sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A DIMENSÃO POSMODERNA DA SOCIOLOGIA EM BAUMAN. Selvino Antonio Malfatti.




















No Brasil, ora se pensa em eliminar a sociologia do currículo escolar, ora se quer incluí-la. Surge agora uma nova dimensão para ela: o potencial crítico alternativo, proposto por Sygmund Bauman, (1927-2017). Isto, evidentemente, em vez de acalmar os ânimos os acirra ainda mais, pois esta postura pode justificar várias aplicações concretas.



Este “alternativo crítico”, explicita um futuro que está potencialmente no presente e que pode ser antecipado do que ocorrerá no futuro. A partir daí, não se nega o que os antecessores refletiram, mas implicitamente os absorve. Desde os sete pilares, quais sejam, Montesquieu como precursor, Comte o verdadeiro pai, inclusive lhe dando o nome, Marx na busca do móvel social, Tocqueville identificando o conteúdo social, Durkheim encontrando o fato social, Pareto a lei dos pouco vitais, e o sociólogo por excelência, o antomásia da sociologia, Weber.

A estes seguem-se: de Georg Simmel a Theodor Adorno, de Norbert Elias a Charles Wright Mills, de Leo Löwenthal a Marshall McLuhan, sem deixar de citar Zygmunt Bauman com seu conhecimento subjetivo, confrontando-se com Weber que tanto prezava o conhecimento racional objetivo, inclusive nos valores. Mas a proposta de Bauman não é nem objetiva nem subjetiva, mas ambas. É a objetividade da subjetividade.

Em Bauman estão presentes o olhar peculiar sobre a Sociologia de cada um de seus antecessores. Nenhum está errado, mas também nenhum deles por si só é completo. Cada um apresenta mais um ponto de vista, que no conjunto se completa.

Façamos um exercício “do alternativo crítico” da atividade econômica do futuro. Se nos fixarmos atualmente numa fábrica, podemos constatar que a mão de obra humana sofre uma diminuição sempre maior, mas nem por isso diminui sua produção, aliás, aumenta. Com este dado - mão de obra humana sempre menor - podemos prever sociologicamente que no futuro não haverá mais mão de obra humana na fábrica, mas que continuará produzir sempre mais. Desaparecerão os seus trabalhadores? No sentido presencial de tempo e espaço, sim. Quais as alternativas a esta tendência? As fábricas serão construções fantasmas movidas à distância. Os robôs substituirão a mão de obra humana. Há os que controlam os estoques.  Há os que controlam as máquinas de fabricação que o fazem por controle remoto podendo estar em casa ou em lugares de lazer. Há os que vendem em contato direto com os compradores e com a mínima manifestação deles, acionam suas máquinas para colocarem onde o comprador quiser. Os pagamentos são automáticos. A mão de obra humana não desaparece, mas se torna invisível.

Ela está presente Google, do Face- book, no YouTube, do Twitter, no Flickr, do Linkedln, da Netflix, no Maps, no WhatsApp  e tantos outros, como  time top, Windows, Office, World, Explorer, Podcast, software, wi-fi, Bluetooth. O ser humano está ausente física e temporalmente, mas presente virtualmente nestas ferramentas.

A este mundo, conforme Bauman, podemos chamar de sociedade liquida na qual as relações são voláteis e volúveis, falta-lhes liga, pois como surgem  também desaparecem. São paisagens de nuvens visíveis só por instantes para em seguida desaparecerem.

Poderíamos nos perguntar como conviver humanamente num mundo deste? A resposta seria dada por Bauman pela nova dimensão da sociologia. Qual a nova dimensão?
Descobir e construir alternativas possíveis, sem renunciar aspectos da realidade, quer visíveis, quer ocultos, mas desagradáveis aos indivíduos e à sociedade. Em parte é um resgate quase perfeito de Comte que propunha estudar a sociedade para fazer os indivíduos felizes.

Para Bauman, eliminar os espinhos poupando as rosas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Agora Podemos Falar. Selvino Antonio Malfatti












Logo após ser anunciado seu nome como ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo escreveu um artigo com grande repercussão.  Apresentarei abaixo algumas ideias resumidas do autor e em seguida a íntegra do texto.

Araujo analisa a frase de um comentarista que se diz preocupado que o presidente fale muito em Deus. Claro, não se estava mais acostumado em falar em Deus pois o PT alijou Deus da sociedade, das instituições e queria mesmo expulsá-lo as consciências rumo ao totalitarismo. No entanto, esta última etapa não foi atingida e o povo ainda entende de Deus e o presidente entrou na sintonia com o povo. Aconteceu um renascer espiritual com a eleição de Bolsonaro.

Em seguida faz uma síntese do que aconteceu neste último terço de século. A sociedade foi submetida a três partidos que agiam em concerto. O primeiro deles, o PMDB, tomou o poder logo após o regime militar, findo em 1985, e abriu espaço para a velha oligarquia com fachada moderna como as preocupações sociais.

Em seguida, em 1990, ascende ao poder o PSDB, um rebento de PMDB, com raízes na esquerda, mas preocupado com a estabilidade econômica. Foram desse período os Planos de Recuperação econômica com o objetivo de debelar a inflação. Apresentou-se como um partido de livre mercado, mas escondendo as unhas de lobo. Manteve também os vínculos com as velhas facções econômicas e burocracia política do PMDB.

O terceiro filho, em 2000, foi o PT com fachada de trabalhador mas com conteúdos de intelectuais marxistas, ex-guerrilheiros e burocratas sindicais. Com a eleição de Lula, capturou e cooptou o esquema de poder do PMDB e PSDB. O primeiro tornou-se um serviçal e o segundo um dócil opositor.

O PT controlou todo o poder tanto na economia como no sistema legal. Com isso montou o maior esquema de corrupção jamais visto. Todos os negócios,  políticos locais, intermediários e entrais foram submetidos. As instituições culturais, esportivas, educacionais, sobreviviam através de propinas. O modelo tornou-se artigo de exportação, principalmente para a América latina, criando um sistema de corrupção supranacional.
Internamente destruiu os valores da nacionalidade criando fantasmas como ideologia de gênero, provocações de conflitos entre classes, raças, religiões, partidos.

Na política externa mudou os parceiros tradicionais como os do bloco ocidental para o oriental. Através do Fórum de São Paulo o PT criou um bloco regional de dominação englobando Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai, República Dominicana, Nicarágua, Honduras e Cuba. Lula apossava-se dos recursos nacionais e os transferia para estes países acima e africanos criando ao que se chamou de globalismo. Provavelmente o golpe final estava previsto caso o PT vencesse a última eleição o que felizmente não se concretizou.


Felizmente podemos agora falar, em Deus.


"AGORA FALAMOS. Artigo de Ernesto Araujo. Chanceler brasileiro.

Estou muito preocupado porque ele falou muito em Deus”. Foi o que disse um conhecido comentarista político na TV, depois de ouvir o discurso da vitória do Presidente Jair Bolsonaro, na noite de 28 de outubro de 2018, quando as urnas lhe deram vitória por margem de 55 a 45 sobre o candidato marxista, Fernando Haddad.

Falar de Deus parece que preocupa as pessoas. Isto é triste. Mas o povo brasileiro não se incomoda. O governo Bolsonaro, ao qual sirvo como Ministro das Relações Exteriores, não liga para o que dizem os comentaristas ou para o que os incomoda: eles não entendem nada de quem Deus é, ou de quem o povo brasileiro é e quer ser. A preocupação deles é a de uma elite que está prestes a ser destituída. Eles têm medo porque não controlam mais o debate público, já não podem mais ditar os limites do que diz o presidente ou quem quer que seja. A última barreira foi rompida: nós agora podemos falar de Deus em público. Quem poderia imaginar uma coisa dessas?

Ao longo dos últimos anos o Brasil se havia transformado em um atoleiro de corrupção e desesperança. O fato de que o povo não falava em Deus e não trazia a sua fé à praça pública era certamente parte do problema. Agora que o presidente fala em Deus e expressa a sua fé de maneira profunda e sincera, é este o problema? Ao contrário: estou convencido de que a fé do Presidente Bolsonaro é instrumental e não acidental para sua vitória eleitoral e para a onda de mudança que está varrendo o Brasil.

O Brasil passa por um renascimento político e espiritual, e o aspecto espiritual desse fenômeno é determinante; o aspecto político é apenas uma consequência.

Durante um terço de século, o Brasil foi submetido a um sistema político composto de três partidos que agiam crescentemente em concerto. Somente agora se começa a perceber a forma e a extensão completa daquela dominação. Primeiro tivemos o Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que chegou ao poder depois que o regime estabelecido em 1964 (equivocadamente chamado de regime militar) pacificamente deixou o poder em 1985. Originalmente uma oposição de esquerda moderada ao regime (embora com infiltração da extrema esquerda) , o PMDB tomou as rédeas do governo, escreveu uma nova constituição, e tornou-se uma frente ampla para a velha oligarquia sob uma feição mais moderna e urbana, com preocupações sociais. Esse grupo veio a dominar a arte do favor político e da burocracia, estabelecendo-se como sustentação do sistema. A amplitude com que a burocracia é capaz de alocar recursos na economia brasileira – escolhendo vencedores e perdedores – sempre foi impressionante e durante esse período tornou-se um sistema de governança de pleno direito que sufocava completamente a economia.

Os anos 1990 assistiram à ascendência do Partido Social Democrata (PSDB), uma ramificação do PMDB com raízes na esquerda, mas mais bem arrumada, voltada aos eleitores ansiosos por estabilidade econômica depois de uma década e meia de má administração e hiperinflação. O PSDB remodelou-se como o partido do livre-mercado, ocultando parcialmente o seu verdadeiro caráter e sua agenda cultural esquerdista, e apoiado em sólidas políticas macroeconômicas tornou-se a força dominante entre 1994 e 2002, mantendo sempre os vínculos com as tradicionais facções político-burocráticas representadas pelo PMDB.

O terceiro ramo desse sistema emergiu no início dos anos 2000, com a ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT), um nome orwelliano, diga-se de passagem, pois trabalhadores raramente são vistos nesse partido comandado por intelectuais marxistas, ex-guerrilheiros de esquerda e membros da burocracia sindical. Depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (conhecido universalmente como Lula) em 2002, o PT – que durante anos se preparara para isso – rapidamente capturou e cooptou o esquema de poder PMDB-PSDB, mantendo o antigo sistema do “toma-lá-dá-cá”, gerenciado pelo PMDB, e as políticas de estabilidade, representadas pelo PSDB, aferrando-se muito mais firmemente ao poder que seus antecessores. O PMDB tornou-se sócio minoritário na coalizão do PT, enquanto o PSDB assumiu o papel de oposição dócil, participando das eleições presidenciais a cada quatro anos, com a tarefa de perder altivamente para o PT.

O PT assumiu o controle de todas as alavancas do poder burocrático, dominando a economia por meio de estatais e de bancos públicos de investimento, e criou um mecanismo completo de crime e corrupção. Praticamente todos os negócios, todos os políticos locais, todas as instituições culturais, esportivas e educacionais, quase todos, enfim, no Brasil, tinham sua sobrevivência condicionada pelo governo central à oferta de propinas, apoio político ou ambos. O modelo foi tão bem-sucedido que o PT começou a exportá-lo a outros países latino-americanos, tentando criar e consolidar uma rede de regimes corruptos de esquerda na região.

Ao mesmo tempo, a agenda de esquerda tomou a sociedade brasileira. A promoção da ideologia de gênero; o avivamento artificial de tensões raciais; a substituição dos pais pelo governo como provedor de “valores” para as crianças; a infiltração na mídia; o deslocamento do “centro” do debate para muito longe no campo da esquerda; a humilhação dos cristãos e a tomada da Igreja Católica pela ideologia marxista (e a conseqüente promoção do controle de natalidade); e assim por diante – esses foram os resultados das políticas do novo governo.

A dominação foi assim estabelecida sobre as instituições políticas, sobre a economia e sobre a cultura: um empreendimento plenamente totalitário. Esse empreendimento parecia indestrutível. O sistema aceitava debate apenas sobre como ser mais bem implementado. Havia algum debate sobre privatização, mas que nunca alcançava o núcleo do mecanismo da corrupção. (A supostamente grande onda de privatizações nos anos 1990, liderada pelo PSDB, deixou o Brasil com 418 estatais – nos EUA, são catorze – e uma economia totalmente dependente de financiamento governamental para quaisquer projetos de porte; o PSDB, porém, diligentemente cumpriu o papel de partido “neoliberal” que lhe foi designado pelo PT.)

Na política externa, o sistema entoou a ária globalista sem perder uma nota. Ajudou a transferir poder dos EUA e da aliança ocidental para a China; favoreceu o Irã; trabalhou incessantemente para levantar uma nova cortina de ferro socialista sobre a América Latina, favorecendo governos ou partidos de esquerda na Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai, República Dominicana, Nicarágua, Honduras e, é claro, em Cuba. Tudo isso foi visto com bons olhos por Barack Obama, que raramente levantava um dedo para combater qualquer regime socialista ou islâmico em qualquer canto da Terra, e que descrevia Lula como “o cara”. Sim, Lula era o cara do globalismo, um cara que desperdiçou todos os recursos que assomaram ao Brasil durante o boom das commodities – centenas de bilhões de dólares – para ajudar ditaduras e enriquecer seu partido e a si próprio. O Brasil era, de fato, uma vitrine magnífica para o globalismo. Iniciando com um tradicional capitalismo de compadrio, oligárquico, no final dos anos 1980, o país passou por um falso liberalismo econômico nos anos 1990, até alcançar o globalismo sob o PT: o marxismo cultural governava por dentro um sistema aparentemente liberal e democrático, construído por meio de corrupção, intimidação e controle de pensamento.

Trata-se de um sistema tão entranhado que jamais se reformaria por si, apenas encontraria novas máscaras para estender seu domínio – isso foi o que diversas lideranças políticas não petistas tentaram fazer a cada quatro anos nas eleições. Mudanças reais poderiam vir apenas a partir de fora desse sistema, dos domínios intelectual e espiritual.

E então, o que quebrou o sistema? Olavo de Carvalho, a Operação Lava Jato e Jair Bolsonaro. Desde meados da década de 1990, paralelamente à ascensão de um regime ateísta corrupto (na época, ainda em formação), novas idéias estranhas começaram a circular nos livros e artigos de Olavo de Carvalho, um filósofo brasileiro, talvez a primeira pessoa no mundo a ver o globalismo como o resultado da globalização econômica, a entender seus propósitos impiedosos e a começar a pensar em como derrubá-lo. Por muitos anos, ele também foi a única pessoa no Brasil a usar a palavra “comunismo” para descrever a estratégia do PT e tudo o que estava acontecendo no país, em um tempo em que todos pensavam que o comunismo era apenas uma espécie de coletivismo que havia morrido com a União Soviética, cegos à sua sobrevivência em muitas outras formas, na cultura e nas "questões globais". Graças ao boom da internet, e especialmente à revolução da mídia social, as idéias de Olavo repentinamente começaram a percorrer todo o país, atingindo milhares de pessoas que tinham sido alimentadas apenas com os mantras oficiais. Essas idéias romperam todas as represas e convergiram com a postura corajosa do único político brasileiro verdadeiramente nacionalista dos últimos cem anos, Jair Bolsonaro, dando-lhe um nível totalmente inédito de apoio popular. O Brasil subitamente se redefiniu como um país conservador, antiglobalista e nacionalista. Ao mesmo tempo, a Operação Lava Jato, a investigação do esquema de corrupção do PT - talvez o maior empreendimento criminoso de todos os tempos - evoluiu e começou a lançar luz sobre as profundezas da tentativa petista de destruir o país e assumir o poder absoluto, desmoralizando toda a quadrilha e mandando seu líder para a cadeia.

Com um aceno de mão, a nação descartou décadas de doutrinação política e do politicamente correto e finalmente elegeu um líder que lidera e sabe para onde quer ir.

Mas a história, é claro, é muito mais complicada. Tudo conspirou contra esse renascimento nacional. Isso não deveria acontecer. Mas a cada passo, especialmente desde os grandes protestos contra tudo de 2013, eventos sociais, políticos e econômicos começaram a se encaixar misteriosamente. Denúncias, rupturas e alianças políticas, revelações de nova corrupção em lugares insuspeitos e milhares de outras peças foram de alguma forma reunidas. Elas entregaram ao país sua recém-adquirida liberdade - com toda a responsabilidade que isso envolve - na forma da vitória de Bolsonaro. Foi a divina providência que guiou o Brasil por todas essas etapas, reunindo as idéias de Olavo de Carvalho com a determinação e o patriotismo de Bolsonaro? Eu acho que sim.

Meus detratores me chamaram de louco por acreditar em Deus e por acreditar que Deus age na história - mas eu não me importo. Deus está de volta, e a nação está de volta: uma nação com Deus; Deus através da nação. No Brasil (pelo menos), o nacionalismo tornou-se o veículo da fé, a fé tornou-se a catalisadora do nacionalismo, e ambos desencadearam uma estimulante onda de liberdade e de novas possibilidades. Nós, brasileiros, estamos experimentando uma enorme ampliação da vida política - dentro da Constituição e fora do sistema estreito, materialista e estupidificante que nos dominou por muito tempo e ainda é tão poderoso em todo o mundo. Temos agora a escolha de sermos grandes, prósperos, poderosos e seguros, com liberdade de pensamento, de expressão, de empreendimento. Temos a opção de viver democraticamente - pela vontade do povo e não de acordo com uma coleção de frases vazias. Vivemos por muito tempo em um mundo nominalista, onde apenas aquelas palavras vazias existiam; vivemos por muito tempo frustrados pelo discurso globalista de esquerda. Agora podemos viver em um mundo onde os criminosos podem ser presos, onde pessoas de todos os estratos sociais podem ter as oportunidades que merecem e onde podemos nos orgulhar de nossos símbolos e praticar nossa fé. O sistema de controle psicológico está acabado, e isso não é nada menos que um milagre.

Tornou-se célebre a frase do porta-voz de Tony Blair, Alastair Campbell, sobre a Grã-Bretanha: "Nós não falamos de Deus" ("We don't do God"). Bem, no Brasil, agora falamos.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

PRIMEIRO DO ANO. Maria Tereza Bedin Maneck - ex-coordenadora de turismo do municício de Mata












Fim do Ano, o que fazer?
Alô... alô!  Ano Novo .....Já ano novo! Nos resta comemorar e dizer: Tchau....tchau ano velho. Remanesce ano após anos...conduz  consigo a esperança de dias melhores....” novos ares”...Para muitos excede o limite do necessário....com diferentes contextos em ângulos sem suporte, para outros momentos especiais e ainda sobrevivem os que se dispõe em situação acomodada...desesperançosa. Nossa vida, independente de raças, situações econômicas....é um iô iô.Para nos mantermos “ vivos” necessitamos de impulsos...esperanças que são a base da felicidade... objetivos. Assim, desfolhei páginas passadas, cheguei ao presente e me projetei a um futuro buscando algo que pudéssemos fazer para nutrir esperanças. Devido à turbulência dos dias atuais em que tudo surge e desaparece e tão rápido que requer iniciativas continuamente reconstrutivas. Assim pensando, pincei revistas e companhias de passeios para colher algumas sugestões para passar um Ano Novo prazeroso. A regra geral é evitar lugares comuns. Sair da rotina fazendo algo diferente. Lá vão algumas dicas.


1.     Visitar algum lugar histórico:

Uma casa, por exemplo.  Certamente por perto existe alguma construção antiga ligada à história. Antes de ir, procurar algumas informações sobre ela. Que período foi construída, o que aconteceu, por que é importante, o tipo de arquitetura? É uma casa, um castelo, forte, cidade? Com certeza custa pouco, enriquece culturalmente muito e proporciona lazer.

2.     Encontro de amigos:

Pode ser espontânea ou organizada por companhias. Algum ser num lugar especial, um passeio ao ar livre, uma caminhada em alguma trilha. Um tradicional piquenique. Fazer deste dia Primeiro algo fora do costumeiro.

3.     Fim de ano do casal.

Se ainda não estiver cansado de sua cara metade será uma boa pedida. A dois, conversar livremente, sem compromisso, rir, contar umas anedotas. Quem sabe fará reacender brasas adormecidas que o dia-a-dia foi apagando. Muitas vezes qualquer assoprãozinho reacende.

4.     Fim de ano em águas termais:

Deve ser uma das melhores opções para descansar.
Nada mais relaxante ou desestressante do que o contato com a água. Até pode ser encontro de fé ou de estudos onde o silencio e a leitura dão lugar ao diálogo consigo mesmo.

Ainda mais pode ser:

5.     Encontros interativos que se inventam uma cena e        os participantes dão continuidade.

6.     Fim de Ano com encontro de famílias, que pode ser     parentes, vizinhos ou aleatórias para meditação, ou      lazer.

7.     Passar o fim de ano curtindo sua própria cidade,          teatros, cinemas, promoções culturais.

8.     Fim de Ano em casa aproveitando a ocasião para       reencontrar-se comemoração festiva com jantar ou       almoço e espumantes.

9.    Se acontecem encontros de casais, por que não de     solteiros? É um encontro de “livres!”. De homens,         mulheres, jovens...

10. Pode-se planejar outros encontros como   cruzeiros, passeios de carros, ônibus, avião, compras, de última hora...

 




 


sábado, 22 de dezembro de 2018

“Estrela” leva os Reis Sábios à manjedoura. Selvino Antonio Malfatti







Ao perceberem uma luz diferente no firmamento os Reis Sábios ficaram em alerta e começaram a consultas mútuas.

- Colega Gaspar, escrevo-te esta carta, pois há algum tempo observo uma luz diferente entre as estrelas. 
É semelhante a uma delas ,mas não tenho certeza de que seja. 

Algum tempo depois:
- Também observei o mesmo, Baltazar. Consultei o colega Melchior e ele tem a mesma impressão. Notou, além disso, que a "estrela" se move para uma direção: o ocidente”.

Combinaram que se encontrariam um mês depois para estudarem juntos. Descobriram que os Livros Sagrados dos Hebreus falam numa estrela que apareceria quando o Rei Salvador de seu povo nascesse. Decidiram, então, ficar em observação.

Ao perceberem que a “estrela” se movia, resolveram segui-la. A viagem já durava quase um ano quando lhes pareceu que a estrela havia parado. Procuraram então os sábios locais para saber alguma coisa. Evidentemente que se dirigiram primeiramente à autoridade máxima: o Rei. 

Perguntaram:
- Majestade, o povo anda dizendo que nasceu o Rei Salvador dos judeus. Mas ninguém sabe onde se encontra. Queremos adorá-lo. O senhor certamente sabe onde podemos encontrá-lo?!

O Rei Herodes convoca os sábios perguntando-lhes onde nasceria o Rei Salvador dos Judeus. Eles lhes responderam que seria em Belém.

Herodes dá a resposta aos Sábios e ao mesmo tempo manda matar todos os meninos com menos de dois anos.

Logo que os Sábios saíram da cidade, a “estrela” apareceu novamente e conduziu os cientistas até Belém. Dirigiram-se para onde a luz apontava. Encontraram um estábulo e entraram. La estava um bebê com seus pais, Maria e José.  Ajoelharam-se e cada um prestou sua homenagem ofertando: 

Baltazar, o ouro; Gaspar, o incenso e Melchior, a mirra.

E o Menino, com um sorriso, agradeceu retribuindo:

A sabedoria, a Baltazar; a piedade, a Gaspar e a Santidade, a Melchior. 

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Mateus
Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do Oriente a Jerusalém. 2.Perguntaram eles: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. 3.A essa notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 4.Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo. 5.Disseram-lhe: “Em Belém, na Judeia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6.E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo” (Mq 5,1). 7.Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 8.E, enviando-os a Belém, disse: “Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo”. 9.Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10.A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11.Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12.Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho. 13.Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em so­nhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. 14.José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. 15.Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: Do Egito chamei meu filho (Os 11,1). 16.Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos. 17.Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18.Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem (Jr 31,15)! 19.Com a morte de Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, e disse: 20.“Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino”. 21.José levantou-se, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel. 22.Ao ouvir, porém, que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de seu pai Herodes, não ousou ir para lá. Avisado divinamente em sonhos, retirou-se para a província da Galileia 23.e veio habitar na cidade de Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Será chamado Nazareno.*"

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O CONSERVADORISMO. Selvino Antonio Malfatti - Pós-doutorado em Ciência Politica







Em dois artigos anteriores discorri sobre Direita e Esquerda, talvez mais precisamente, os dois extremos das ideologias políticas. Neste artigo, vou referir-me ao Centro ou mais bem caracterizado, o Conservador, ou, o conservadorismo.
Não existe nenhuma democracia verdadeira e estável se não tiver seu ponto de apoio no centro conservador. Politicamente é a menos atraente pois não há lugar para heróis, aventuras ou grandes proezas. Diríamos, popularmente, não há espaço para aparecer. O centro conservador é monótono, aburrido, maçante, caminha com lentidão, é imperceptível. No entanto, compensa tudo isto pela segurança. Quando um povo descobre a supremacia desta ideologia, ninguém mais o ludibriará. Poderíamos citar os nórdicos, japoneses, anglo-saxões entre outros.
Após, e durante, a campanha eleitoral do presidente eleito, Jair Bolsonaro, falou-se muito em conservador ou conservadorismo. Para tanto vou explicitar
OS 10 PRINCÍPIOS DO CENTRO CONSERVADOR, CONFORME RUSSELL KIRK.
1°. O CONSERVADOR ACREDITA QUE EXISTE UMA ORDEM MORAL DURADOURA.
Que a ordem está feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante, e as verdades morais são permanentes.
A palavra ordem significa harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interna da alma, e a ordem exterior da comunidade. Há vinte e cinco séculos, Platão ensinou esta doutrina, mas mesmo os letrados de hoje em dia encontram dificuldades em compreender. O problema da ordem tem sido uma preocupação central dos conservadores desde que o termo conservador passou a fazer parte da política.
2º. O CONSERVADOR ADERE AO COSTUME, À CONVENÇÃO, E À CONTINUIDADE.
São os princípios antigos que permitem que as pessoas vivam juntas pacificamente. Os demolidores dos costumes destroem mais do que sabem ou desejam. É através da convenção, palavra tão abusada nos nossos tempos, que conseguimos evitar disputas perpétuas sobre direitos e deveres: as leis, em sua essência, são um conjunto de convenções. Continuidade é o agregado dos meios de se ligar uma geração à outra, e ela importa tanto para a sociedade quanto para o indivíduo. Sem ela, a vida é sem sentido.
3º. OS CONSERVADORES ACREDITAM NO QUE PODE SER CHAMADO O PRINCÍPIO DA PRESCRIÇÃO.
Conservadores percebem que as pessoas modernas são anãs sobre os ombros de gigantes, capazes de ver mais longe que seus ancestrais apenas por conta da grande estatura daqueles que os precederam no tempo. Portanto, os conservadores frequentemente enfatizam a importância da prescrição, isto é, das coisas estabelecidas pelo uso desde tempos imemoriais, de modo que a mente humana não busca os seus contrários.
4º. OS CONSERVADORES SÃO GUIADOS POR SEU PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA.
Burke concorda com Platão que para o estadista, a prudência é a maior dentre as virtudes. Qualquer medida pública deve ser avaliada por suas prováveis conseqüências de longo prazo, e não meramente por alguma vantagem ou popularidade temporárias. Os liberais e os radicais, diz o conservador, são imprudentes: perseguem seus objetivos sem dar muita atenção ao risco de que novos abusos sejam piores do que os males que esperam eliminar.
5º. OS CONSERVADORES PRESTAM ATENÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE.
Eles sentem afeição pela intrincada proliferação de instituições sociais e de modos de vida estabelecidos de longa data, a distingui-las da uniformidade reducionista e do igualitarismo dos sistemas radicais. Para a preservação de uma saudável diversidade em qualquer civilização, nela devem sobrevir ordens e classes, diferenças em condições materiais e diversos modos de desigualdade.
6º. OS CONSERVADORES SE PURIFICAM POR SEU PRINCÍPIO DA IMPERFEIÇÃO. .
A natureza humana sofre irremediavelmente de determinadas falhas graves, o sabem os conservadores. Em sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita pode ser criada.
7º. CONSERVADORES ESTÃO CONVENCIDOS DE QUE A LIBERDADE E A PROPRIEDADE SÃO INTIMAMENTE RELACIONADAS.
Separe a propriedade da possessão privada e o Leviatã se transformará no mestre de todos. Por sobre as fundações da propriedade privada são erigidas grandes civilizações.
8º. CONSERVADORES FINANCIAM AÇÕES COMUNITÁRIAS VOLUNTÁRIAS, TANTO QUANTO SE OPÕEM AO COLETIVISMO INVOLUNTÁRIO.
Embora os americanos têm sido fortemente atrelados à privacidade e aos direitos privados, também são um povo notável pelo espírito bem sucedido de comunidade. Em uma comunidade genuína, as decisões que afetam mais diretamente à vida dos cidadãos são feitas localmente e voluntariamente.
9º. O CONSERVADOR PERCEBE A NECESSIDADE DE PRUDENTES RESTRIÇÕES AO PODER E ÀS PAIXÕES HUMANAS.
Politicamente falando, o poder é a habilidade de realizar a vontade de um não obstante a vontade dos demais. Um estado onde um indivíduo ou pequeno grupo seja capaz de dominar a vontade de seus concidadãos sem qualquer supervisão, será despótico, seja denominado monárquico, aristocrático ou democrático.
10º. O PENSADOR CONSERVADOR COMPREENDE QUE ESSAS PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS DEVAM SER RECONHECIDAS E RECONCILIADAS EM UMA SOCIEDADE VIGOROSA.
O conservador não é oposto à melhoria social, embora duvide que haja algo como uma força geradora de algum Progresso místico, com “P” maiúsculo, operando no mundo. Quando uma sociedade está progredindo em alguns aspectos, geralmente está declinando em outros.
A mudança é essencial ao corpo social, raciocina o conservador, apenas porque é essencial ao corpo humano. Um corpo que cessasse de se renovar começaria a morrer.
Tais são então os dez princípios que têm aparecido freqüentemente ao longo destes dois séculos do pensamento conservador moderno. Outros princípios de igual importância poderiam ter sido discutidos aqui: a compreensão conservadora da justiça, ou a visão conservadora da educação. Mas tais assuntos, com o tempo a se esgotar, eu devo deixar a sua própria investigação.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O AVANÇO DA DIREITA NA EUROPA, UM SINAL DOS TEMPOS? Selvino Antonio Malfatti.




Politicamente a Espanha é uma monarquia, com governo parlamentar, e está dividida em 17 comunidades autônomas. A maior delas populacionalmente é Andaluzia e segunda em território. Possui quase oito milhões de habitantes. Elege 350 deputados. Para comparar, a segunda, Castela e Leão, possui dois milhões e meio de habitantes e 109 deputados.

No dia 2 de dezembro ocorreram as eleições na região autônoma de Andaluzia. O que parecia uma eleição rotineira para a Espanha, com uma vitória corriqueira da esquerda, de repente a surpresa: a direita vence de modo avassalador. 
A maioria dos jornais a caracteriza como vitória da extrema direita. O tempo dirá. O certo é que não foi vitória da esquerda, mas de uma direita que se aproxima de Trump dos EUA, Marine Le Pen, da França, Matto Salvini, da Itália e, por que não dizer, de Jair Bolzonaro, do Brasil?
Apresentou-se ao eleitorado com as principais bandeiras: governo único em toda Espanha com o fim das comunidades autônomas, Congresso único, extinção do Senado, retomada de Gibraltar, construir um muro entre as cidades de Ceuta, Melilla e Marrocos para deter os imigrantes que chegam. Como inimigos foram apontados os movimentos de independência, como os de Catalunha, a imigração, a lei da memória histórica, a lei contra a violência de gênero. O partido condutor foi o recém instituído Vox, sob a liderança de Santiago Abascal. Conseguiu quebrar uma tradição de quase quarenta anos, elegeu doze deputados, com 11% dos votos contra os apenas 0,5% de três anos atrás. Santiago Abascal vai mais longe: pensa que esta eleição em Andaluzia foi uma amostra do que vai acontecer em outras regiões de toda Espanha. 
A partir de agora, ao que tudo indica, a Espanha se tornou um país “normal” na Europa e a exceção findou. Espanha tem partido de direita, com forte suspeita de radical.
Trazemos algumas manifestações do líder Santiago Abascal.

No Congresso dos Deputados descreve a atuação atual dos partidos:
“Queremos que los partidos dejen de jugar con el futuro de España en pactos infames con quienes quieren romperla, ya sea para aprobar unos presupuestos como hizo Rajoy con el PNV, o como hace ahora Pedro Sánchez para okupar la Moncloa. Queremos que entiendan algo que deberían saber, porque lo han jurado o prometido… que lo primero es España, no sus partidos ni sus intereses”, sentenció.

Também no Congresso dos deputados procura colocar Espanha acima de seu próprio partido Vox:
“Hoy no estáis aquí por VOX, estáis aquí por España. Nosotros no hemos convocado esta movilización para pedir vuestro apoyo, sino para dar voz al pueblo español. Queremos que los españoles puedan votar”, aseveró.

Abascal apresenta as principais reivindicações do partido:
“...devolución de las competencias de Educación, Sanidad y Seguridad al Estado, la defensa de las fronteras, contra la inmgración ilegal y el islamismo radical y la ilegalización de partidos separatistas. ” . Hay que regular la inmigración. No es lo mismo la inmigración procedente de los países hermanos latinos que la inmigración islamista”

Entrevista em Álava, local de origem de Vox, com  ALBERTO DI LOLLI, no jornal El...MUNDO :

-¿Le gusta que le llamen facha?-Ni lo soy ni me gusta. Me resbala. Hasta a Felipe González le llaman facha. Lo utilizan para deslegitimarnos, para que nos callemos. -¿Fascista?-No me identifico con el fascismo, claro que no. -Franquista...-No estoy ni en la crítica destructiva ni en la apología de Franco. Lo de Franco fue un régimen autoritario, pero no fue Hitler ni Stalin.También negará ser machista, homófobo, nacionalista español. «Los que más me insultan son los ultras de la extrema derecha, los fachas de verdad», dice, convencido de que sus palancas de crecimiento, con las redes sociales como aliadas («los medios ya no decidís»), son el secesionismo catalán y el rechazo al Estado de las autonomías («porque quita igualdad y libertad a los españoles y es un despilfarro»). Algo en lo que, subraya, ya está arrastrando al líder del PP: «Con la boca muy pequeña, Casado habla de la recuperación de la Educación. Yo noto esa influencia y la veo con alegría».

Não diríamos como Dilma: a esquerda perde por que a direita ganha, apenas constatamos um avanço da direita não só na Espanha, nem só na Europa, mas no Ocidente de um modo geral.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Filosofia e Ciência precisam dialogar. Selvino Antonio Malfatti.









Sem diálogo, conversação, entendimento mútuo, uma relação matrimonial não sobrevive. Entre eles, o mais importante, é o entendimento. Muitas vezes este é tão importante que precisa ocultar-se. Para obter uma mudança é preciso aparentar que não se sabe. Se eu quiser que o outro tenha mais contenção nos gastos, peço-lhe sugestões de como poupar.
Assim é na relação entre filosofia e ciência. Entre ambas deve reinar o máximo de compreensão. À filosofia cabe a iniciativa, enquanto que o prosseguimento cabe à ciência. A filosofia pergunta por que os objetos caem? A ciência busca a resposta e diz-lhe que é por causa da gravidade. A filosofia pergunta se é somente aqui ou em toda parte? A ciência responde que é em toda terra. A filosofia pergunta se é somente na terra? A ciência responde que em todos os corpos que possuem massa. Como é em cada um, pergunta a filosofia?!
 O DIA LOGOS – ΔΙΑ ΛΟΓΟΣ . Diálogo (andar em direção), significa o progresso do conhecimento. A cada pergunta da filosofia, a ciência responde. E a filosofia faz mais perguntas e a ciência responde. É nisso que o conhecimento progride.
É o que propõe o físico italiano. Carlo Rovelli,com o título de seu último lançamento : «Ci sono luoghi al mondo dove più che le regole è importante la gentilezza»,(Há lugares no mundo onde civilidade é mais importante que as regras). Outro livro dos mais famosos é : Che cos´è la Sicenza la Revoluzione di Anassimandro. E o best-seller: Sete Breves Lições de Física.
Rovelli já esteve no Brasil participando do Programa: Fronteiras do Pensamento, Porto Alegre, maio de 2017.
Esta ideia de profunda relação entre filosofia e ciência é pensamento recorrente para o físico Rovelli. Para tanto apresenta como testemunho o pensamento do filósofo grego Anaximandro. Ao contrário de todas as demais civilizações antigas – egípcias, maias, chinesas e babilônias, - que pensavam o mundo como um céu por cima e uma terra embaixo, os gregos, através de Anaximandro, tinham outra concepção: a terra é uma gigantesca pedra navegando no espaço tendo um céu que continua sob os nossos pés. Esta concepção filosófica deu origem às descobertas científicas de Copernico, Galileo, Newton, Einstein e inúmeros outros. Na maioria das vezes todo cientista é também filósofo e vice-versa, como Kant, Pitágoras, Aristóteles, Descartes e inúmeros outros. Por outro lado, os povos que possuem grandes filósofos também possuem grandes cientistas.
Aliás, foram os gregos que delinearam praticamente as fronteiras de cada conhecimento ou ciência através da filosofia.
Rovelli dá mais exemplos desta íntima relação entre filosofia e ciência. Em Aristóteles encontrou várias teorias válidas para a ciência atual. O tempo, por exemplo, não é o mesmo em tudo. Há vários níveis, alguns físicos, outros apenas mentais ou mnêmicos. Para nós, por exemplo, o tempo é uma emoção de um contínuo fluir e que tudo termina. Mas onde comprovar esta afirmativa? De momento é só um pensamento filosófico-emotivo, mas a ciência poderá ou não comprovar.
No progresso do conhecimento a iniciativa quase sempre cabe à filosofia e a comprovação à ciência, mas ambas são necessárias: iniciativa e comprovação para que haja conhecimento.

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