1º do ano celebra-se o Dia da Confraternização Universal, embora não coincida necessariamente com o primeiro dia do ano para todos os povos e culturas. No calendário gregoriano, adotado majoritariamente no Ocidente, o primeiro dia do ano civil coincide com essa data simbólica de fraternidade. Contudo, para uma parcela significativa da humanidade, o início do ano ocorre em datas distintas, segundo calendários próprios, de natureza religiosa, astronômica ou cultural, razão pela qual não se identifica com o 1º de janeiro.
O Dia da Confraternização Universal, contudo, deve ser compreendida menos como uma data cronológica e mais como uma instituição simbólica. Sua consolidação ocorreu ao longo do século XX, especialmente a partir da proposta do papa Paulo VI, que, em 1967, instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, incentivando votos de fraternidade, justiça e solidariedade entre as nações. Posteriormente, a Organização das Nações Unidas (ONU) passou a reconhecer e difundir o 1º de janeiro como um dia dedicado à fraternidade entre os povos, integrando-o ao seu calendário simbólico de promoção da paz e dos direitos humanos.
Há, portanto, uma ligação profunda entre o Dia da
Confraternização Universal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
proclamada pela ONU em 1948. Pode-se afirmar que a celebração de 1º de janeiro
representa uma continuidade ética e simbólica dessa Declaração, reafirmando, a
cada novo ciclo, o compromisso da humanidade com a dignidade da pessoa humana,
a paz entre as nações e a fraternidade universal.[i]
[i] Dirigimo-nos
a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o « Dia da Paz »,
em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968.
Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como
augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida
humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a
dominar o processar-se da história no futuro. ( Papa Paulo VI
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