Somos uma nação. Temos identidade interna e externa. Por
isso temos valores que nos identificam e que nos unem. E há valores que nos separam. Mas de um tempo para cá, aumentam os
valores que nos dividem.
Sempre fomos um povo pacífico, respeitador, cordial. A
diferença de classes ou de status era compensada pelo respeito mútuo e
compreensão. Mas de uns tempos para cá esses valores foram jogados na vala do
desprezo.
O que aconteceu? Incubou-se nas universidades públicas, nas ciências humanas, um grupo de professores que, em vez adotar o pluralismo na pesquisa, abraçaram o singularismo, privilegiando tão somente um elemento como se, através dele, se pudesse explicar tudo. Brandindo a espada do singularismo passaram a investir contra tudo e contra todo: educação, economia, cultura, religião, família, gênero etc. São exemplos desse singularismo: Marilena Chauí ("odeio a classe média"), Paulo Freire, Nelson Werneck Sodre.
O pluralismo - como de Miguel Reale (Tridimensionalidade do Direito), Guilberto Freye, Rui Barbosa () - foi tudo jogado na lixeira.
Com o singularismo foi acirrada as diferenças de classe. Não por parte da população mas por aquele estrato social incrustado no poder, que faz questão de ofender a classe média, atiçar o ódio entre os pobres, e ofender e humilhar os abastados e empreendedores. Tentar desmoralizar as Forças Armadas e todas as instituições do estado de direito. E o pior, eles se locupletam das demais classes e ao mesmo tempo que ofendem a classe que pertencem – a média. Incitam o ódio entre as classes e lhes atiram migalhas em retribuição ao voto. Esbulham a classe alta para roubar-lhes as rendas que conseguiram.
O pluralismo - como de Miguel Reale (Tridimensionalidade do Direito), Guilberto Freye, Rui Barbosa () - foi tudo jogado na lixeira.
Com o singularismo foi acirrada as diferenças de classe. Não por parte da população mas por aquele estrato social incrustado no poder, que faz questão de ofender a classe média, atiçar o ódio entre os pobres, e ofender e humilhar os abastados e empreendedores. Tentar desmoralizar as Forças Armadas e todas as instituições do estado de direito. E o pior, eles se locupletam das demais classes e ao mesmo tempo que ofendem a classe que pertencem – a média. Incitam o ódio entre as classes e lhes atiram migalhas em retribuição ao voto. Esbulham a classe alta para roubar-lhes as rendas que conseguiram.
Foram milhões e bilhões desviados, roubados e
transferidos para suas contas pessoais até mesmo no exterior. Isto passou a nos dividir.
Mas o pior estrago cometido foi o
esfacelamento da sociedade. Hoje, digo o tempo, após treze anos somos uma nação
dividida, cujo veneno do ódio se espalhou em todos os setores. Os abrolhos começaram
a destilar-se a partir da educação mais alta, a superior, penetrou no escalão
médio e infiltrou-se na básica. Hoje, entre os educadores públicos, o respeito quase desapareceu. Não há mais recato
nem às autoridades e muito menos entre colegas, sem falar nos educandos. Todos
se odeiam, se ofendem e se atacam fisicamente e moralmente. Cada lado estereotipa outro chamando-se mutuamente de “petralhas”, “coxinhas”,
“fascistas”, “canalhas”.
Incentivam a prostituição, a degradação moral das
crianças e a depravação sexual social. O aborto – em vez de exceção – se torna
regra. A opção de gênero, em vez de privada, quer que seja pública através do
incentivo às práticas e experiências degradantes. Isso, inclusive, com crianças.
O uso de termos ofensivos passou do íntimo para público.
Ofensas foram içadas às esferas de mídia, redes sociais e em lugares públicos e
privados. Uma professora, em palestra na UFRGS,
chama a autoridade suprema do país de “canalha”. Políticos mandam
ministros do Supremo Tribunal tomarem no símbolo do cobre. Professores e
universitários disseminam e destilam a
cizânia do ódio entre colegas, superiores e alunos. Religião, moral e ética viraram deboche. É
uma guerra de “haters”, Voltamos ao estado de natureza, de guerra de todos
contra todos. (Bellum omnium in omnes). Não se pode discordar, que milicianos mercenários atacam como abelhas africanas.
Tudo isso foi possível - não causado - pelas redes sociais. Antes delas alguém poderia chamar o outro de "canalha" num ambiente restrito. Com as redes sociais isso tomou proporções inimagináveis. Não é para um grupo ou pessoas particulares que a ofensa é lançada, mas para o mundo. Além disso a pessoa pode ficar anônima se usar um pseudônimo. Não foram as redes que fizeram este ambiente, mas o uso delas num ambiente que se tornou acirrado e polarizado. Chegamos à fronteira da convivência.
Tudo isso foi possível - não causado - pelas redes sociais. Antes delas alguém poderia chamar o outro de "canalha" num ambiente restrito. Com as redes sociais isso tomou proporções inimagináveis. Não é para um grupo ou pessoas particulares que a ofensa é lançada, mas para o mundo. Além disso a pessoa pode ficar anônima se usar um pseudônimo. Não foram as redes que fizeram este ambiente, mas o uso delas num ambiente que se tornou acirrado e polarizado. Chegamos à fronteira da convivência.
O que sobrou para nos unir? Ainda somos uma nação ou um
conglomerado de pessoas como num coletivo?
O que nos desune?
Partidos, diferença de classes, status, escolaridade, salários.
Mas o que nos deveria unir:
Pátria, solidariedade social, democracia pluralista, compreensão, valores permanentes, respeito.
O que nos desune?
Partidos, diferença de classes, status, escolaridade, salários.
Mas o que nos deveria unir:
Pátria, solidariedade social, democracia pluralista, compreensão, valores permanentes, respeito.
Modestamente sugiro desarmar os espíritos e traçar um novo Pacto Social. Para tanto,
nada melhor do que ter em mente a paz. Convido a todos:
1ª. Procurar a paz e segui-la.
2ª. Todos defenderem-se mutuamente em vez de se agredirem
3ª. Esforçar-se para ser sociável.
4ª. Perdoar as ofensas passadas e arrepender-se delas.
5ª. Banir a vingança.
6ª. Ninguém deverá devotar, nem demonstrar qualquer sinal
desprezo pelo outro ou declarar ódio a seu semelhante.
7ª. Que cada um reconheça o outro como igual, por
natureza.
Parece que não há outra alternativa: se não surgir um novo pacto social espontâneo, afundaremos e advirá, sim, mas quando
toda esta geração estiver debaixo da terra.
Ou seremos, como nação, banidos da face da terra.
Ou seremos, como nação, banidos da face da terra.