Na posse, Donald Trump edita os principais pontos de seu programa
de governo[i]. Todas as medidas afetam
mais aos estrangeiros que seu próprio país. Quer não só a América para os
americanos, mas o mundo para os americanos ou domínio do mundo.
De imediato ergue um “muro” que se estende do Golfo do
México (da América conforme Trump) ao oceano pacífico como fronteira da
América. A justificativa é proteger seu país de “traficantes de drogas e criminosos
e estupradores” que corrompem a pureza do sangue de seu país. Abole as antigas
alianças abrindo caminho para o expansionismo, tal como o Canal do Panamá,
cedido por Jimmy Carter o qual acreditava na equidade nas relações entre as
nações. Como Príncipe, Trump crê apenas no vantajoso e quando uma aliança deixa de ter as
razões de quando foi criada pode ser rompida. Quão longe estamos
da Aliança para o Progresso!
O apetite de Trump pela expansão do domínio exterior é ilimitado e insaciável. Até mesmo em assuntos estranhos. É o caso do questionamento da soberania no canal do Panamá. Em que pese a promessa de acabar com as guerras nada justifica sua ingerência em estados autônomos como a Groenlândia dinamarquesa que, qual o Panamá, reivindica interesse estratégico. Às vezes assume um ar profético como um Moisés apontando para a Terra Prometida. Para tanto conclama os cristãos, mormente os evangélicos, para que votem nele e tudo está resolvido.[ii] Outra bravata é querer solucionar a questão de Gaza expulsando os palestinos e criando um resort.
A aproximação de Trump com os bilionários como ele e não
com políticos de seu país antevê a inauguração de uma república oligarca
econômico-científico-tecnológico. A presença de Elon Musk lhe garante este
objetivo. É mais tranquilo aliar-se a donos das redes sociais X e Space X que
nada objetam em questões de transgênero que enfrentar os debates na câmara e no
Senado. O expansionismo obedece a uma lógica maquiavélica com a ausência de
regras ou abolição das existentes abre o caminho para o dono da lei e das
regras. Oxalá as demais nações democráticas não sigam seu exemplo. Estra a aproximação com Putin em vez da União Europeia. Ficou evidente o móvel de sua política externa: "Não
seremos conquistados, não seremos intimidados". Pelo visto nada detém sua
tirania do Príncipe. Para chegar a seus objetivos vale tudo: armas, taxas,
deportações, protecionismo.
[i] Emergência nos limites entre Usa e México,
deportação em massa e imediata de imigrantes ilegais, fica abolido o “ius soli”
da cidadania americana, o golfo do
México passa a denominar-se Golfo da América, saída do acordo do clima de
Paris, saída da Organização Mundial da Saúde, fim do incentivo para automóveis
elétricos, fim da proibição de perfuração no Alasca, fim dos limites de
concessões de licenças para o petróleo e atividade mineral, fim dos investimentos
na energia renovável, a administração federal reconhece só dois sexos:
masculino e feminino, os cartéis de drogas passam para a categoria do
“organizações terroristas estrangeiras”
[ii] E
mais uma vez, queridos cristãos, saiam de suas casas e vão votar; só desta vez;
você não precisará mais fazer isso. Vocês não precisarão votar novamente no
futuro, meus lindos amigos cristãos. Eu te amo, eu sou um cristão, eu te amo;
Saia de sua casa e vote. Em quatro anos, você não terá que votar novamente.
Teremos organizado tudo, para que você não precise mais votar.
Tudo organizado para que você não precise mais votar, é um recado direto e muito claro.
ResponderExcluirPassou despercebido.
Um presidente a moda antiga, vamos observar, que o povo continue confiante.
ResponderExcluirÉ isto aí, que seja tudo pela paz.
ExcluirVamos com calma e dar tempo ao tempo, na andar da carreta, as melancias se acomodam.
ResponderExcluirTambém podem se perder no caminho, ninguém governa sem apoio, é preciso ser bom negociante.
ExcluirTalvez seja um governo que nos surpreenda.
ResponderExcluirSer crítico e firme nas atitudes é necessário.
Acredito que será o presidente das surpresas, afinal suas propostas foram claras e conquistaram seus eleitores.
ResponderExcluirUm bom plano de governo, poderá dar bons resultados ou simplesmente não ter resultados, vamos esperar.
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