sexta-feira, 12 de maio de 2017

FRANÇA SÉJOUR , INGLATERRA EXIT. Selvino Antonio Malfatti.
















Se há dois países que não se bicam é Inglaterra e França. Admiro os ingleses nas ciências práticas, os franceses nas teóricas. Detesto a monotonia dos filmes ingleses, vibro com o raciocínio dos franceses. Detesto que os ingleses acolhem somente a quem se adapta a eles, admiro a abertura dos franceses. Admiro o humor inglês e detesto a secura francesa. Prezo a lisura francesa e abomino o portunismo ingles.
Tudo isso pelo Brexit da Inglaterra e o sèjour proposto por Emmanuel Macron. A União europeia foi uma conquista difícil, a qual a Inglaterra nunca aderiu de corpo e alma. Sempre com o pé atrás, a começar pela moeda. Aliás, sempre foi assim. A Europa introduziu o sistema métrico, a Inglaterra continuou com suas milhas. A Europa adotou mudou o sistema de pesos, a Inglaterra continua com polegada, pé, jarda etc. A Europa adota a medida de velocidade em quilômetros por hora, a Inglaterra usa nós e milhas. Sem falar na religião que a Europa tem como capital religiosa Roma, a Inglaterra Londres sua própria capital. A Inglaterra sempre tergiversou em relação à comunidade europeia.
Com efeito, o embrião da integração europeia começa se pode afirmar, em 1951 com o Tratado de Paris quando foi instituída a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - a CECA. Assinaram este tratado Bélgica, França, Alemanha Federal, Itália, Luxemburgo e Holanda. Para a Assembleia da CECA, em setembro de 1952, os representantes designados pelos parlamentos de seus respectivos Estados, se dividiram em três grupos políticos: democratas cristãos, socialistas e liberais. Em Roma, em 1957, são assinados por França, Itália, República Federal da Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo os tratados que dão origem a Comunidade Econômica Europeia, a qual dará vida, em 1958, ao Mercado Comum Europeu – MEC e à Comunidade Europeia para a Energia Atômica- EURATOM. Também para o Parlamento Europeu compareceram os representantes do parlamento de seus países, mantiveram sua divisão em grupos políticos. Com as primeiras eleições para o Parlamento europeu, a primeira ocorrida em 1979 e com de cinco em cinco anos, vão se definindo os quesitos para formação de um grupo político, bem como sua definição dentro do Parlamento. A Inglaterra começou ausenta, evoluiu para meio presente e finalmente se retirou.
Com a vitória de Emmanuel Macron, na eleição presidencial de abril/maio de 2017, no segundo turno, não somente tranquilizou a Europa como as esperanças de uma Europa unida se reacenderam. 
O final do pleito foi polarizado entre os que eram contra a globalização, a União Europeia e a Abertura, posição esta assumida pela candidata de direita, Marine Le Pen e Emmanel Macron, centrista, que se opunha a estas posições.  Já o representante socialista, Benoît Hamon, havia sido derrotado no primeiro turno.
Macron age e promete um governo liberal ao assinar o livre comércio da União Europeia e o Canadá. Afasta o protecionismo e defende uma Europa que proteja a globalização. Consta também como promessa de governo à implementação dos direitos sociais europeus que garantam padrões mínimos, como formação, saúde, saúde desemprego e salário mínimo. Na verdade, Macron se propõe a aprofundar o que já existe fazendo com que a União europeia funcione melhor, na opinião da cientista política Amandine Crespy, do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Bruxelas.

Ao que indica, Macron aceitou o desafio de a França ser o Carro-chefe da União Europeia.

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