Chamam-se de fascistas mutuamente, os de direita e de esquerda - liberais e socialistas. No Brasil, os
defensores das Reformas trabalhistas chamam seus opositores de fascistas e
vice-versa. A impressão que se tem é que nem um nem outro ou não sabe o que
significa ou já perdeu o sentido do significado. A mesma coisa que alguém chama
o outro de FDP, ou, como os antigos colonos descendentes de italianos, blasfemando, ofendiam a Deus, Maria e santos sem o menor remorso. Mas, o que significa fascista?
A origem remonta ao termo romano, os “fasces”, um feixe
de varas apontando para a UNIDADE e AUTORIDADE.
Benito Mussolini, pai do fascismo italiano, adoto-o como símbolo. O mesmo fez Francisco Franco da Espanha. Isto
se pode dizer de governos de direita.
No entanto, os de esquerda também o adotaram, como Hitler,
através de National Socialist German Workers Parry (Partido do Nacional
Socialismo dos Trabalhadores Germanos). O “parentesco “ ideológico de Hitler
com a esquerda radical se pode ver pelo desfecho na eleição de Hitler.
Mais
uma vez os comunistas tiveram candidato próprio, obtendo em torno de 10% da
votação. Segundo estudos e análises divulgados naquela época, desesperançados
de eleger seu candidato no segundo turno, setecentos mil eleitores comunistas
votaram diretamente em Hitler, a tal ponto se tornara evidente o parentesco
totalitário de comunistas e nazistas. (A querela do Estatismo, Antonio Paim).
Outros governos da Europa Central abrigaram o fascismo entre as
duas grandes guerras. Na Inglaterra, Oswald Moosley, foi o criador da União
Britância dos Fascistas. Inclusive foi ministro por este partido.
Portanto, o fascismo historicamente esteve presente tanto
na direita como na esquerda.
No fascismo como ideologia, de um modo geral, há um apelo
à classe trabalhadora, de natureza populista. No entanto não há uma doutrina
política coerente que se possa atribuir ao fascismo. O aparecimento dos
fascistas ocorria nos movimentos de oportunistas que exploravam demagogicamente
o medo e os ódios para alcançar apoios políticos.
Os conteúdos mais comuns é o nacionalismo, com o fim de
conseguir a unidade nacional apelando para a culpa de raças ou divisões de
classes, Comunismo, ódio e desprezo pela democracia são outros ingredientes.
As instituições democráticas eram usadas para conseguir ou aumentar o poder. No passado, apregoavam, que era preciso um Homem Forte (o Duce, italiano ou Fúhrer,
alemão ou o Caudi, espanhol) o qual resolveria os problemas de seu país.
Atualmente a palavra fascista é usada por extremistas,
como uma arma política verbal, ofensa para desmoralizar o adversário. Com ou sem
fundamento, é usada no sentido ofensivo, sem conhecimento do conteúdo
ideológico. É mais comum ser usado pela esquerda contra adversários de direita.
Com menos frequência, porém, os de direita também usam contra a esquerda.