Todos nós temos experiência
de ligarmos ou recebermos ligação de um ”call center”., central telefônica. Só pergunta ou responde para
aquilo que foi programada. Se mudarmos um pouco a pergunta ou resposta, a central
vai dizer: não entendi sua pergunta ou sua resposta.
A definição de Inteligência
Artificial - IA é a capacidade de uma máquina de agir como a inteligência
humana dentro daquilo que foi programada. Inclusive, ser for programada para
responder diante de um conjunto de dados. Até o momento a máquina não cria
novos dados e, portanto, não vai além da Inteligência Humana – IH. Então, ao
dizermos que a IA tem “raciocínio, aprendizagem, planejamento e criatividade”
vai até onde lhe foi permitido pela programação, inclusive até quando e onde
lhe permite criar. Digamos que se pede à máquina que resolva problemas
específicos. Para anto o computador recebe dados passíveis de serem lidos pelos
seus sensores, processa os dados e responde com os dados presentes.
Pode o computador modificar
o comportamento humano? Se estiver de posse de ações anteriores, ele pode
aplicá-las a casos semelhantes. Até o momento: criar do nada, nada.
Para o futuro estão
previstas ações para IA: desinformação, difusão de dados verdadeiros e falsos,
perda de emprego e substituição de conhecimentos verdadeiros por falsos.
A IA modificará nossas
vidas, quer queiramos quer não. Será como, mal comparando, com a Revolução
industrial ou a descoberta da internet. A internet é mais recente. Quem viveu o
pós- internet não consegue explicar como era antes. É como se um cego de
repente começasse enxergar ou querer explicar como é o mundo para um cego.
Assim será com a IA. Como diz a Escritura: vos tornastes deuses ou sois como
deuses.
As pesquisas terão
praticamente resultados instantâneos. Provavelmente a expectativa de vida se
multiplicará geometricamente, as doenças serão banidas.
No entanto, teremos que
ficar muito atentos, pois a horizonte será sombrio com: desinformação,
proliferação, perdas de emprego através da substituição da mão de obra humana.
Expliquemos:
A liberdade e com ela a
democracia estarão em perigo. Poderá dominar uma informação tornando-a totalitária. As
redes sociais sob o domínio de grupos poderosos dominarão a informação, como filmes de ilusões. O sentimento será envenenado pelo ódio e as instituições
sofrerão totais descrenças.
As pessoas perderão a
privacidade, pois os computadores saberão imediatamente onde estão, o que
procuram e quais os meios de que dispõem. Nada ficará em segredo, pois todos os
dados serão acessíveis por todos.
A perda de emprego será generalizada: os
trabalhadores manuais substituídos por máquinas, os setores de gerência
substituídos por robôs, a transmissão dos conhecimentos não dependerão de
professores, pois cada um pode acessar nas máquinas, a moeda será somente
virtual, as exportações/importações por máquinas automatizadas, o transporte
dispensará motoristas, pilotos, carregadores.
Da mesma forma que
atualmente há uma progressiva substituição de humanos por animais nas mais
diferentes situações como companhia, habitação, lazer, viagens, da mesma forma
as máquinas substituirão os humanos. Já não se pergunta mais ao vizinho, amigo,
parente opiniões sobre questões a resolver, mas à máquina. Será uma interação
preferencial como as previsões do tempo e outras questões quotidianas. Em
seguida situações mais complexas como escolher companhias. Isto levará a
distúrbios de ansiedade, depressão e convivência. Quando se chegar ao nível
político provavelmente estamos diante da cegueira generalizada.
Por fim, uma das maiores
pragas do mundo digital são os programas de identificação das pessoas. Se acaso
errar um número, a correção torna-se tarefa quase impossível por que os
esquemas estão fechados. Digamos uma rua. Enquanto a numeração for ascendente o
descendente tudo correrá bem. Mas se a continuidade for quebrada, intercalando
números pares com ímpares, não conseguirá acertar nunca, pois não tem
possibilidade de ISTO E AQUILO, mas somente ISTO OU AQUILO. E se tenta corrigir
a máquina não abre espaço. Deve voltar ao início, estaca zero. Quando tentar
corrigir a máquina negará e entrará num círculo vicioso como se fosse um
labirinto: quanto mais andar mais se perderá.
Teimar contra a máquina é um inferno.