9ZqIWv4WpoK8J9A_9IZAodi5DfO6l828oCijie-SuM2USTv9tlFEwZJQ7b5eoNuo60Gp4DChdQeRKKrPfnJ3qU1umd6lHGMg8vXaviMlQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="400" data-original-width="600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh7563ykkC-Ik0nWpaZ27EWjEom2NBuRap2pCxXjYDeHpkYpVi41GgRfISAZy6VpJYHcc8jYQLmnlFWF_ZdLK9ZqIWv4WpoK8J9A_9IZAodi5DfO6l828oCijie-SuM2USTv9tlFEwZJQ7b5eoNuo60Gp4DChdQeRKKrPfnJ3qU1umd6lHGMg8vXaviMlQ" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> O</span> discurso do
papa na abertura Jornada Mundial da Juventude 2023 revela duas
características: a familiaridade do papa com a cultura portuguesa e um discurso
fundamentado nesta cultura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Logo de início do discurso é citado Luís Vaz de Camões “«Aqui…
onde a terra se acaba e o mar começa». Diz o Papa, que em parte é verdade, pois
Portugal é o início e fim dos continentes. Por isso faz sentido a canção: “Portugal
tem cheiro de flores e de mar”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Portugal<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>apresenta-se ao mundo como a enseada da paz mundial. Se a palavra “Europa”
significa a “boa rota” Portugal certamente é a proa da nave. As águas do oceano
lembram a origem da vida: de crianças que nunca nasceram e de idosos que sem
esperança aspiram por uma morte digna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Há muita esperança quando vemos uma cidade como Lisboa
que acolhe os jovens cheios de fé no futuro que escolhem a paz e a fraternidade
em vez de gritar palavras de ódio. Diz o Papa vejo as palavras de Fernando Pessoa a
brilhar no alto desta cidade dizendo: “Navegar é preciso”. O objetivo é chegar
ao porto onde estão sendo construídos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estaleiros que constroem a esperança: “o
ambiente, o futuro, a fraternidade”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Primeiramente o ambiente: Os oceanos já estão dando sinais.
A sujeira atirada neles já vem à tona. Como poderemos dar esperança aos jovens
se não preservamos a vida?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O segundo estaleiro de obras é o futuro. Como poderemos
prometer um futuro melhor aos jovens se não lhe proporcionados emprego,
progresso, paz e bem estar? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E o terceiro, a esperança. Como prometer um futuro
melhor? Como acenar com mundo econômico sem exploração, preocupado no bem estar
de todos, educação universal, convivência pacífica de gerações – jovens e
idosos? Isto não vai ao encontro da saudade? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O que dá sentido ao encontro é a busca. Quando mais
andamos maior será a alegria de achar. Dizia Saramago: “é preciso andar muito,
para se alcançar o que está perto.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quero deixar incentivo aos jovens que congregados na «Missão
País», que querem viver a fraternidade através do bem estar ao próximo.<span style="text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">DETALHES DO PROGRAMA DA VISITA DO PAPA A PORTUGAL.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dia 2 de agosto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">11h15 – O Papa será recebido no Palácio de Belém para uma
visita de cortesia ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, que,
numa nota no site da Presidência, fez saber que “estará presente nos mais
significativos eventos da presença do Papa Francisco em Portugal e da Jornada
Mundial da Juventude”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">12h15 – Será feito o primeiro discurso em Portugal depois de
um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">16h45 – O Papa tem encontro marcado com o primeiro-ministro
António Costa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">17h30 – Vésperas com os bispos, sacerdotes, diáconos,
consagrados e consagradas, seminaristas e agentes pastorais, no Mosteiro dos
Jerónimos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dia 3 de agosto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9h00 – Está marcado um encontro com jovens universitários na
Universidade Católica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">10h40 – O Papa vai encontrar-se com jovens de Scholas
Occurrentes, em Cascais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">17h45 – O sumo Pontífice presidirá à cerimónia de
acolhimento dos participantes da JMJ no Parque Eduardo VII.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dia 4 de agosto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9h00 – Está prevista a confissão de alguns jovens da JMJ, na
Praça do Império.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9h45 – Logo a seguir, o Papa vai ao Centro Paroquial da
Serafina para um encontro com os representantes de alguns centros de
assistência socio-caritativa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">12h00 – Haverá um almoço com jovens.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">18h00 – Está marcada a via-sacra com jovens, de novo no
Parque Eduardo VII.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dia 5 de agosto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">8h00 – O Papa parte para Fátima, numa viagem que será feita
de helicóptero. A chegada a Fátima está prevista para as 8h50.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9h30 – Haverá recitação do terço com os jovens doentes na
Capelinha das Aparições.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">11h00 – O Papa ruma de novo a Lisboa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">18h00 – Há um encontro agendado com membros da Companhia de
Jesus, no Colégio de São João de Brito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">20h45 – Vigília com jovens, no Parque Tejo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dia 6 de agosto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9h00 – O Papa vai celebrar a Santa Missa para o dia Mundial
da Juventude, no Parque Tejo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">16h30 – O sumo Pontífice tem encontro marcado com
voluntários da JMJ no Passeio Maritimo de Algés.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">17h50 – Acontecerá uma cerimónia de despedida na Base Aérea
de Figo Maduro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">18h15 – O Papa Francisco regressa a Roma, onde deverá chegar
às 22h15.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-90098211276399782122023-07-28T10:08:00.000-03:002023-07-28T10:08:29.613-03:00MARC AUGÈ - OS ESPAÇOS DOS NÃO LUGARES. Selvino Antonio Malfatti.<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg4_HdF4OGDrr3AzpItdGPPgJEtOwSdMiZ92L8W_BIXdJfSLXfBxKjmXF7ReUGQhpvrdZsvPLU5adNFr1XUCYXg6i0wcHdGosELgqvWs5fAWQni5TYqfiJ8s7sePM6NOIgFxA4zCEOxfNhfZ0o5efE8iQ-zSacN-8TpAi4V6CzOHWnrfawsxfxIOuo7pdM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="130" data-original-width="130" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg4_HdF4OGDrr3AzpItdGPPgJEtOwSdMiZ92L8W_BIXdJfSLXfBxKjmXF7ReUGQhpvrdZsvPLU5adNFr1XUCYXg6i0wcHdGosELgqvWs5fAWQni5TYqfiJ8s7sePM6NOIgFxA4zCEOxfNhfZ0o5efE8iQ-zSacN-8TpAi4V6CzOHWnrfawsxfxIOuo7pdM" width="240" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não podemos residir num espaço porque precisamos de um
lugar para residir. Se estivermos no espaço então precisamos de um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lugar para ser individualizados e não permanecer
num não lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O antropólogo Marc Augè nasceu em Poitiers em 1935 e
viveu 87 anos. As principais obras são: O Gênio do Paganismo, uma resposta a Chateaubriand
autor do Gênio do Cristianismo e As Três Palavras que mudaram o mundo: Deus não
existe. Como antropólogo realizou pesquisas na América e África e como
antropólogo dirigiu École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O homem é um animal que se relaciona pelos símbolos.
Estas relações se dão no espaço e tempo em lugares que concretizam o contato.
Sem contato o espaço e tempo são vazios, isto é, não lugares. Os não lugares
são espaços criados artificialmente para suprirem a necessidade de troca entre
unidades sem identidade pessoal. Há, por exemplo, mil pessoas no shopping,
trezentas pessoas no saguão, quinhentas no metrô. Nenhuma tem identidade
pessoal. É o resultado da sobremodernidade, globalização, a superação da
pós-modernidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A sobremodernidade tem três características.
Primeiramente é uma superabundância de eventos. E tal é a explosão que os
historiadores não conseguem mais assimilar e a interpretação lhes escorregam do
pensamento. E em segundo lugar, a sobremoderrnidade é superabundância espacial
que possibilita deslocar-se para todo lado, como marcar a onipresença de
imagens de todo mundo. Isto é possível pela televisão. E uma terceira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>característica é a individualização das
referências, ou o desejo de cada um de ser o genuíno intérprete sem necessitar
de auxílio de terceiros.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nesse sentido demonstram a necessidade de serem
reconhecidos dentro de um mundo de solidão. Pela comunicação o indivíduo
consegue individualizar-se e neste momento consegue criar um não lugar dentro
do espaço e assim sai da solidão. É o que acontece com os jovens que nas redes,
típicos não lugares, é reconhecido como outro. E aqui surge o paradoxo: o não
lugar é o espaço e tempo de cada um.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Para Augé, o bistrô é um tipo por excelência de lugar.
Nele as pessoas praticam relacionamentos autênticos e vivem com alegria. Isto
por que nossa sobremodernidade criam uma divisão de classes diferentes do que
eram nas sociedades tradicionais<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Agora temos uma classe de poderosos, que se furtam às
leis nacionais; consumidores, herdeiros da extinta classe média; os excluídos,
que nem esperança lhes está ao alcance. Para tanto buscam compensação na
evasão, um furtar-se a si mesmos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">TRECHO ORIGINAL DE MARC AUGÈ: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>Diferença entre simbólico e o imaginário</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>Há diferença sim, mas não posso fazer uma exegese de
Lacan e Levi Strauss – o que seria muito difícil, mas emprego a palavra
simbólico, no sentido empregado por LéviStrauss. É bem isto, um sistema de
relação: o primeiro é a linguagem que implica indivíduos em si mesmos. Acho que
classicamente, já se observava que a etnologia estuda as relações, portanto: o
simbólico – seu sentido. Algumas vezes, refiro-me ao “sentido” – sentido social
do fato nas quais estas relações são pensadas pelos seus termos. O imaginário é
o produto da imaginação. Pode ser coisa como os contos, imagens. A relação
imaginária às coisas é uma relação individual. Tenho uma relação imaginária com
o que imagino ou tenho uma relação imaginária com a imagem. Se vejo os
indivíduos na televisão que me contam coisas – tenho com eles uma relação imaginária
– no sentido que é uma relação que não se aplica ao outro. Pode haver outros que
estabeleçam esta relação, mas esta não se estabelece como particular. É
diferente, se vemos uma peça de teatro, que pertence ao nosso patrimônio comum,
uma tragédia grega, por exemplo, ou quando compartilhamos uma peça de música,
há uma convergência de imaginação em direção a algo comum que nos diz qualquer
coisa. Há um elo entre os que compartilham este momento. Em contrapartida,
quando este elo é rompido não há mais que uma relação individual às coisas. O
que me parece importante é a relação entre o imaginário individual e o
imaginário coletivo e entre o imaginário coletivo e o simbólico. O “imaginário”
simbólico é a relação explícita entre uns e outros e o imaginário coletivo é o
produto de uma imaginação partilhada, o mito, por exemplo. E depois o imaginário
individual – o que é de cada um que pode ser fechado naindividualidade.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>Sobre Don Juan<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><i>Don Juan é um personagem, um herói pelo qual sempre tive
simpatia. Principalmente pelo Don Juan de Molière, porque ele busca as coisas,
ele refuta os valores estabelecidos. Ele tem um gesto, que não se explica nos
termos do cinismo. É amor à humanidade. Ele parece prefigurar o século XVIII.
Tudo aquilo que eu amaria crer: a liberdade do indivíduo, a solidariedade, e,
para evocar a divisa revolucionaria, a fraternidade. Fundamentalmente, uma
certa igualdade face à morte. É um personagem que me fascina por sua relação ao
tempo. Porque, bem entendido, ele é infiel, mas ele é fiel a si próprio, no
sentido de que aquilo que o atrai é o novo. De uma certa maneira, podemos
imaginar que ele experimenta, sempre, a mesma coisa – é o que ele chama o “charme
das inclinações nascentes” – quando se apaixona. É uma espécie de vacilo, de frêmito,
de sair de si próprio. Se pensarmos em termos deste começo, é um homem que nunca
renuncia. Cada vez que ele repete, ele recomeça. É a ilusão de recomeçar. Neste
sentido, ele é verdadeiramente um mito. É um mito moderno? Sim, acredito ser um
mito do indivíduo, no século XVIII. O que ele teria a ver com a
supermodernidade ou a época atual: nós poderíamos relacioná-lo ao consumidor
compulsivo, mas penso – isto me desagradaria, pois tenho simpatia por ele –
esta é uma interpretação possível. Creio que, se Don Juan de Molière vivesse
hoje, ele não tomaria as coisas seriamente. Ele seria o sacrilégio. Ele é
sempre o sacrilégio, D. Juan. Portanto, diante do culto do consumo, diante das
evidências que nos acenam ao longo do tempo, através da mídia, creio que ele não
seria este homem do consumo. Eu imaginaria o D. Juan de hoje, mas ele teria – eu
não sei o que ele faria – ele encontraria um meio de democratizar o que estamos
habituados. Ele procuraria o verdadeiro rito, o rito que pode inaugurar,
verdadeiramente, abrir as coisas. Porque D. Juan não é o homem da repetição
simplesmente. Ele não recua jamais. Ele seria um suicida, desesperado – nós o
podemos direcionar para muitas coisas, já que é um personagem de teatro. Ele
não teria medo de enfrentar o que não crê.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">(</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1560-2.pdf</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">)<o:p></o:p></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-59764392830362836332023-07-21T14:52:00.001-03:002023-07-21T14:52:28.067-03:00OS SINAIS DA IGREJA. Selvino Antonio Malfatti<p> </p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirxFtauIygzVu3szxXXzlsK4OKQ8NU8MT6HGFGsHjGVYISG0pI6x6hyHHAhIMIFD71nPEVBdM2jKzSVp_F1cqIjZ4s0mSCOh2ZXOseeGO-5eGF2NoPXZKA2TwE3ajFtFPAk2Ct8fF6FCCQA7O6X-RA6loQloPFyiEixB4LgQQ89gQABJU1lJmwTTkpXgM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="422" data-original-width="750" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirxFtauIygzVu3szxXXzlsK4OKQ8NU8MT6HGFGsHjGVYISG0pI6x6hyHHAhIMIFD71nPEVBdM2jKzSVp_F1cqIjZ4s0mSCOh2ZXOseeGO-5eGF2NoPXZKA2TwE3ajFtFPAk2Ct8fF6FCCQA7O6X-RA6loQloPFyiEixB4LgQQ89gQABJU1lJmwTTkpXgM" width="320" /></a></span></div><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">A Igreja católica terá aumento de seu corpo eletivo. Será a nomeação oficial dos 21 novos cardeais no Consistório de 30 de setembro deste ano. </span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">A reposição de novas lideranças é uma medida de praxe de qualquer instituição.</span><span style="font-size: 14pt;">Toda organização que pretende subsistir no tempo deverá
ter duas</span><span style="font-size: 14pt; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 14pt;">preocupações básicas: garantir
lideranças que deem continuidade às atuais e dotar de regras necessárias para
sua continuidade externa e coesão interna.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Isto ficou claro com as novas medidas adotadas pelo Papa
Francisco. Para garantir novas lideranças tomou a iniciativa de nomear 20
cardeais de uma só vez e as novas regras veem sendo implantadas aos poucos ao
longo de seu pontificado. Estes novos cardeais lhe garantirão eleger seu
substituto que lhe darão continuidade às reformas implantadas que se
caracterizam por um progressismo conservador. O aspecto conservador seria o núcleo
duro da doutrina, a essência: os dogmas. Neles ninguém toca. O progressismo seria aspectos
não essenciais, mutáveis, sem atingir a doutrina. O complemento dos dogmas pode
ser modificado, mas a essência não. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
Creio em Deus Pai é a síntese da Doutrina. Os mandamentos da Igreja seria um
exemplo da não essência da fé. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Demos um
exemplo de essência e secundário: sim à participação das mulheres na Igreja, mas não no sacramento: não
abolição do celibato, mas sim padres casados; não ao divórcio, mas sim à tolerância
às segundas núpcias; não ao aborto da criança, mas sim à vida da mãe; não ao
sacramento da eucaristia para mulheres, mas sim à liturgia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">A nomeação repentina dos novos cardeais suscitaram
algumas especulações políticas. Enumeremos algumas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-size: large;">1.1</span><span style="font-size: xx-small;">. </span></span></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Renúncia
próxima de Francisco – O papa não quer deixar os católicos pegos de surpresa
novamente, isto é, um conclave extra temporal sem orientação política. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-size: 14pt;">2.</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: large; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">2.</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";">. </span></span></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Rumos
da Igreja para o futuro. Mais reformas, ou nada de reformas e concentração na
missão missionária? Liturgia?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-size: 14pt;">3 </span><span style="font-size: large;">3</span><span style="font-size: 14pt;">.</span></span></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O
papel dos jovens. Como assimilá-los? Cedendo mais? O que negociar e o que não? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;">4.4. Como
assimilar os novos continentes? Ásia e África? Que forma tomará o catolicismo
nesses países?</span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-size: 14pt;">5 </span><span style="font-size: large;">5.</span></span></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mudança
na ênfase política? Quando os primeiros cristãos perceberam que era inútil
insistir com o judaísmo os apóstolos deixaram de dar ênfase neste povo e se
voltaram para os gregos e depois romanos? Deixará a Igreja a Europa em segundo
plano e concentrar-se á na América, África e Ásia e Austrália?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Seria útil saber a origem dos novos cardeais? Por que foi
escolhido alguém de um país e não de outro. De um continente e não de outro?
Seria apenas para cooptar a população e dar maior representatividade? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Atualmente o Colégio Cardinalício é composto por: 222
cardeais, dos quais 121 eleitores (com menos de oitenta anos) e 101 não
eleitores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span><span style="text-align: center;">CONTINENTES</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody><tr>
<td style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">África<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-left: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">16<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-left: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">13,22%<o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">América<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">35<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">28,92<o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
Ásia</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">21<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">17,36<o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Europa<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">46<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">38,02%<o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Oceania<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"> 03<o:p></o:p></p>
</td>
<td style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">2,48<o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
</tbody></table></div> 100%<br /><br />
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">LISTA DOS FUTUROS CARDEAIS:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Bispo François-Xavier Bustillo (Ajaccio, França)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Bispo Américo Manuel Alves Aguiar (Lisboa, Portugal)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Padre Luis Pascual (Buenos Aires, Argentina)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Robert Prevost (americano - Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Claudio Gugerotti (italiano - Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Víctor Fernández (argentino - Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Emil Tscherrig (suíço - Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Christophe Pierre (francês - Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Pierbattista Pizzaballa (italiano em Jerusalém)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Stephen Brislin (Cidade do Cabo, África do Sul)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Ángel Rossi (Córdoba, Argentina)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Luis Aparicio (Bogotá, Colômbia)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Grzegorz Ryś (Lódz, Polônia)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Stephen Mulla (Juba, Sudão do Sul)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo José Cano, (Madri, Espanha)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Protase Rugambwa (Tabora, Tanzânia)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Bispo Sebastian Francis (Penang, Malásia)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;">Bispo Stephen Chow
Sau-Yan (Hong Kong, China)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Padre Ángel Fernández Artime (espanhol - Congregação
Salesiana)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Agostino Marchetto (Vaticano)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Arcebispo Diego Rafael Padrón Sánchez (Cumaná, Venezuela)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><b>Os brasileiros</b>: </span><b>Leonardo Steiner e Paulo Cezar Costa</b></p><p class="MsoNormal"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: large;">TUDO ISSO INDICA SINAIS DA IGREJA DO FUTURO atendendo ao chamado do mestre antes de partir:</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: large;"> </span></b><span style="font-size: large;">“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.!"</span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-29824733276302533262023-07-14T14:16:00.000-03:002023-07-14T14:16:46.206-03:00Viktor Frankl e a espiritualidade. José Mauricio de Carvalho<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgTjHBU_5wliZc0Vw5r4qS8y06q0Pngn4dANFwLmP6usvC0AXufF-c5APvlrzOp3pRYFQs9dIXYr39IvxUtDRf-lWpWB3ig50xMEfMK1GlU3tkMfC1wYaajOvOffCLozVvJsn4MG-s_SV_ho2TqurIJK1sKLOtPYccGY0967T7pHYmJaSkMJJD4tYw2GYc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="225" data-original-width="225" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgTjHBU_5wliZc0Vw5r4qS8y06q0Pngn4dANFwLmP6usvC0AXufF-c5APvlrzOp3pRYFQs9dIXYr39IvxUtDRf-lWpWB3ig50xMEfMK1GlU3tkMfC1wYaajOvOffCLozVvJsn4MG-s_SV_ho2TqurIJK1sKLOtPYccGY0967T7pHYmJaSkMJJD4tYw2GYc" width="240" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">O
mau uso dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, transformados em trampolim
político ou simplesmente pervertidos para enriquecer empresas que se apresentam
como suas seguidoras, deu origem ao que um juiz da Suprema Corte nomeou de
cristianismo do mal. Naquela ocasião mostrei que não há e nem haverá um tal
cristianismo, mas existe a deturpação da mensagem de Cristo usada para o mal. E
essas empresas que fazem isso acabaram não só deturpando a mensagem libertadora
e sagrada do Filho de Deus, como provocam o adoecimento e a neurose de muita
gente. Há casos em que essas empresas contribuem para aumentar a culpa ao focar
no pecado e punições do Altíssimo e, assim, levar à depressão e multiplicar a
baixa estima entre seus infelizes seguidores. Todas as ameaças colocadas a
serviço do aumento de receitas da empresa, estimulada enlouquecidamente por quem
deveria dar de graça o que de graça receberam. <span style="background: white;">A
frase “de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) mostra que o Filho de
Deus </span>não aprova a comercialização dos seus ensinamentos, embora pareça
legítimo ao pregador ganhar uma retribuição por seu trabalho e o templo obter
os recursos para sua manutenção<span style="background: white;">. Porém isso está
longe de autorizar o enriquecimento dessas instituições.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Se
o mau uso dos ensinamentos evangélicos produzem neurose e baixa-estima, além de
patrocinarem projetos políticos anticristãos, a mensagem religiosa que aponta
para o alto e se mantém fiel aos ensinamentos de Jesus, não apenas oferece a
porta de entrada para o Reino de Deus, mas ajuda o fiel a ter uma vida mais
significativa e valiosa. Com base no diálogo com Deus, ele enfrenta com mais
efetividade e confiança as adversidades naturais da vida e recupera-se mais
facilmente dos problemas emocionais. Esses assuntos se tornaram objeto de
estudo de uma linha de pesquisa psicológica que ganhou força e reconhecimento
em Faculdades de Medicina mundo afora com a linha de pesquisa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">religião/espiritualidade e saúde</i>. Próximo
de nós, o melhor representante desses estudos é o NUPES da UFJF, dirigido pelo
Dr. Alexander Moreira-Almeida que reúne a sua volta um talentoso corpo de
pesquisadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">No
livro Viktor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Frankl e a psiquiatria </i>(Porto
Alegre, MKS, 2019, 338 p.) e ainda mais em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Viktor
Frankl e o</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">inconsciente</i> (Porto
Alegre, MKS, 2021, 348 p.) chamamos atenção para a importância de uma vida com
sentido e do papel que a religião e a espiritualidade possuem como fator gerador
de saúde mental, bem como para os desvios e razões para a negligência da
transcendência na psiquiatria ocidental, devido a influência do positivismo e
do materialismo nas Faculdades de Medicina. Os dois livros examinam os ensinamentos
do filósofo e psiquiatra Viktor Frankl, um dos notáveis representantes da
psicologia fenomenológica, cujo diferencial foi a revisão da psicanálise e a
abertura ao transcendente estimulada pelos estudos que fez de Martin Buber. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">É interessante a forma como
essa linha de investigação psiquiátrica examina, com crescente interesse e
isenção, os efeitos positivos da Religião/Espiritualidade na saúde mental. Esse
assunto ganha diariamente novos estudos como mostrou recentemente H. G. Koenig
no artigo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Religião, espiritualidade e
saúde: a pesquisa e as implicações clínicas</i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. </b></span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Ali ele diz que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(</b></span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-GB" style="background: white; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB;">KOENIG, H.G. </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 14pt; letter-spacing: -0.1pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Religion,
Spirituality, and Health: The Research and Clinical Implications. </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3671693/"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span color="windowtext" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ISRN Psychiatry</span></i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span color="windowtext" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.</span></b></a></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> 2012
b; 2012: 278730. Published online 2012 Dec. 16.): “</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Na
primeira edição do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Handbook</i> [27],
identificou 110 estudos publicados antes do ano 2000 e 344 estudos publicados
entre 2000 e 2010, totalizando 454 estudos. Entre esses relatórios estão
descrições de como religião e espiritualidade ajudaram as pessoas a lidar com
uma ampla gama de doenças e/ou uma variedade de situações estressantes.”</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: 42.55pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">E na cuidada síntese que
H.G. Koenig produziu está demonstrado não só o aumento dos estudos sobre o
assunto, mas a comprovada influência sobre a saúde mental de uma fé religiosa
esclarecida. E quem diz isso são os atuais e cuidadosos estudos de medicina que
foram antecipados por Viktor Frankl em seus trabalhos sobre a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">logoterapia</i>. E os estudos resumidos por
Koenig comprovam aquilo que filósofos como Karl Jaspers escreveram (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os mestres da</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanidade,</i> Coimbra, Almedina, 2003, p. 139): “Jesus demonstrou a
libertação da angustia existencial no assumir da cruz.” E a quem ele se dirigia
com seus maravilhosos ensinamentos (id., p. 136): “a qualquer pessoa que
encontrasse. Todos lhe convinham. O importante era proporcionar a iluminação
interior, através da qual crente vê e ama.” Assim, iluminados, eles abriam as
portas do Reino de Deus.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-50518365309001257032023-07-07T16:15:00.000-03:002023-07-07T16:15:45.722-03:00O LEGADO DE ALAIN TOURAINE. Selvino Antonio Malfatti .<p> </p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXYQzdpbPT4QvA2qCjh70GWBf36A4GsvAI50wmUHv2kbhaJIaYlFB3wUUX1DL19recujGa5OsIHYKgu0OqZ95O7odbKfw8677d1ZYYNJ5dtz4XG3vEXRHxHzyE5BKmPetgip1flA2ZDkX7DVIZsLeTOq8Noi86oQ9GlDPZ0ksuXLNNlRzdOFit-DGNVmM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="489" data-original-width="821" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXYQzdpbPT4QvA2qCjh70GWBf36A4GsvAI50wmUHv2kbhaJIaYlFB3wUUX1DL19recujGa5OsIHYKgu0OqZ95O7odbKfw8677d1ZYYNJ5dtz4XG3vEXRHxHzyE5BKmPetgip1flA2ZDkX7DVIZsLeTOq8Noi86oQ9GlDPZ0ksuXLNNlRzdOFit-DGNVmM" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em 9 de junho deste,
apagou-se para este mundo o sociólogo francês Alain Touraine. Mas o legado que
deixou foi enorme.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um olhar sobre o mundo atual
constatam-se diversos movimentos sociais reivindicatórios. Estes movimentos são
caracterizados pela forma pacífica que atuam. Abrigam pessoas de todas as
categorias sociais, status, classes, estratos. Não se pode dizer que haja um
racha social dividindo pessoas, grupos ou populações. A participação nesses
movimentos é livre tanto para entrar como para sair. Podemos citar movimento
das mulheres para as igualdade com os homens e parte do mundo árabe, os
movimentos de protestos contra a reforma na aposentadoria na França, movimentos
políticos em diversos países da América do Sul pela democracia, movimentos
feministas como LGBT, movimentos religiosos, movimentos negros, movimentos
políticos conservadores e progressistas, movimentos pró-ambiente e outros.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Isto é possível atualmente
devido em parte a Alain Tourraine, sociólogo francês. Em Touraine os conflitos de classe e acordos
políticos constituem o fermento da ação social.Para ele, a América Latina
possui um problema sócio-político comum: Estado, Sociedade e Sistema político
estão misturados, devido ao nacional-populismo. Os líderes políticos
latino-americanos, no afã de afastar as rupturas impostas pelo modelo
desenvolvimentista importador, rupturas que poderiam provocar desagregações no
modelo tradicional, encetaram uma ação de controle coletivo. Para tanto, os
políticos lançam mão do Estado para impor sua autoridade.Com certeza a
importação de tecnologia e capitais externos criaria novos atores políticos, ou
outra elite, a qual competiria com a que mantém o "status quo",
ameaçando seus privilégios e mesmo sua legitimidade política. A modernização do
país necessitaria de novos líderes, que estivessem familiarizados com a nova
tecnologia e mesmo ambiente sócio-político mais amplo, senão global. Ora, isto
colidiria de imediato com a classe política tradicional. O apelo se faz, então,
no sentido de que as classes menores favorecidas e a que mais sofre com as
importações, se defendam da proletarização. A elite política tradicional demagogicamente
assume a defesa dos indefesos, da cultura popular, das tradições da nação. Mas
para chegar a tal desiderato é preciso canalizar a força do Estado em prol da
causa. Daí que o sistema político é moldado instrumentalmente para conseguir
seu objetivo, qual seja, construir uma fachada popular para evitar o controle
popular. O controle que a sociedade deveria manter sobre a classe política, é
transformado em apoio popular. E como a classe política é a timoneira do
Estado, a confusão está concretizada. A forma de burlar o controle é feita pelo
apelo direto ao povo, driblando as formas de representação. Para a tarefa
discursiva de convencimento, são chamados os intelectuais, os quais não só
emprestam sua sabedoria, como se locupletam também das benesses do Estado. Após
o domínio do Estado, a classe política organiza as instituições de conformidade
com seus interesses. Todo o conjunto institucional pauta-se pela defesa dos
interesses ditos nacionais. Num sistema desses, o conflito é visto com ojeriza,
uma verdadeira anomalia. Os conflitos de classe não fazem sentido em tal
sistema. Aos conflitos são contrapostos valores nacionais, os quais neutralizam
os conflitos.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Por isso a ação é no sentido
de visar à integração da coletividade nacional, de identificar povo e poder
constituído. Nesse sentido são antioligárquicos, antielitistas e igualitários.
A classe política, em regimes nacional-populistas, não se preocupa com o
desenvolvimento, embora o discurso o proclame, nem com a superação das
estruturas arcaicas, embora se proclame de progressista.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em síntese, conforme
Touraine, um regime nacional-popular caracteriza-se por um Estado guardião da
nacionalidade, contra a invasão bens e cultura estrangeira; por instrumentos
políticos e sociais de controle social; pela promoção da cultura nacional e
popular.<o:p></o:p></span></p><p></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-47221909608288990582023-07-01T08:46:00.001-03:002023-07-02T08:48:37.556-03:00O lugar de nossa habitação, uma área no coração da terra. José Mauricio de Carvalho<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEia_QQoR4-CTCQicFAw7mwYWDM_gaG_gMa6Oe9Tvh0TCAQ6YMoJx4bKUjKg2pZRUvhDUIW_rytLOvpHITloaUbksv1jfT7KhHueKd1-6ijIQl26dAJdXFcPu52hUSYkpLlKBZQ1fKnxjDgO80eqWiPLVNPFcDvqWzw54tJAJQvIVvQiCJu48v8ZWmRRS0g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="532" data-original-width="800" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEia_QQoR4-CTCQicFAw7mwYWDM_gaG_gMa6Oe9Tvh0TCAQ6YMoJx4bKUjKg2pZRUvhDUIW_rytLOvpHITloaUbksv1jfT7KhHueKd1-6ijIQl26dAJdXFcPu52hUSYkpLlKBZQ1fKnxjDgO80eqWiPLVNPFcDvqWzw54tJAJQvIVvQiCJu48v8ZWmRRS0g" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGXno6bDHjveIpF_enyzJ6MYkQ-52y1hbwI4mmSaXG_lQP_rzrePRtvYRJXkQ_zTiD1GIDcTxcWLx3aaH9yQqckMLk645Qh4RwM88UtlT8kxbl0CCDnFm9OdwSfnQbqkDRNVJddOizAkzs2O3vnzlCbTobSa290uEd0WhAYoDmuuTkDFD0hN1izkncWcQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="540" data-original-width="960" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGXno6bDHjveIpF_enyzJ6MYkQ-52y1hbwI4mmSaXG_lQP_rzrePRtvYRJXkQ_zTiD1GIDcTxcWLx3aaH9yQqckMLk645Qh4RwM88UtlT8kxbl0CCDnFm9OdwSfnQbqkDRNVJddOizAkzs2O3vnzlCbTobSa290uEd0WhAYoDmuuTkDFD0hN1izkncWcQ" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">A habitação é onde moramos, pode ser uma casa, uma
cidade, um espaço ou mesmo nossas memórias. Uma cidade como Guarani, com seu
vale onde corre o Rio Pomba e suas montanhas cobertas de verde, uma região como
a da mata nas Minas Gerais, os costumes que nossos avós plantaram em nossos
corações e formam nossa segunda pele. Habitamos tudo isso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Pensadores contemporâneos identificaram dificuldades
nesse nosso habitar o mundo. Edmund Husserl, criador da fenomenologia, entendeu
que boa parte de nossas dificuldades atuais têm raízes na forma de pensar da
ciência moderna que, por sua relevância cultural, alimentou uma visão
materialista de natureza e favoreceu um critério naturalista de verdade. Isso
devido ao impacto trazido pela noção de verdade das ciências da natureza e ao
sucesso que elas têm no controle e manuseio do mundo. Por isso, Husserl
concluiu que muitas de nossas dificuldades tiveram origem na matematização das
mentalidades, ocorrida em meio a tentativa do homem moderno de descrever a
natureza e a verdade matematizando a realidade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">A ciência moderna não é ruim e nem causa crises, ela é
nossa força e a melhor arma na construção de nossa habitação. Porém, a
dificuldade identificada por Husserl está nos comportamentos à volta dela como:
a generalização do critério de verdade quantificável e a sensação de que
podemos fazer tudo aquilo que a técnica permite. Essas atitudes são guias
morais e foram desenvolvidas a partir de uma metafísica positivista. Essas
atitudes sim, criaram dificuldades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Todo esse imbróglio está em reconhecer o valor e a
importância da preservação ambiental que o nosso jus filósofo Miguel Reale
denominou invariante axiológica. O embaraço não é pequeno porque sabemos que a
vida e as atividades humanas demandam o uso dos bens naturais. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O homem só cria cultura quando altera e se aproveita da
Natureza. Estamos descobrindo, em meio a dificuldades, que as alterações no
mundo natural não podem destruir o equilíbrio natural, isto é, têm limites
nele. Temos que nos distanciar da visão positivista que via a natureza como um
animal a ser submetido e explorado ao limite. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Precisamos deixar para trás a visão romântica da
Natureza, imaginando que ela funciona para ser boa. A natureza não atende a
requisitos morais, nem favorece deliberadamente os projetos humanos. No
entanto, certas condições naturais ajudam a manter a vida no planeta e é esse
equilíbrio o valor a ser cuidado, modificá-lo dificulta e depois inviabiliza a
vida.<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Até algumas décadas essa não era uma questão relevante,
nesses últimos tempos tornou-se. Para que rios como o Pomba continuem correndo,
para que matas cresçam verdes, para que a chuva alimente a terra e faça brotar
a semente em nossas fazendas, não podemos continuar indefinidamente ampliando
fronteiras agrícolas, derrubando florestas, destruindo ecossistemas e matando
animais. Se a ciência ampliou o espaço de atuação do homem e a técnica aumentou
nossa capacidade de mudar e aproveitar o mundo, ela agora mostra os limites de
nossa habitação. Não se pode ir passar a boiada por cima de tudo simplesmente,
por que a desregulamentação e a destruição ambiental nos levarão rapidamente a
uma situação insustentável. Os resultados da ação desmedida do homem já
aparecem nos eventos climáticos extremos, o preço que pagaremos, muito
rapidamente, depende de nosso juízo</span> <span style="font-size: large;">para lidar com esses assuntos.<o:p></o:p></span></p><p><br /></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7643100624857032857.post-16443449201561183232023-06-23T15:25:00.000-03:002023-06-23T15:25:50.767-03:00INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. Selvino Antonio Malfatti<p> </p>
<p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjeG_SDpG09wcc2ZOOzCl7jeOb0YwDibxOd2AJ3s-5sg1EIPOIZdnXlE5QgTOPjaKrax-yB2D3_uWOqXSAbyxwkjuiPcglBcvFZFeDUt92vNaTyrZrzZ8UoMOEucLe9FL_CxNwByWnLSCBd4weB0wxeYJf5hcGdwJoYQjsb5bCeRWSuxjwgTJFJnvUChnE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="7250" data-original-width="7250" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjeG_SDpG09wcc2ZOOzCl7jeOb0YwDibxOd2AJ3s-5sg1EIPOIZdnXlE5QgTOPjaKrax-yB2D3_uWOqXSAbyxwkjuiPcglBcvFZFeDUt92vNaTyrZrzZ8UoMOEucLe9FL_CxNwByWnLSCBd4weB0wxeYJf5hcGdwJoYQjsb5bCeRWSuxjwgTJFJnvUChnE" width="240" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Todos nós temos experiência
de ligarmos ou recebermos ligação de um ”call center”., central telefônica. Só pergunta ou responde para
aquilo que foi programada. Se mudarmos um pouco a pergunta ou resposta, a central
vai dizer: não entendi sua pergunta ou sua resposta.<o:p></o:p></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A definição de Inteligência
Artificial - IA é a capacidade de uma máquina de agir como a inteligência
humana dentro daquilo que foi programada. Inclusive, ser for programada para
responder diante de um conjunto de dados. Até o momento a máquina não cria
novos dados e, portanto, não vai além da Inteligência Humana – IH. Então, ao
dizermos que a IA tem “raciocínio, aprendizagem, planejamento e criatividade”
vai até onde lhe foi permitido pela programação, inclusive até quando e onde
lhe permite criar. Digamos que se pede à máquina que resolva problemas
específicos. Para anto o computador recebe dados passíveis de serem lidos pelos
seus sensores, processa os dados e responde com os dados presentes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Pode o computador modificar
o comportamento humano? Se estiver de posse de ações anteriores, ele pode
aplicá-las a casos semelhantes. Até o momento: criar do nada, nada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Para o futuro estão
previstas ações para IA: desinformação, difusão de dados verdadeiros e falsos,
perda de emprego e substituição de conhecimentos verdadeiros por falsos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A IA modificará nossas
vidas, quer queiramos quer não. Será como, mal comparando, com a Revolução
industrial ou a descoberta da internet. A internet é mais recente. Quem viveu o
pós- internet não consegue explicar como era antes. É como se um cego de
repente começasse enxergar ou querer explicar como é o mundo para um cego.
Assim será com a IA. Como diz a Escritura: vos tornastes deuses ou sois como
deuses.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">As pesquisas terão
praticamente resultados instantâneos. Provavelmente a expectativa de vida se
multiplicará geometricamente, as doenças serão banidas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">No entanto, teremos que
ficar muito atentos, pois a horizonte será sombrio com: desinformação,
proliferação, perdas de emprego através da substituição da mão de obra humana.
Expliquemos:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A liberdade e com ela a
democracia estarão em perigo. Poderá dominar uma informação tornando-a totalitária. As
redes sociais sob o domínio de grupos poderosos dominarão a informação, como filmes de ilusões. O sentimento será envenenado pelo ódio e as instituições
sofrerão totais descrenças.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">As pessoas perderão a
privacidade, pois os computadores saberão imediatamente onde estão, o que
procuram e quais os meios de que dispõem. Nada ficará em segredo, pois todos os
dados serão acessíveis por todos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> A perda de emprego será generalizada: os
trabalhadores manuais substituídos por máquinas, os setores de gerência
substituídos por robôs, a transmissão dos conhecimentos não dependerão de
professores, pois cada um pode acessar nas máquinas, a moeda será somente
virtual, as exportações/importações por máquinas automatizadas, o transporte
dispensará motoristas, pilotos, carregadores.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Da mesma forma que
atualmente há uma progressiva substituição de humanos por animais nas mais
diferentes situações como companhia, habitação, lazer, viagens, da mesma forma
as máquinas substituirão os humanos. Já não se pergunta mais ao vizinho, amigo,
parente opiniões sobre questões a resolver, mas à máquina. Será uma interação
preferencial como as previsões do tempo e outras questões quotidianas. Em
seguida situações mais complexas como escolher companhias. Isto levará a
distúrbios de ansiedade, depressão e convivência. Quando se chegar ao nível
político provavelmente estamos diante da cegueira generalizada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Por fim, uma das maiores
pragas do mundo digital são os programas de identificação das pessoas. Se acaso
errar um número, a correção torna-se tarefa quase impossível por que os
esquemas estão fechados. Digamos uma rua. Enquanto a numeração for ascendente o
descendente tudo correrá bem. Mas se a continuidade for quebrada, intercalando
números pares com ímpares, não conseguirá acertar nunca, pois não tem
possibilidade de ISTO E AQUILO, mas somente ISTO OU AQUILO. E se tenta corrigir
a máquina não abre espaço. Deve voltar ao início, estaca zero. Quando tentar
corrigir a máquina negará e entrará num círculo vicioso como se fosse um
labirinto: quanto mais andar mais se perderá.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Teimar contra a
máquina é um inferno.</span></p><p class="MsoNormal"><br /></p>Selvino Malfattihttp://www.blogger.com/profile/06276269226925069484noreply@blogger.com10