Neste
domingo próximo na localidade de Batuvira, distrito do município de Progresso,
do Rio Grande do Sul, a comunidade estará em festa. É que uma filha deste lugar
completará 60 anos de vida religiosa. O nome que os pais lhe deram é ADELINA
ALBINA GIOVANELLLA e o nome que ela escolheu como religiosa é IRMÃE BENILDE.
Filha
de José
Giovanella e de Maria Letícia Salton Giovanella nasceu no então município de
Marques de Souza. Compartilhou a fraternidade com 10 irmãos, dentre os quais
três homens e sete mulheres. Cursou seus estudos superiores em Lages, Santa
Catarina, logrando o título de bacharel em Contabilidade. Sua atuação profissional foi na área de
Administração, destacando-se atividades em Florianópolis, Rio de Janeiro,
Curitiba e Lages. Atualmente reside em São Bento do Sul, Santa Catarina.
O
que será que leva uma pessoa a optar pela vida religiosa? Em todas as religiões há
pessoas que deixam a vida comum e encaminham-se para atividades religiosas. Acontece
no judaísmo, islamismo, budismo e não poderia deixar de ser no
cristianismo. Conforme o testemunho da
Irmã Benilde “é um chamado de Deus”
O
que estas pessoas têm em comum e o que têm de diferente com os que seguem a vida
dita normal. Em comum, as pessoas que se dedicam à vida religiosa, têm uma
grande sensibilidade com o sobrenatural e necessidade de ajudar seus
semelhantes. Diz Irmã Benilde: “por uma vida de doação aos irmãos
necessitados”. Estas pessoas gostam da atmosfera do divino, do místico, do
sobrenatural. Ao mesmo tempo vêm seus semelhantes com outros olhos. Enxergam
neles algo de divino, de um valor que extrapola o natural e eleva-se ao plano
espiritual. Isso é tão forte e marcante que acompanhará pelo resto da vida.
Conforme Benilde: “Se tivesse que reassumir minha vocação hoje, o
faria da mesma forma, somente na época de hoje.” Isto faz com que após 60 anos
de vida religiosa possa dizer: “realizada por ter respondido o convite de
Deus”. Isto não quer dizer que tudo tenha sido um mar de rosas. Ela mesma
salienta que houve um fato marcante na vida dela, “uma experiência de quase
morte que tive, e após revivi”. Após todos estes anos
dedicados a Deus e ao próximo ela confessa que não teve nenhuma aspiração não
realizada e, portanto está plenamente feliz.
A vivência do
religioso na vida social caracteriza-se por ter atitudes diferentes para com os
semelhantes. Compreendem-nas, consolam-nas e as valorizam. O religioso impregna
o ambiente onde está com uma áura espiritual e todos os que dele se acercam
sentem-se imantadas por esta energia. Na presença de um religioso temos a sensação de que Deus anda por perto. A pessoa do religioso é a presença física
daquele em quem acreditamos. Ela nos traz o invisível para o mundo visível, a
fala do silêncio, a certeza da dúvida.
O
religioso está entre nós é igual e diferente. Diferente por causa do olhar
que têm para a realidade circundante. Ele enxerga o que os demais não
percebem. São como pessoas que, usando óculos especiais, podem enxergar no
escuro. E o inverso também é verdadeiro. Elas não enxergam muitas coisas que
pessoas normais vêem. È por isto que surgem às vezes atritos entre os de vida
religiosa e leigos.
Penso
que foi Francisco de Assis que conseguiu expressar o que é uma vida religiosa. O
religioso tem por meta por toda sua vida.
“Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Esta
é uma singela homenagem que nós irmãos, cunhados, sobrinhos, netos, bisnetos e
a comunidade te fazemos, BENILDE: nossa irmã. UM ABRAÇO.