quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Aldeia Indígena Caingangue de Iraí
Na terça de Carnaval visitei a Aldeia Indígena de Irai, Rio Grande do Sul. Ouvi uma exposição do Coordenador dos Povos Indígenas do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul. Para ele tudo e todos estão errados: o governo, a Igreja Católica e a sociedade não indígena. O governo não demarca e se demarca é infinitamente inferior ao que precisam. A Igreja impôs e impõe a religião dos colonizadores e a sociedade discrimina, como por exemplo, classificando todos os índios de bugres.
O que vi, com olhar externo, é uma aldeia dotada de quase toda infra-estrutura: escola, saúde (inclusive com hospital para primeiros socorros), templos (maior parte da Assembléia de Deus). Sentiu-se marcante a presença do Instituo Humanitas de Santa Cruz do Sul com prédio para reuniões, escola em excelentes condições e tudo o que precisa para uma boa como: prédio novo de alvenaria, quadros, carteiras, ventiladores, inclusive com microondas. Foi apresentado um professor de língua caingangue. As crianças até os 8 anos são ensinadas na língua materna e só depois aprendem português.
A primeira vista e impressão faz crer que a vida na aldeia não é tão miserável assim. O motorista de ônibus que nos levou me cochichou: minha família não tem o que os índios da aldeia dispõem.
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