A Finlândia tem 338.440 km² e uma população de 5 milhões
e meio de habitantes, com a capital Helsinque.
No dia 4 de abril de 2023 a Finlândia entra oficialmente
para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O garoto Davi
enfrentou o gigante Golias ou, a fisicamente pequena Finlândia desafia a
megalópole Rússia. Serviu de lição para o mundo todo.
Depois da Segunda Guerra a Europa para proteger-se criou
a OTAN – Organização dos países do Atlântico Norte enquanto a Rússia e seus
liderados criaram o Pacto da Varsóvia. Com o fim da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, 1991, extinguiu-se também o Pacto de Varsóvia. A
Finlândia estava agregada ao Pacto.
Descontente com os rumos tomados pela Rússia na guerra
com a Ucrânia, a Finlândia resolve abandonar a satelitização russa e agregar-se
à OTAN. A reação russa responde prontamente com ameaças advertindo que tomará
as medidas cabíveis contra Helsinque.
Com isso a Finlândia converteu-se no 31º membro da OTAN,
tendo em vista o cumprimento integral do processo de adesão. O ministro das
Relações Exteriores finlandês, Pekka Haavisto, entregou o documento que torna
oficial a inclusão da Finlândia na Aliança ao secretário dos Estados Unidos, Antony
Blinken, na sede da OTAN em Bruxelas.
Por sua vez o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg,
deu as boas vindas à Finlândia, enfatizando que o presidente russo está
colhendo exatamente o inverso do esperado por ele. Sua expectativa era aumentar o poderio
russo com a anexação da Ucrânia, mas deu um tiro no pé: perdeu a Finlândia e
Suécia.
Este acontecimento marca o fim da neutralidade militar da
Finlândia desde a Segunda Guerra, quando a União Soviética ensaiou uma invasão.
A partir de então procurou manter uma relação amigável. Com a invasão da
Ucrânia em fevereiro de 2022, a
Finlândia percebeu quão insegura era esta amizade russa e procurou uma maior
proteção na OTAN que determina que um ataque contra um membro será considerado
um ataque contra todos.
O que causa surpresa é que a diplomacia brasileira está indo na contramão da história. Enquanto há uma tomada de distância de governos totalitários o Brasil faz esforços de aproximação. O ex-chanceler Celso Amorim foi a Moscou para "um acordo de paz com a Ucrânia...."