Está ressurgindo atualmente pequenos estratos, mormente
religiosos, como os evangélicos que tentam viver uma realidade de um passado,
como seguir os ensinamentos bíblicos ao pé dá letra. Poder-se-ia exemplificar
com a moda, alimentação, aspectos físicos. Quando se propõe a questão de
consumo de bebida alcoólica, por exemplo, remete-se para À Carta de Timóteo:
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de
uma [só] mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
não dado ao vinho”. (I TIMÓTEO 3.2-3)
Com isso, o consumo de bebida para estes grupos fica vedado.
Vivem uma realidade do passado. Mulheres deixam os cabelos longos, vestidos
fora do padrão. As músicas escolhidas são gospel. São grupos fechados dentro de
grandes grupos e sua influência política depende de dirigentes que adotam tais
orientações. Na contraface da moeda visualizemos os jovens atuais vistos por Bauman em "Nascidos em Tempos Líquidos".
Como os jovens se portam numa sociedade líquida? Pode-se partir das manifestações externas, como tatuagens, cirurgias plásticas ou hipster.
Os “jovens são a fotografia dos tempos que mudam”. Eles refletem com fidelidade aquilo que fomos e por isso os amamos e aquilo que não pudemos ser, e por isso
os odiamos. Nós somos o que as circunstâncias nos fizeram e os jovens são o que
as circunstâncias deles os fizeram. Perante os jovens somos cadáveres vivos e eles
com certeza são cadáveres em potencial. Por isso que quando nos deparamos nos
olhamos estranhamente: parece que conhecemos e parece que nunca os vimos. E
estas mudanças se refletem nas transformações que deixamos marcadas no corpo. O
homem em todos os tempos nunca quis deixar seu corpo como é. Sempre o
estigmatizou com algum detalhe. Basta observar os indígenas o que fazem com seu
corpo: pintam, deformam, mutilam, tudo isso para externar o sentimento de
pertencimento e identidade, mas também é uma tática para invadir a esfera
pública e implantar um modelo universal, mas que logo aí é contestado por
outro.
Analisemos o bullyng. Existem três estágios
percorrido. O primeiro, o indivíduo é separado da comunidade, são os ritos
preliminares. O seguinte é a marginalidade ou liminaridade, com a suspensão do
status social. O indivíduo entra num limbo, pois não é nem comunidade nem
individualidade. Neste estágio o indivíduo torna-se perigoso por que pode criar
um nova comunidade. O terceiro estágio é o pós-preliminares, pelo qual o
paciente de bullyng volta para seu habitat, mas como homem novo. Este é o bullyng pacífico pelo qual a vítima
passa como uma normalidade do convívio social.
O desenvolvimento para o qual evolui é o retorno da
violência, da coerção e da opressão na resolução dos conflitos, em detrimento
do diálogo e do debate, voltados para a compreensão recíproca e a renegociação
do modus co-vivendi. Considero que, neste desenvolvimento, um papel importante
foi, é e continuará sendo exercido no futuro próximo pela nova tecnologia da
comunicação medita; não como sua causa, mas como sua crucial facilitadora.
Muito interessante, são tantos rituais,mas pertencimento responsável, está deixando muito a desejar.
ResponderExcluirFotografias dos tempos que mudam, assim são os jovens, nada fica igual.
ResponderExcluirSim, somos a última geração que soube valorizar os pais, respeitar os mais velhos.
ResponderExcluirA sociedade líquida está transformando os jovens em zumbis.
ResponderExcluirOs jovens estão mudando, mais conscientes com a preservação do planeta.
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