sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

1º DO ANO. Selvino Antonio Malfatti

 


1º do ano celebra-se o Dia da Confraternização Universal, embora não coincida necessariamente com o primeiro dia do ano para todos os povos e culturas. No calendário gregoriano, adotado majoritariamente no Ocidente, o primeiro dia do ano civil coincide com essa data simbólica de fraternidade. Contudo, para uma parcela significativa da humanidade, o início do ano ocorre em datas distintas, segundo calendários próprios, de natureza religiosa, astronômica ou cultural, razão pela qual não se identifica com o 1º de janeiro.

O Dia da Confraternização Universal, contudo, deve ser compreendida menos como uma data cronológica e mais como uma instituição simbólica. Sua consolidação ocorreu ao longo do século XX, especialmente a partir da proposta do papa Paulo VI, que, em 1967, instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, incentivando votos de fraternidade, justiça e solidariedade entre as nações. Posteriormente, a Organização das Nações Unidas (ONU) passou a reconhecer e difundir o 1º de janeiro como um dia dedicado à fraternidade entre os povos, integrando-o ao seu calendário simbólico de promoção da paz e dos direitos humanos.

Há, portanto, uma ligação profunda entre o Dia da Confraternização Universal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela ONU em 1948. Pode-se afirmar que a celebração de 1º de janeiro representa uma continuidade ética e simbólica dessa Declaração, reafirmando, a cada novo ciclo, o compromisso da humanidade com a dignidade da pessoa humana, a paz entre as nações e a fraternidade universal.[i]



[i] Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o « Dia da Paz », em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro. ( Papa Paulo VI


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