Quem contempla a História humana, vista de cima, de forma
teórica (sentido grego-paisagem) constata que somos unos tanto nos acertos como
nos erros. A colaboração das conquistas científicas e filosóficas é
compartilhada entre os povos. As descobertas orientais dos chineses, da
antiguidade, por exemplo, passaram para o ocidente europeu. Podem ser citadas a
bússola, a pólvora, o papel e impressão.
Por sua vez, o ocidente faz também importantes
descobertas, as quais os orientais incorporam à sua cultura. Podemos citar; tamanho
da Terra e sua distância em relação ao Sol e à Lua, o modelo geocêntrico do
sistema solar, a química. Um dos fatos mais curiosos foi com o pensamento de
Aristóteles. Primeiramente animou o ocidente e foi esquecido. Os árabes o
levaram para oriente e posteriormente Averróis o traz novamente para a Europa.
O comércio entre oriente e ocidente sempre existiu desde os mais remotos
tempos, como atestam as Rotas Comerciais.
Uma reflexão da mitologia greco-romana até as divindades
célticas e africanas, da sociedade egípcia à inca, da escrita suméria ao
sânscrito dos Vedas e o mistério da língua etrusca, das guerras pela posse do
mediterrâneo às cruzadas, de Cleópatra aos Templários, de Constantino a Solimão,
o Magnífico, da Esfinge de Gisé ao Parthenon, do Coliseu às Muralhas chinesas,
dão um magnífico testemunho do intercâmbio entre oriente e ocidente.
Salta aos olhos a seguinte observação: o olhar dirigido
ao firmamento dos povos antigos, tanto orientais como ocidentais da
antiguidade. A observação do movimento dos corpos celestes, a disposição das
estrelas e constelações, a dinâmica dos astros. Os antigos procuram deduzir
disto as consequências sobre nosso planeta, as tempestades solares, eclipses,
ciclos lunares. Nos traçados urbanos, nas disposições arquitetônicas e outras
manifestações nos levam a crer que os antigos, tanto no oriente como no
ocidente, conheciam os segredos da frequência e da energia. As disposições das
pirâmides e outras construções megalíticas revelam o uso dos recursos naturais.
Se ocorrem, entrementes, outros elementos imiscuídos, como liturgias
religiosas, é somente para despistar curiosidade populares.
Em que pese o pensamento oficial atestar que civilizações
antigas nunca tiveram contatos entre si, como egípcios e maias, no entanto há
sinais evidentes de que tiveram uma origem comum. Tomemos somente um caso: os
Diálogos entre Timeu e Crísia, de Platão, transparece o mito de uma civilização
Mãe, insinuando a existência de Atlântida, uma ilha legendária situada além das
Colunas de Hércules, que possibilitou o contado entre terras distantes entre
si. As provas disto estão nas artes, arquitetura, organizações estatais,
mitologia, religião entre outras. Através da Atlântida teriam ocorrido
intercâmbios ocultos de novos conhecimentos, embora distantes uns dos outros.
Corroboram, sobretudo, numerosas analogias que nos levam
a refletir a diversidade e unicidade cultural. A teoria evolucionista, pela
qual quando um determinado grupo social chega a um estágio passaria para outro
patamar cultural, não consegue explicar a propagação cultural. A teoria do difusionismo
apresenta-se como a mais apta atualmente para explicar o fenômeno. Embora de
maneira diversa, praticamente todos os povos creem numa vida pós-morte,
mumificando os corpos na esperança de uma futura união novamente. Adornavam os
cadáveres com máscaras de ouro como sinal da eternidade. Construíram portais, erigiram
obeliscos, alçaram torres em lugares mais inóspitos, tudo isso para externar
uma vida vindoura.
O Sol , divindade que aparece em primeiro lugar,
figurando como símbolo de equilíbrio entre as estações. Povos houve que evocavam
o Terceiro Olho, interior, imagem da glândula pineal na testa, lugar central do
Eu imanente e transcendente.
Estes e outros testemunhos atestam a veracidade do pari passu
cultural da humanidade, sem perder de vista a heterocidade.
Mas, se ainda assim preferirmos insistir mais na diversidade do que na unidade, então, a RAZÃO COMUM, ninguém pode negá-la.
Mas, se ainda assim preferirmos insistir mais na diversidade do que na unidade, então, a RAZÃO COMUM, ninguém pode negá-la.