sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

COMO SE CHEGOU AO 1º DO ANO DE 2023? Selvino Antonio Malfatti

 



Atualmente se quisermos saber que ano,dia do mês ou da semana que estamos, basta olharmos para o calendário ou acessar o celular. Facílimo. Mas, para chegar a tal comodidade foram necessários mais de 3 três mil anos de estudos e experiências. Vou tentar fazer um resumo desta evolução no sentido de que possamos nos contextualizar no tempo e no espaço.

Primeiramente nem todos os povos seguem o nosso calendário, denominado gregoriano. Há vários calendários vigorando pelo mundo. Vejamos alguns povos:  

- CRISTÃO: Ano 1, nascimento de Cristo.

- JUDAICO : Ano: 5783 - 

- ISLÂMICO: Ano: 1444 - Maomé foge de Meca para Medina

- CHINÊS: Ano: 4719

- ETÍOPE: Ano: 2015, entre outros.

Cada calendário tem seu próprio critério de início: 

Judaico, a criação do mundo. Cristão antes depois de Cristo. Islâmico, fuga de Maomé de Meca para Medina. 

O calendário de cada povo varia conforme os critérios adotados para fixar as datas, mas principalmente a inicial. O calendário ocidental e de alguns outros povos é o Gregoriano, devido ao papa Gregório XIII.

Podemos identificar 3 etapas:

1º Calendário Lunar. Possuía 10 meses e começava no equinócio da Primavera. De 30 ou 31 dias. 61 dias de inverno não eram contados. É atribuído a Rômulo, considerado o fundador de Roma em 753 a.C.

2º Calendário Luni-solar - Júlio Cesar.  Reforma realizada por Numa Pompílio, em torno de 713 a.C. Os meses passaram a ter 29 ou 28 dias e acrescentou no final mais dois meses: Januarius e Februarius. O ano tinha 355 dias. De tempos em tempos se acrescentava um mês extra para se adaptar ao ano solar, conforme o calendário de Atenas. Foi chamado de calendário Juliano, posteriormente.

3º Calendário Gregoriano. Foi criado na Europa em 1582, pelo papa Gregório XIII. E praticamente o calendário oficial do ocidente.

Embora tivesse alguma resistência, pouco a pouco foi aceito pela sociedade civil devido a sua praticidade. Para elaborar o novo calendário o papa assessorou-se da comunidade científica da época para lhe dar o respaldo. Foram os principais intelectuais:

“Neste grupo de estudiosos participaram Christopher Clavius,  (1538-1612) jesuíta alemão, sábio e matemático, Ignazio Danti, (1536-1586) dominicano, matemático, astrônomo e cartógrafo italiano e Luigi Giglio,(1510-1576) médico, filósofo, astrônomo e cronologista italiano.” (Wikipedia)

Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter Gravissimas.

Os primeiros países a aceitar o novo calendário, o gregoriano, foram Portugal, Espanha, Itália e Polônia. Alguns dirão: os mais atrasados. Ao contrário: Portugal, Espanha e Itália estavam no topo dos conhecimentos científicos na época: sobressaíam-se aos demais em matemática, física, astronomia, geociências, navegação e as demais ciências correlatas. 

Esta é a origem do ano de 2023 que inicia....


 


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