Esposa: Maria Tereza
Irma: Juleide
Filhos: Anelise
Carlos Ricardo
Silvano
Netos, Giovanni, Giulia, Daniel, Maria
Noras: Jurema e Marcieli
Genro: Tiago
Vinte de setembro: oitenta anos
Casimiro de Abreu comemorou seus Oito Anos com um poema. Talvez estivesse longe da Pátria e a saudade sufocava a garganta. Provavelmente numa rua de Lisboa, começou a pensar na Pátria que resultou no belo poema, obra prima da nossa literatura.
Nos meus oitenta anos nunca fui poeta. Escrevi alguns livros para público especializado. E só.
Mas, olhando a trajetória de minha vida contemplo o que me deu alegria. É o que segue:
Uma criança sorrindo. Um
beijo da mãe. Um abraço do pai. Um enlace da namorada. Um abraço da esposa. Um aperto de mão. O que
tudo isso me evoca? Amizade. E o que torna pleno de júbilo? A
amizade. A amizade tem o poder de despertar a alegria. Até nos momentos
mais tristes posso sentir alegria se estiver com amigos. A amizade esquece a
pobreza, fortalece no sofrimento, perdoa a ingratidão. Mesmo quando nos despedimos de um ente
querido, se estivermos rodeados de amigos, podemos sentir a tristeza envolta na
alegria. Amizade e alegria são dois sentimentos que se irmanam, se completam.
São almas gêmeas que querem estar sempre juntas.
Quando sinto a cadência
da amizade, a alegria irrompe aos borbotões no coração. Dispara quando ouço a voz do amigo. A amizade eleva aos céus, imagino uma humanidade
irmanada, um mundo se dando as mãos entoando a sinfonia de Ode à Alegria de
Beethoven ou um Va Pensiero de Verdi. A amizade desprende desta terra, deixa levitando no espaço, voando com o pensamento como se não tivéssemos
corpo. A amizade é o mais belo presente que alguém pode receber. Ela vale por
toda sabedoria, todos os dons, todas as riquezas. Ela enche de todo o coração.
A amizade não necessita de mais nada, ela é completa em si, ela é alegria.
(In memoriam: Sirlei Malvina Maneck Malfatti)