Há anos vem se realizando colóquios entre Brasil e
Portugal. Quando em Portugal (Tobias Barreto) e no Brasil ( Antero de Quental).
Os colóquios entre Brasil e Portugal — que reúnem intelectuais, acadêmicos e
pensadores dos dois países — têm como objetivo estreitar os laços culturais,
filosóficos, literários e históricos entre as duas nações lusófonas.
Esses colóquios são simbolicamente
associados a pensadores representativos dos dois países: Tobias Barreto
(Brasil) e Antero de Quental (Portugal), que no século XIX protagonizaram o
chamado “Diálogo Luso-Brasileiro”, ainda que nunca tenham se encontrado
pessoalmente.
O próximo será realizado no Brasil, Rio de Janeiro:
XV Colóquio Antero de Quental
Quando: 16–18 de julho de 2025
Onde: Academia Brasileira de Filosofia – Rio de Janeiro
Tema: “Leônidas Hegenberg e a Filosofia da
Ciência/Epistemologia no pensamento luso-brasileiro”.
Por que os patronos: Tobias Barreto e Antero de Quental
Tobias Barreto (1839–1889) foi um pensador brasileiro
influente no campo do Direito, da Filosofia e da Literatura. Foi um dos
principais nomes do Condoreirismo e da Escola do Recife, defensor da
germanização da cultura brasileira e crítico do lusitanismo excessivo.
Antero de Quental (1842–1891), poeta e filósofo
português, esteve envolvido com o movimento da Geração de 70 em Portugal,
engajado em debates sociais, filosóficos e políticos, inclusive com influência
do socialismo utópico e do pensamento europeu contemporâneo.
Eles travaram uma polêmica filosófico-literária por meio
de artigos e cartas, especialmente sobre identidade cultural, influência
europeia e autonomia intelectual. Esses debates inspiraram as gerações futuras
e simbolizaram a busca de independência e diálogo entre as culturas lusófonas.
Os principais colóquios:
1. Colóquios Luso-Brasileiros contemporâneos
Nos séculos XX e XXI, colóquios luso-brasileiros vêm
sendo realizados regularmente, envolvendo universidades, centros de estudos e
institutos culturais como a Universidade de Coimbra, USP, UFPE, Fundação Calouste
Gulbenkian, entre outros.
Principais resultados desses colóquios:
Fortalecimento do intercâmbio acadêmico e cultural
Acordos de cooperação entre universidades brasileiras e
portuguesas.
Publicações conjuntas, como atas de colóquios, livros e
revistas acadêmicas.
Mobilidade estudantil e docente (ex: programas como
CAPES/FCT, Erasmus+, etc.).
Redescoberta de autores e pensadores
Revisão crítica da obra de figuras como Tobias Barreto, Antero
de Quental, Oliveira Martins, Machado de Assis, entre outros.
Reinterpretação da herança luso-brasileira em áreas como
filosofia, literatura, direito e política.
Discussão sobre identidade e língua portuguesa
Reflexões sobre o papel da lusofonia no mundo.
Questões sobre ortografia, diversidade linguística e
ensino da língua portuguesa.
Discussões sobre pós-colonialismo, herança imperial e
interculturalidade.
Temas filosóficos e sociais contemporâneos
Debates sobre ética, democracia, justiça social, direitos
humanos, meio-ambiente e globalização.
Contribuições para o pensamento social brasileiro e
português a partir de referenciais comuns.
Institucionalização do diálogo
Criação de centros e cátedras luso-brasileiras.
Encontros regulares, como os Colóquios Luso-Brasileiros
de Filosofia, Congresso Luso-Brasileiro de Teoria e Filosofia do Direito, entre
outros.
Conclusão:
Os colóquios entre Brasil e Portugal são espaços de
memória, crítica e reconstrução do pensamento luso-brasileiro. Inspirados na
figura de Tobias Barreto e Antero de Quental, esses encontros têm promovido a
valorização da língua portuguesa, a integração cultural e o avanço do
pensamento filosófico e científico em língua lusófona. O principal resultado é
o reconhecimento mútuo da riqueza cultural compartilhada, mas também das
diferenças que permitem um diálogo crítico e frutífero.
https://iflb.webnode.page/julho-2024-xv-coloquio-antero-de-quental/
Muito importante estes encontros, para aprofundar e contribuir na integração das culturas.
ResponderExcluirConcordo, importante porque sempre podemos melhorar o conhecimento.
ExcluirÉtica seja o centro.
ExcluirCom publicações, é necessário.
A riqueza cultural valorizada e socializada, respeito as diferenças com críticas construtivas..
ResponderExcluirAí está a importância das revisões, no aprofundamento e novos olhares.
Uma programação bem extensa, sucesso.
ResponderExcluirSucesso, na reconstrução de pensamentos.
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