sábado, 15 de junho de 2019

PROGRESSO SINCRÔNICO DA HUMANIDADE. Selvino Antonio Malfatti.




Quem contempla a História humana, vista de cima, de forma teórica (sentido grego-paisagem) constata que somos unos tanto nos acertos como nos erros. A colaboração das conquistas científicas e filosóficas é compartilhada entre os povos. As descobertas orientais dos chineses, da antiguidade, por exemplo, passaram para o ocidente europeu. Podem ser citadas a bússola, a pólvora, o papel e impressão.
Por sua vez, o ocidente faz também importantes descobertas, as quais os orientais incorporam à sua cultura. Podemos citar; tamanho da Terra e sua distância em relação ao Sol e à Lua, o modelo geocêntrico do sistema solar, a química. Um dos fatos mais curiosos foi com o pensamento de Aristóteles. Primeiramente animou o ocidente e foi esquecido. Os árabes o levaram para oriente e posteriormente Averróis o traz novamente para a Europa. O comércio entre oriente e ocidente sempre existiu desde os mais remotos tempos, como atestam as Rotas Comerciais.
Uma reflexão da mitologia greco-romana até as divindades célticas e africanas, da sociedade egípcia à inca, da escrita suméria ao sânscrito dos Vedas e o mistério da língua etrusca, das guerras pela posse do mediterrâneo às cruzadas, de Cleópatra aos Templários, de Constantino a Solimão, o Magnífico, da Esfinge de Gisé ao Parthenon, do Coliseu às Muralhas chinesas, dão um magnífico testemunho do intercâmbio entre oriente e ocidente.
Salta aos olhos a seguinte observação: o olhar dirigido ao firmamento dos povos antigos, tanto orientais como ocidentais da antiguidade. A observação do movimento dos corpos celestes, a disposição das estrelas e constelações, a dinâmica dos astros. Os antigos procuram deduzir disto as consequências sobre nosso planeta, as tempestades solares, eclipses, ciclos lunares. Nos traçados urbanos, nas disposições arquitetônicas e outras manifestações nos levam a crer que os antigos, tanto no oriente como no ocidente, conheciam os segredos da frequência e da energia. As disposições das pirâmides e outras construções megalíticas revelam o uso dos recursos naturais. Se ocorrem, entrementes, outros elementos imiscuídos, como liturgias religiosas, é somente para despistar curiosidade populares.
Em que pese o pensamento oficial atestar que civilizações antigas nunca tiveram contatos entre si, como egípcios e maias, no entanto há sinais evidentes de que tiveram uma origem comum. Tomemos somente um caso: os Diálogos entre Timeu e Crísia, de Platão, transparece o mito de uma civilização Mãe, insinuando a existência de Atlântida, uma ilha legendária situada além das Colunas de Hércules, que possibilitou o contado entre terras distantes entre si. As provas disto estão nas artes, arquitetura, organizações estatais, mitologia, religião entre outras. Através da Atlântida teriam ocorrido intercâmbios ocultos de novos conhecimentos, embora distantes uns dos outros.
Corroboram, sobretudo, numerosas analogias que nos levam a refletir a diversidade e unicidade cultural. A teoria evolucionista, pela qual quando um determinado grupo social chega a um estágio passaria para outro patamar cultural, não consegue explicar a propagação cultural. A teoria do difusionismo apresenta-se como a mais apta atualmente para explicar o fenômeno. Embora de maneira diversa, praticamente todos os povos creem numa vida pós-morte, mumificando os corpos na esperança de uma futura união novamente. Adornavam os cadáveres com máscaras de ouro como sinal da eternidade. Construíram portais, erigiram obeliscos, alçaram torres em lugares mais inóspitos, tudo isso para externar uma vida vindoura.
O Sol , divindade que aparece em primeiro lugar, figurando como símbolo de equilíbrio entre as estações. Povos houve que evocavam o Terceiro Olho, interior, imagem da glândula pineal na testa, lugar central do Eu imanente e transcendente.
Estes e outros testemunhos atestam a veracidade do pari passu cultural da humanidade, sem perder de vista a heterocidade. 
Mas,  se ainda assim preferirmos insistir mais na diversidade do que na unidade, então, a RAZÃO COMUM, ninguém pode negá-la.




domingo, 9 de junho de 2019

A EDUCAÇÃO INTEGRAL DO HOMEM NA FILOSOFIA DE MANUEL ANTUNES. Samuel Dimas, Professor auxiliar da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.


Este artigo procura explicitar o sentido integral da educação apresentado na obra do Padre Manuel Antunes, que não visa apenas a instrução técnico-científica, mas sim a formação humana nas suas dimensões ética, estética, filosófica e religiosa. O teólogo e filósofo jesuíta recusa, por um lado, uma perspetiva puramente pragmática e utilitarista da ação humana, centrada no progresso da técnica, e recusa, por outro lado, uma perspetiva puramente fixista da vida humana, centrada nos hábitos e nos dogmas filosóficos, ideológicos e religiosos. Dessa maneira, considera que o objetivo da educação humana não é o homo mechanicus nem o homo romanticus, mas sim o homo misericors que se rege pelos valores universais de um humanismo moral e metafísico que identifique o ser do homem (antropologia) e proporcione o seu fazer ser (pedagogia). O homem misericordioso faz uma experiência sofredora da vida, no reconhecimento da ignorância, da finitude e da morte, pelo que encontra na renúncia e na compaixão as formas mais valiosas de educação e humanização. Palavras chave: educação, pedagogia, humanismo, misericórdia. 1.Introdução: para uma educação integral do homem O desenvolvimento cultural que todos desejamos nos planos ético, estético, filosófico, religioso e científico, para que o homem realize o seu projeto humanizador de forma integral, não é possível sem a educação e esta não se pode concretizar sem uma pedagogia. Consciente desta necessidade, o professor e mestre português Padre Manuel Antunes propõe uma educação que dê primazia à formação sobre a informação e que não reduza o sentido da vida humana ao desempenho econômico-científico e à eficácia da técnica. O homem realiza-se enquanto homem pela educação, mas que dimensões inclui esta humanização e de que saber precisa o homem para a concretizar no dinamismo do devir histórico? 

A arte da educação na unidade indissolúvel entre pensar, sentir e fazer Educar é fazer tomar o hábito ou o costume de alguma coisa, ou seja é edificar e formar nos valores culturais da comunidade em que se habita, sejam eles no plano da eficácia produtiva, sejam eles no plano estético, moral e religioso. O saber que humaniza não é apenas o da instrução utilitarista e pragmática, mas é o saber dos valores que traduz a realidade vital e essencial do homem. Como nos diz Manuel Ferreira Patrício, em diálogo como seu mestre Manuel Antunes, o saber que educa o homem e que o faz ser aquilo que é e deve ser não é apenas lógico-ontológico (ser), nem apenas axiológico ou normativo (dever ser), mas é também realizativo (fazer e transformar), no sentido de um saber 175 pragmático e realista de uma atitude responsável que exige firmeza e objetividade na decisão (gravitas), da piedade, no sentido de um vínculo interior ao divino e aos outros membros da comunidade familiar e social (pietas), da simplicidade, no sentido do reconhecimento do valor autêntico de cada pessoa e de cada coisa e do rigor normativo ajustado de acordo com a medida exata exigido por cada realidade (simplicitas) (ANTUNES, 2005, p. 105-106). Assim, considera Manuel Antunes que uma educação ou é integral ou não é educação, pelo que tem de ter em conta todas as aspirações do homem, incluindo as morais e as metafísicas. Em diálogo com Blondel, considera que a educação é a ação promotora e instauradora de valores, suscitando e conservando atos e formas, ideias e sentimentos, conteúdos e estruturas de humanização através de uma relação livre e intersubjetiva entre consciências. Sendo o homem modificável, a educação deve ser ativa para que o homem saiba construir o seu meio criando valores e assumindo responsabilidade perante os mesmos, promovendo não apenas o surgimento de grandes cientistas e técnicos, mas também de sábios e santos. Só mediante uma visão global do ser do homem se poderá escolher o método adequado para a sua educação (ANTUNES, 2005, p. 175-178). Se a ciência aponta para o saber, a arte aponta para o fazer, e a educação reside, pois, nessa arte de saber fazer bem o projeto de humanizar o homem, socorrendo-se, para tal, da pedagogia que operacionaliza estratégias e técnicas para concretizar esse objetivo. Mas Manuel Ferreira Patrício prefere usar o termo antropagogia para caraterizar esta arte teórica e prática de educar o homem na unidade de pensar aquilo que se faz e de fazer aquilo que se pensa: «(…) a antropagogia é a teoria e prática da educação do homem no horizonte de plenitude de sua humanidade» (PATRÍCIO, 2000, p. 76). 3.Educar para o homo misericors Que tipo de homem procura esta antropagogia? Manuel Antunes considera que o objetivo da educação é o homo misericors que se compadece, escuta e renuncia. Uma renúncia no sentido do amor cristão, que, que como nos diz Afonso Botelho, não significa a perspetiva pessimista gnóstica de abdicar do mundo que Deus criou e viu que era bom, mas a perspetiva otimista de uma aceitação livre e responsável da nossa experiência dramática da existência, que implica uma relativização dos bens materiais transitórios e uma adesão total aos bens definitivos de ordem ética e metafísica que têm na relação com a interioridade dos outros e com a transcendência divina o seu valor supremo (BOTELHO, 1951, p. 5). O homem da bondade e do serviço, da reconciliação e da indulgência, da aceitação e da compreensão, da escuta e da paciência, que se compadece com o sofrimento e dificuldade do outro, realiza-se na sua verdadeira humanidade e acede à via da transcendência divina em que essa humanização se plenifica (ANTUNES, 2005, p. 87). O caráter absoluto e divino da misericórdia está no facto de a sua essência não se alterar com as diferentes culturas e épocas, embora possa diferir na forma de se exteriorizar e concretizar: Aqui, manifesta-se distribuindo os ricos os seus bens pelos pobres; revela-se ali como o escudo do fraco e do oprimido; mais 176 além, surge como piedade universal pelos homens e pelas coisas; mais perto de nós, misericórdia pode ser sinónimo, no despojo pessoal, da promoção da justiça e da fraternidade entre os homens e entre os povos (ANTUNES, 2005, p. 87). O padre Manuel Antunes recorda que a misericórdia, a compaixão e a caridade têm a sua raiz no movimento do coração, que é símbolo da afetividade, suscitado pela miséria ou adversidade do outro. Assim, Deus é por excelência o sujeito de mi 177 alegados artificialismos da cultura e do progresso. O autor adverte para o perigo desta atualização das ideias de Rosseau e para a substituição da imagem fragmentada de um mundo mecânico e técnico em permanente dispersão pela imagem idílica e fascinante de um mundo natural orgânico e belo sem injustiças e sem constrangimentos, que tem como consequência a difusão de ideologias e utopias irrealistas e desajustadas à realidade. A tentação de regressar ao mito antiquíssimo da idade de ouro e à alegada pureza originária da ordem social e da organização religiosa de instituições, como o Cristianismo, ignora as dificuldades, turbulências e desordens dessas épocas e desconhece que vivemos num movimento de progressivo desenvolvimento cultural tendendo para uma vida mais harmoniosa que não se encontra no passado, mas sim no futuro, e cuja plenitude só será atingível na realidade escatológica trans-histórica. Reconhecemos nesta posição de Manuel Antunes uma recusa das configurações gnósticas e neoplatónicas da realidade que concebem a existência mundana como o resultado de uma queda e degradação de uma vida pré-existente perfeita que é preciso restaurar. O regresso à origem da história amanhecente deve servir apenas para renovar o compromisso atual com a energia desse espírito dinâmico e simples da juventude, pelo que o importante não é a reconstituição do passado, mas a descoberta da intuição originária fundante ainda despojada dos assessórios de usos e costumes que o tempo acrescentou. Apesar do abuso da técnica e do excesso de intelectualismo, o caminho não é o de regresso, mas sim de progresso para a criação de um novo estilo de vida e de pensamento assente na complementaridade entre a racionalidade, a imaginação e a emoção que evite alienação e promova a humanização (ANTUNES, 2005, p. 60-68). No seu entender, é a misericórdia que poderá restabelecer a unidade perdida da intuição auroral do projeto da criação, representada pelo mito de origem, elevando-nos para além da alienação e esvaziamento do império da técnica e da exploração irracional dos recursos pelo homo mechanicus (ANTUNES, 2005, p. 90). O regresso utópico e escatológico a uma atitude mística e contemplativa da beleza das criaturas e da instauração da justiça, na distribuição equitativa dos bens, já não pode ser feito sem a aliança da misericórdia com a técnica, da ecologia com a economia, da solidariedade com a política. Mesmo que isso signifique uma perda da eficácia na produtividade, encerra um ganho em valores mais importantes como a comunhão, a qualidade de vida e a limitação da violência, na reunião daquilo que o economicismo dispersou, o tecnicismo endureceu e o sociologismo massificou. Este encontro de sentido na História humana só é possível porque a misericórdia é, ao mesmo tempo, ideia e ação, pensamento e sentimento. 4.Uma Educação fundada na filosofia da Vida e da História que promova o espírito crítico Em contraposição com a filosofia platônica que firmava a verdade na realidade imutável e abstrata das ideias por distinção com a verdade aparente e ilusória da existência sensível, Manuel Antunes empreende uma filosofia da Vida e da História que defende uma evolução no dinamismo natural de crescimento e transformação cultural e recusa as seguintes perspetivas instaladas na tradição: a) recusa a mentalidade parmenidiana do esquematismo fixista e repetitivo das 178 ideologias e correntes alheias à mudança e ao progresso; b) recusa a mentalidade heraclitiana do esquematismo fluxionista e instável dos anarquismos sem leis e valores em ansiosa procura de permanente novidade e mutação científica e tecnológica que gera insegurança e desorientação; c) recusa a mentalidade revolucionária do esquematismo libertarista e voluntarista de certos movimentos, como o iluminismo e o racionalismo modernos, que defendem o niilismo e o relativismo; d) recusa a mentalidade revolucionária do esquematismo igualitarista e totalitarista de certos movimentos socialistas que de forma utópica imanentizam valores escatológicos apenas plenamente realizáveis no tempo supra-histórico; e) e recusa a mentalidade fanática e intolerante do esquematismo dogmatista, alheia à valorização da pluralidade e da diferença que se traduz pela imposição sentenciosa e pela justificação sofística com a estrita finalidade da eficácia (ANTUNES, 2005, p. 93-10). Como tal, Manuel Antunes defende a necessidade de uma educação que supere estes esquematismos, mitologias e ideologias provocados pela angústia e pelo medo e que desenvolva o espírito crítico, no reconhecimento de que estes esquematismos são categorias vazias e construções a priori sem conteúdo. Perante a diferença e a ameaça do desconhecido e do estrangeiro, o homem constrói esquemas conceptuais que o oriente e lhe dê segurança individual e coletiva, daí resultando práticas como o terrorismo ou o fixismo. Recordemos a destruição do patrimônio religioso e cultural por parte de fanáticos como os talibans. Cabe à educação a tarefa de superação da estreiteza destes esquematismos entregues ao capricho e ao desejo irracional, construindo uma nova mentalidade mais aberta, justa, compreensiva e misericordiosa (ANTUNES, 2005, p. 102) que atenda à necessidade vital e autêntica de cada pessoa em saber encontrar uma resposta de sentido para as suas inquietações mais profundas. Como refere Ortega y Gasset, só é homem aquele que se realiza autenticamente por íntima necessidade. Ora, o homem faz metafísica na procura de uma orientação radical para a sua situação dramática de desorientação e perdição existencial, procurando pelo sentido originário do ser e do saber acerca do ser e dos seres (GASSET, 2008, p. 564-565). Como afirma Manuel Antunes num diálogo implícito com o pensador espanhol, o sistema de educação deve abranger o conhecimento fatual empírico e experimental da ciência e o conhecimento valorativo da sabedoria filosófica e religiosa, não apenas pela aquisição extrínseca de informação, mas pela compreensão em profundidade da sua origem. Sem modelos e valores que o guiem no sentido e destino, o homem fica sujeito à anarquia e à desorientação: «Para agir e, principalmente, para agir de forma construtiva e criadora, é indispensável ao homem um mínimo de certeza e de confiança, de sentido do próprio destino e do destino da humanidade em geral» (ANTUNES, 2005, p. 157). 5. Para uma conciliação entre a ciência dos factos e a sabedoria dos valores e do sentido do destino do mundo e do homem Em consonância com a reflexão epistemológica contemporânea, o pensador português reconhece que nem a ciência, nem a filosofia nem a religião podem oferecer ao homem a verdade total porque esta só a Deus pertence. Nesse sentido, critica as posições de um certo infantilismo metafísico que, sob a 179 influência da exigência de verificação experimental e da exigência do dogmatismo ideológico, constituem um obstáculo ao educador que procura ser testemunho da sabedoria. Para que este trabalho seja facilitado perante as exigências da presente conjuntura cultural, é importante que tenha uma informação ampla da História e se deixe guiar por uma criatividade e audácia que não o intimide perante o futuro: «Conjugar o passado e o presente, a sabedoria e a ciência, as culturas e a cultura, a história e a prospectiva, o rigor e a compreensão, eis algumas dessas exigências» (ANTUNES, 2005, p. 159). A nossa cultura industrial, tecnológica e digital, concebida num espaço homogêneo e dinâmico sempre em expansão, exige uma educação melhor que não obedeça apenas ao princípio da eficácia, mas também ao princípio do dever ser, e que acompanhe a permanente inovação dos diversos quadros sociais num dinamismo ascensional de secularidade e de cultura renovadora e inventiva que supere a aceitação do passado e da tradição. Vivemos numa sociedade de relativa paz e de abundância, sob o magistério das Luzes e do Progresso da Ciência e da Técnica que procura minimizar o sofrimento e procura instaurar a justiça social, pela obediência aos valores da liberdade e da fraternidade, em que a educação é um fato, uma necessidade e um dever. A educação é um fato, porque sem educação o homem é apenas uma possibilidade, constituindo-se como uma das criaturas mais desprovidas da escala zoológica, tal como poderemos comprovar através da análise do caso das crianças que não foram educadas humanamente e adquiriram as caraterísticas da sua circunstância animal com grande atraso no desenvolvimento mental. É o meio humano, através de uma linguagem, que oferece os gestos, imagens, ideias e emoções, possibilitando a elevação a um nível superior da simples animalidade. A educação é uma necessidade, porque a humanidade não surge como um dado, mas sim como uma conquista e uma construção. A educação é um dever pessoal e social, porque sem ela a cultura torna-se desumanizadora, numa desordem intelectual e moral, que viola a dignidade da vida humana e o instaura na barbárie. Mas num mundo em que proliferam as ciências e as técnicas, os fatos e os dados, as teorias, as ideias e as emoções, parece que os sistemas tradicionais de educação já não dão resposta. Para quê educar? A educação não pode servir apenas para se ser um excelente profissional, mas tem de ter como objetivo o homem integral na particular atenção ao bem comum e à realização pessoal, não em conformismo e servidão, mas na realização de atos livres capazes de fazer surgir novas formas de cultura e novos sentidos da realidade que está em progressivo e inventivo desenvolvimento (ANTUNES, 2005, p. 178-180). 

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