Nos últimos dias, devido ao requerimento de aposentadoria de um ex-governador do Rio Grande do Sul, veio a público um assunto que a população não tinha conhecimento ou não se lembrava: trata-se da aposentadoria remunerada de ex-governadores. É a Lei 10.548, atualizada em 1995, pela qual concede aposentadoria a ex-governadores deste estado do Rio Grande do Sul, desde que não exerçam função pública e não tenham emprego em estatais. Acontece que o requerente é senador e, portanto, ou não tem direito a esta aposentadoria ou renuncie ao mandato, ou abra mão do salário de senador. A justificativa para conceder aposentadoria para ex-governadores é de que, com isso, não se corromperiam.
Data vênia, neste caso, qualquer um que exerça algum cargo público ou privado também deveria receber aposentadoria quando se afastasse, independente do tempo de serviço. Por que qualquer um é passível de corrupção desde que não tenha em mente o bem público.
Num regime republicano, regido pelo princípio da virtude, como ensina Montesquieu, a função pública é com vistas ao bem comum. A corrupção está afeta à ética e não à economia. Querer combater a corrupção pela economia é o mesmo que colocar uma raposa como guardiã do galinheiro...
O ex-governador, atualmente senador, após 20 anos do término de seu mandato, requereu a aposentadoria alegando que, com o salário de senador, não conseguia sobreviver!
Senhor senador: requerer a aposentadoria pode, é legal (embora eticamene discutível) mas argumentar que não sobrevive com salário de senador é, no mínimo, imoral e porque não um deboche? Realmente, causa estranheza o requerimento do senador, porque todos o consideravam uma reserva moral desta república e um guardião da ética.Senador, bastaria dar uma olhadinha na folha de pagamento dos funcionários estaduais, no contracheque dos professores que ralam para sobreviver ou outras categorias impotentes. Poderia centrar-se no que fazem estudantes que trabalham de dia e estudam à noite, pagando seus estudos em colégios privados e sobrevivendo do salário mínimo. Os catadores de lixo, que sobrevivem das sobras, conseguindo cinco reais por dia para sustentar a família e nos dias que chove ter que esmolar. Como estes conseguem sobreviver, senador? E se falarmos dos trabalhadores CLT? Daqueles que recebem o mínimo? O pior que o regime CLT só é ruim para o trabalhador, mas altamente rendoso para o governo, inclusive para pagar as milionárias aposentadorias dos senadores e ex-governadores. Por que, embutida na CLT, o governo abocanha do trabalhador o filé mignon do salário...
Mas quando todos estavam arrepiados com a imoralidade, e o lógico seria derrubar a lei, eis que o governo estadual – CANDIDATO GARANTIDO À APOSENTADORIA DE EX-GOVERNADOR – está elaborando um projeto para dourar a pílula e fazer com que a população engula a aposentadoria dos ex-governadores e ele a embolse daqui a quatro anos. A proposta faria Marx e Stalin corar...
Por favor, está na hora de abolir privilégios. A Idade Média passou, o absolutismo foi abolido, vivemos num regime de direito e democrático, no qual, é fundamental que todos sejam iguais, para que possam ser livres. Usar o poder em favor de favores pessoais ou classistas colide de frente com o regime republicano, que é essencialmente regido pela ética.
E ainda, se não for imoral ou anti-ético em nada se assemelha ao franciscano.
Estes são os heróis atuais das aposentadorias no Rio Grande:
- Amaral de Souza
- Jair Soares
- Pedro Simon
- Alceu Collares
- Antonio Britto
- Olívio Dutra
- Germano Rigotto
- Yeda Crusius (a partir de fevereiro, referente à folha de janeiro de 2011)
Viúvas de ex-governadores:
- Marilia Guilhermina Martins Pinheiro (Leonel Brizola)
- Nelize Trindade de Queiroz (Synval Guazzelli)
- Neda Mary Eulalia Ungaretti Triches (Euclides Triches)
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
AS ENCHENTES DO RIO DE JANEIRO E MAQUIAVEL - Selvino Antonio Malfatti


No Rio de Janeiro, ambientalistas, geógrafos e técnicos de todas as especialidades há muito tempo alertam para a eminência de uma catástrofe. Na região serrana a densidade da camada de terra firme sobre as rochas é mínima e por isso a capacidade de absorção é baixíssima. Se esta camada for encharcada inevitavelmente ocorrerão deslizamentos.
Na natureza chega um momento em fatores, os mais distantes, convergem e a catástrofe é inevitável. Foi o que aconteceu com as cidades serranas do Rio de Janeiro como Petrópolis, Nova Friburgo, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. A Zona de Convergência conectou-se com uma barreira de contenção aprisionando as massas de ar em um único local. As nuvens acumuladas no alto das montanhas atingiram as nascentes dos rios, os quais, após as enxurradas, desciam ladeira abaixo numa velocidade de 150Kh. Toneladas e toneladas de lama rolavam serra abaixo arrasando e soterrando tudo o que encontravam pela frente. As cidades da região, com um sistema cloacal deficitário, logo foram inundadas pela correnteza de água, lama e barro.Uma reflexão sobre o acontecido se impõe.
Quando o povo elege alguém para governar tem em mente que: 1º solucione os problemas existentes e, 2º antecipe-se a problemas que poderão advir. Para tanto, conforme Maquiavel, o governante deve contar com duas variáveis: a virtù e a fortuna.A primeira diz respeito a preparação intelectual e moral do dirigente e a segunda, possíveis problemas que poderão acontecer do curso dos fatos. A virtù é uma qualidade que pode ser adquirida pelo estudo, treinamento e prática. A fortuna, porém, é uma possibilidade iminente que exige do governante uma pré-disposição de previsão, natural e inata, tal qual a capacidade para a música, para pintura e para arte de uma maneira geral. É a qualidade de ler o curso da ordem natural, social e política. Para bem entendê-la é preciso remeter-se ao sentido mitológico tomado por Maquiavel.
A deusa Fortuna – sábia, rica e poderosa – exigia que os pretendentes de sua mão não só cumprissem o que ela determinava como que previssem seus desejos e se antecipassem a eles. Para Maquiavel, assim deve ser o governante: não só solucionar problemas existentes, mas antecipar-se a eles para evitar que aconteçam. O próprio Maquiavel usa de uma metáfora, certamente extraída do que acontecia com o rio Arno que atravessa sua cidade de Florença. Diz que em tempos normais um rio sacia a sede dos humanos e animais, fertiliza os campos e serve de meio de transporte. Mas, se tal rio, sofrer uma enchente irá transbordar, matar homens e animais e arrastar consigo tudo o que encontra pela frente. O governante sábio deverá ler a fortuna e entender que este rio poderá transbordar a qualquer momento e para tanto tomar as providências para que sempre se mantenha dentro de seus limites e com isso ser útil aos homens, animais e plantas.
No Rio de Janeiro a iminência da catástrofe era conhecida de todos e com mais razão deveriam saber os governantes. Mas a mesquinha sabedoria não queria enxergar o óbvio. A natureza, porém, não perdoa e a catástrofe aí está. Mortos e soterrados por toda parte. Cidades destruídas. Infra-estrutura arrasada como ruas, encanamentos, fiação, estradas e pontes. Esta é a conseqüência da tragédia pela falta de virtù, diante da fortuna, de governantes inaptos, mal preparados e sem vocação para a política
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
FÉRIAS - Selvino Antonio malfatti

Passaram-se as festas, findou o ano letivo, vestibular? Adeus! Um ano trabalhado é igual a 30 dias de férias. Enfim, férias. Férias é o período de descanso de empregadores, empregados, servidores públicos, estudantes após um ano de atividades
A origem da palavra é latina: feriae, o dia de descanso para os romanos. O imperador Constantino, III século depois de Cristo, denominou os dias da semana de “prima feria, secunda feria etc.” Mas tarde, a prima féria passou a denominar-se Dominicus, domingo, dia do Senhor e a Septima feria, passou a chamar-se de sabbatus, dia de oração para os primeiros judeus cristãos. A língua portuguesa, filha da língua latina, foi a única que manteve : domingo, segunda feira, terça feira etc. Mas atualmente, ferias está associada ao direito de descanso laborais e escolares.
Ao descanso laboral têm direito todos os trabalhadores entre 12 e 24 meses de trabalho, com direito a 20 ou 30 dias. Se recebeu somente 20 deve requerer os restantes em forma de pagamento. No Brasil este direito foi conquistado no ínício do século XX, por pressões dos trabalhadores e aprovação da lei pelo Parlamento.
No Brasil as férias escolares abrangem de 90 a 120 dias, geralmente nos meses de janeiro, julho e dezembro. Algumas escolas e universidades estendem o período de férias ao mês de fevereiro. Em outros países, mormente os europeus, acontecem em outros períodos devido às estações quentes ou frias, Há as “pequenas férias” próximas ao Natal, Páscoa e Carnaval e as “férias grandes” as quais, geralmente ocorrem em junho ou julho.
As pessoas aproveitam as férias das mais diversas formas. Vão aos balneários (de rios ou mar) às montanhas (de esqui ou tropicais. Algumas permanecem em casa realizando atividades prazerosas como jardinagens, crochês, bordados, pinturas. Algumas viajam para outros países ou para belos regiões de seu próprio solo natal. O importante é realizar uma atividade diferente e que dê prazer.
A origem das férias laborais está ligada à Revolução industrial que teve início na Inglaterra. Isto aconteceu devido à mudança na forma de se produzir bens. Enquanto na Idade Média, os bens eram confeccionados artesanalmente, no período industrial, eles passaram a ser feitos através de máquinas. Para fazê-las funcionar necessitavam-se de operários para produzir energia (carvão), extração de matéria prima (ferro) e manipulá-las (mão der obra).
A indústria do século XVIII e XIX, tinha um local de trabalho chamado fábrica. Não era nada bom o ambiente de trabalho e estava longe do que é atualmente. Naquele épocas as condições lobarais da fábrica eram precárias. A iluminação era deficiente, a temperatura quente ou fria e o a limpeza péssima. Os salários aviltantes, a jornada de trabalho durava até 18 horas e a mão de obra constituída na sua maioria por mulheres e crianças. Nãohavia nenhuma garantia trabalhista como sálário fixo, descanso semanal, férias remuneradas, assistência á saúde e aposentadoria. Tudo dependia da boa vontade (ou má) do empregador. A média de vida do trabalhador girava em torno de 35 anos.
Em meio a este caos surgiram líderes que começaram a unir os trabalhadores, num arremedo de sindicatos, pressionando por melhores condições de trabalho. Sempre em tais circunstâncias ocorrem os extremismos como foi caso dos ludistas que partiram para a violência, quebrando as máquinas mas também surgem os de bom senso optanto pela via pacífica, como foi o caso do cartismo. Pouco a pouco os sindicalistas conquistaram o apoio da representação política e as leis trabalhistas foram sendo aprovadas dando aos trabalhadores as garantias que hoje conhecemos tais como: uma legislação garantira dos direitos, sindicatos reconhecidos, descanso semanal, cobertura sanitária, aposentadoria e as BEM VINDAS E BEM AVEN TURADAS :
F É R I A S.
A todos BOAS FÉRIAS.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Os Reis Magos

No dia 6 de janeiro o cristianismo comemora a festa dos Reis Magos, ou também chamada de Epifania. Esta é uma palavra grega - ἐπιφάνεια- cujo sentido para os gregos era a manifestação da divindade (milagre, visão, sinal entre outros sinais). No Brasil, esta festa não tem muito importância devido à influência americana. Na Europa e na Igreja Ortodoxa a festa é algumas vezes mais importante que o proprio Natal. Em Portugal, por exemplo, todo período que vai do Natal a 6 de janeiro é considerado as Janeiras. São dias de festas polpulares, período que as pessoas se visitam e cantam antes de entrar em casa. Entrando, recebem iguarias, doces e vinho.Na Igreja ortodoxa, no dia 6 de janeiro, celebra-se o batismo de Jesus, precisamente a manifestação de sua divindade, pois como narram os evangelhos, o céu abriu-se e uma voz forte proclamou: este é meu filho.
O signficado religioso está ligado à tradição de que três reis teriam vindo do oriente a Belém para visitar o recém nascido Salvador. Daí o sentido da palavra: manifestação da divindade do Salvador não somente aos hebreus mas a todas as nações representadas pelos reis estrangeiros. O porquê de “Reis Magos” se deve a uma referêmcia de Isaías: “As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora”. Surgiu também os nomes desses reis: Belchior, Gaspar e Baltasar, cada um deles representando uma nacionalidade ou mesmo uma raça, como alguns querem interpretar: os semitas (hebreus e árabes), os camitas (negros) e os giapetas ( brancos indoeuropeus).
Conforme é narrado eles apareceram na Judéia guiados por uma estrela e traziam para o Salvador incenso – que signficava a divindade, ouro – símbolo da realeza, e mirra – antecipação do sofrimento que teria que suportar.
O evangelho de Mateus, narra que os Reis adoraram o menino. O pano de fundo desta comemoração é a divindade de Jesus e a salvação extensiva a toda humanidade. O segundo aspecto é o mais significativo, pois os hebreus acreditavam que a salvação somente seria para eles. Aliás, o próprio chefe da igreja, Pedro, no início, não tinha clara a idéia de salvação da humanidade. Prova disso é que ele simplesmente seguia os ritos judaicos. Foi necessário que Paulo o alertasse de que a salvação não era exclusiva aos hebreus mas aos demais povos do mundo.
Um exemplo da Janeiras em Portugal:
Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura
Com a festa da Epifania - Reis Magos - finda o ciclo natalino. Acertamente os italianos dizem: "la festa de la Epifania, le feste le portano via".
A todos esperamos que tenham tido B O A S F E S T A S.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
ADEUS ANO VELHO... FELIZ ANO NOVO

Desde muito tempo a comemoração do novo ano, chamado de Ano Novo, possui uma longa tradição histórica e chegou até nós. Até onde sabemos, os babilônios foram os primeiros a introduzir este costume. Faz, por isso, mais de 4.000 anos. Na Babilônia a festa ocorria no início da primavera. Já os assírios, persas, fenícios e egípcios celebravam a data no mês de setembro.
Os romanos foram os primeiros a fixarem uma data no calendário, perdurando até sua queda em 476 d.C. O novo ano tinha início em 1º de março inicialmente, depois, a data passou para 1º de janeiro. A data definitiva no ocidente foi fixada pelo cristianismo, em 1582, através do calendário gregoriano.
No oriente com cultura diversa da cristã, as datas ainda variam. Na China, a festa acontece em fins de janeiro ou princípios de fevereiro. No Japão, aproxima-se do ocidente, comemorando de 1º a 3 de janeiro.
Os hebreus, que possuem calendário próprio, a comemoram em meados de setembro até o início de outubro. Já os islâmicos festejam o ano novo em meados de maio associado-a a fuga de Maomé de Meca para Medina, fixando esta data, 622, como o Ano Zero.
Cada país, atualmente, celebra a sua maneira o Ano Novo.
Itália: Conserva ainda muito do paganismo soltando fogos de artifício. Comem pé de porco e lentilhas. Reúnem-se, em Roma, em Piazza Navona, Fontana di Trevi, Piazza Del Popolo e outros locais.
Estados Unidos: Na capital Nova Iorque, o povo se concentra na Time Square, onde cantam, bebem, correm e gritam. Na contagem regressiva uma maçã gigante desce no meio da praça e explode à meia noite, espalhando balas e bombons, para alegria da garotada.
Austrália: Em Sydnei a festa começa três horas antes da meia-noite com queima de fogos. Primeiramente as pessoas assistem ao espetáculo e depois se recolhem às suas casas para passar a virada com a família e posteriormente retornam para as praças, clubes ou restaurantes.
França: A concentração principal é na Avenida Champs-Elysées, junto ao arco do Triunfo. Há queima de fogos, espumantes e sumos para crianças. Há ainda os que se hospedam em hotéis para a festa.
Inglaterra: Em Londres as festas são na maioria no ambiente familiar. Mas há concentração na praça Trafalgar Square com queima de fogos de artifício.
Alemanha: O principal local de encontro é no famoso Portal de Brandemburgo, próximo ao local do Muro de Berlim. Não há fogos, mas muita festa com música e bebidas.
Brasil: Milhares de turistas, nacionais e estrangeiros, bem como a população do Rio de Janeiro se concentram na praia de Copacabana. Toneladas e toneladas de fogos de artifício são queimadas, provocando um espetáculo feérico.
Em cada país, região, localidade acontecem as comemorações, cada um a seu jeito.
A TODOS: UM FELIZ NOVO ANO, COM MUITA...MUITA...ALEGRIA!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


NATAL
NO DECORRER DESTE ANO, A TODOS QUE NOS VISITARAM, QUE LERAM AS POSTAGENS OU QUE FIZERAM COMENTÁRIOS, NOSSO MUITO OBRIGADO.
DESEJO, DE CORAÇÃO, UM FELIZ NATAL.
Como é NATAL vou brindar-vos com a singela narrativa de Lucas sobre o Nascimento de Cristo. O presépio e o Pinheirinho encontram-se na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria.
"José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina). Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, falaram os pastores uns com os outros: Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou. Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura." (Lc,2)
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

NATAL COM. ELE.
4. O “São José” do Presépio
- Vou montar o presépio, disse minha esposa.
Abriu a caixinha onde estava guardado e começou a desencaixotar as peças. Logo em seguida me pergunta:
- Cadê o “São José?
- Deve estar aí, junto com as outras figuras, respondo.
- Não estou achando, insiste. Não dá prá ficar sem ele?
- Não. Todo mundo vai notar. José, Maria e Jesus não podem faltar no presépio.
Mas por que José não pode faltar no presépio?
A Bíblia não cita uma palavra sequer dele. O que se diz é que ele era “pai adotivo” e não que Jesus fosse “filho adotivo”. A idéia que passa é que o filho escolheu o pai para adoção. O que sabemos dele é pouco coisa. Em linhas gerais é o seguinte:
- Descendia de família real. A Bíblia menciona explicitamente este fato.
- Casou-se com Maria aos 30 anos. Esta é uma idade aproximada. Foi calculada com base com outros acontecimentos relacionados.
- Não se separou dela, embora soubesse que estava grávida, não dele. Isto também consta na Bíblia. José no seu íntimo resolveu abandonar Maria, mas em sonho, um anjo lhe pediu para que não o fizesse.
- Cumprir os rituais do judaísmo, como circuncisão de Jesus, levar a família para Jerusalém na Páscoa, purificação da esposa após o parto. Todos estes fatos têm comprovação bíblica.
- Era carpinteiro. Também está comprovado. A carpintaria ficava na própria residência. Ainda hoje se encontra a casa em Nazaré. Assemelha-se a todas as outras. Há o lance térreo e o subsolo. No primeiro ficava a peça onde trabalhava.
- Na comunidade todos o reconheciam como o pai verdadeiro de Jesus. Também há comprovação escrita, na passagem onde o povo perguntava: “não é este o filho do carpinteiro”?
- Salva Jesus de ser morto com outras crianças, fugindo com a família. Logo que Herodes soube do nascimento do menino, relatado pelos reis magos, editou um decreto mandando matar todos os meninos com menos de um ano. José, decide com Maria, fugir com o menino para fora do país.
- Morreu aproximadamente aos 60 anos, pouco antes de Jesus começar a vida pública. Esta é uma idade aproximada. Quando Jesus entra na vida pública, José não é mais mencionado, a começar pelas bodas de Caná.
Apesar de não ser mencionada uma palavra dele, é apresentado como marido exemplar, pai dedicado, trabalhador honesto, homem de fé.
Por tudo isso, o “São José” não pode faltar no presépio.
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