Atualmente se realizada a
cúpula do clima em Roma com as 20 maiores economias do planeta, e em seguida a
26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em
Glasgow, na Escócia.
Nas duas a constatação de
que o clima do planeta está no limite. Já se tentou estabelecer metas de
diminuição de poluentes. Mas isto leva a diminuição da produção e com ele a
restrição ao consumo. E isto as maiores potências não querem por que ninguém quer a privação, ninguém quer
produzir menos, ninguém quer o sacrifício para salvar o clima.
Se numa família ou em outro
grupo as provisões não conseguirem satisfazer as necessidades dos membros há
três alternativas: ou consumir menos ou produzir mais ou administrar melhor. Se
5 sacos de batatas não forem suficientes ou se diminuem os gastos ou se
acrescentam mais batatas ou se consuma racionalmente de tal forma que não
falte.
O mesmo acontece com nossa
morada comum, a terra. Neste momento o consumo é maior do que se produz. A
produção envolve um desgaste tal que neste ritmo a terra não suportará mais em
breve. Até agora o diapasão para solucionar foi diminuir o consumo. Acontece
que as grandes economias não querem a privação, ao contrário querem aumentar. O
aumento de produção, no entanto acarreta o aumento do desgaste o qual levará em
breve ao colapso do sistema. Logo, a solução da privação coletiva ou o aumento
da produção estão descartados. Numa solução política o bode expiatório são as
nações sem poder econômico, mas com potencial despoluidor através do seu meio
ambiente. É para elas que se voltaram o dedo acusatório. Chega de agredir o
meio ambiente, de poluir de desmatar. Mas a pergunta: o que fizeram os países ricos
com o meio ambiente, com a poluição, com o desmatamento? Não seria exatamente
por isso que são ricos, em cima das costas dos pobres?
Qual alternativa? A meta
seria diminuir a produção mundial para diminuir a temperatura. Conforme o G20 se
esta aumentar mais – 1 grau ou 1/5- o planeta entrará em colapso.
Surgem e já surgiram várias
propostas, mas a mais nova e original é da climatologista italiana Claudia
Tebaldi, há anos nos Estados Unidos. Certamente baseada nas conclusões de
Maltus que afirmava que a população mundial aumentava geometricamente enquanto
a produção de alimentos aritmeticamente. Nesta proporção em 25 anos a população
dobrava e a produção de alimentos aumentava desproporcionalmente. O que Maltus
não previu foi a tecnologia que colocou a produção no mesmo patamar.
Cláudia Tebaldi sugeriu que
em vez de se insistir na diminuição da produção se aplicasse a tecnologia na
contenção dos efeitos perversos da produção, isto é, a poluição. Diz ela: “Realisticamente,
acho que será mais fácil resolver o problema do aquecimento global com a
tecnologia do que mudar radicalmente nosso estilo de vida, como a política
promete fazer".
A climatologista é contra
tão somente a propostas políticas, contrapondo uma solução também científica. Ela
acha que será mais fácil resolver o problema do aquecimento global do que mudar
o estivo de vida das populações. Se isto fosse através de métodos compulsórios
talvez se conseguisse por algum tempo. Mas definitivamente não. Então a saída
não pode ser só política, mas científica.
A prova de que medidas
científicas podem resolver problemas basta compara o Katrina com Ida. O
primeiro causou grandes prejuízos materiais. Foram mais de 108 bilhões e 1800
vidas. Enquanto o segundo teve efeitos
maiores com a perda de 30 milhões de barris de petróleo, no entanto salvou mais
vidas.
Para o caso do Katrina
medidas científicas preventivas foram tomadas. A Allianz implementou inspeções
frequentes de telhados, verificando a idade e estruturas e exames minuciosos e
com isso pode suportar melhor os impactos das chuvas e vendavais.
Está colocada a questão:
política ou ciência. Basta escolher.