Papa Francisco I
Temas analisados pelo Papa Francisco I.
1.
Pobreza
2.
Guerra
3.
Imigrantes
4.
Tráfico
de pessoas
5.
Abusos
sexuais
6.
Violência
contra as mulheres
7.
Aborto
8.
Maternidade
sub-rogada
9.
Eutanásia
e suicídio
10. Descarte com pessoas com deficiência
11. Teoria do gênero (gender)
12. Mudança de sexo
13. Violência digital
14. Violência contra as mulheres
15. Aborto
16. Maternidade sub-rogada
17. Eutanásia e suicídio
18. I descarte das pessoas com deficiência
19. Violência digital
Conclusão
Introdução
O pano de fundo da Encíclica são os princípios que regem
a dignidade humana. Primeiramente a Encíclica cita a Revelação. Diante dela
revela-se a dignidade ontológica, isto é, nata, por ser criatura humana e ter
sido redimido pelo Salvador Jesus Cristo. Os seres humanos, todos eles são
igualmente dignos independentes de suas condições, desde uma criança ainda não
nascida até um ancião em agonia. Para tanto invoca o Antigo Testamento, os
evangelhos, os pensadores cristãos, os ensinamentos dos predecessores e a visão
dos filósofos Kant e Descartes. Por ser humano sempre é um fim e nunca um meio.
Estabelece conclusivamente a dignidade humana, independente dos estatutos dos
civis.
Podemos destacar alguns aspectos da
Encíclica Dignitas Infinita. Em relação ao conteúdo dogmático em
nada mudou: o sacerdócio continua masculino, o divórcio é condenado, o homossexualismo
é visto como uma anomalia da natureza que a medicina pode corrigi-los. O suicídio e eutanásia – mesmo os assistidos –
ambos são condenados. Inova na análise da violência digital e no gender. A
dignidade ontológica desde Santo Tomás é
reconhecida pela Igreja. O que o papa Francisco faz é aplicar o princípio à
realidade social atual. Em alguns aspectos inova, pois nenhum papa até agora
tinha enfrentado tais problemas. Voltaram ao debate eclesiástico temas sociais
como a pobreza, desníveis remuneratórios, guerras, tráfico e outros
1. A
pobreza, Guerra, Imigrantes Tráfico e abusos.
A pobreza é um fenômeno contraditório, pois poucos têm
muito, e muitos têm pouco. De um lado há países ricos nos quais internamente
cresce a pobreza pelo fenômeno do surgimento de novas categorias pobres. Por
sua vez nos países pobres umas poucas camadas vivem na opulência enquanto o
restante da população amarga a miséria.
Outra praga que afeta os povos é a guerra. Junto com ela convivem
os atentados, perseguições políticas e religiosas, causando ataques dolorosos à
dignidade humana. Parece que estamos no alvorecer da Terceira Guerra mundial.
Nada justifica as lágrimas da mãe vendo seu filho morto ou mutilado. Nada justifica um campo de
batalha que matam dentro e fora. As guerras devem ser condenadas e banidas de
todas as formas. Não existe guerra justa!
Os imigrantes são as primeiras vítimas da pobreza. Para
eles não há mais lugar nem nos seus países, nem no estrangeiro. São párias
dentro da sociedade. Contra isso todos se devem unir e salvar neles a dignidade
de pessoas.
O tráfico de pessoas é uma vergonha para as nossas
sociedades que se dizem civilizadas. Num mundo cheio de direitos parece que os
únicos que os têm é o dinheiro.
Diante disso a Igreja denuncia e se insurge com o: “comércio
de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de crianças, trabalho
escravizado, incluída a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo
e crime internacional organizado”. Tudo isso viola a pessoa humana na sua
dignidade.
Nada mais ataca a dignidade da pessoa do que o abuso
sexual. A própria Igreja se vê diminuída na sua missão de salvar as pessoas
pelo rastro de violações internas. Nenhum arrependimento pode sanar a ferida
causada por este abuso.
A violência contra as mulheres é patente no mundo todo.
Nas profissões, na economia, na política, no direito e até mesmo na religião. Continuando
o papa, as mulheres pobres sofrem duplamente a discriminação, através da
exclusão, maus tratos, violência, em que pese se encontrarem indefesas para
fazerem valer seus direitos.
Destaca-se a violência do feminicídio dentre os mais
difundidos no tempo atual. O papa faz um
apelo para que os países protejam as mulheres contra estes crimes horrorosos
que grassam nas sociedades quer desenvolvida ou não.
Novamente o aborto é condenado in limine, pois se há ser
humano desde sua concepção, tirar-lhe a vida não somente é crime civil, mas
moral, atentando contra o marco inicial da dignidade.
Outro atentado contra a dignidade humana é a
maternidade-sub-rogada. Isto porque tal prática na maioria das vezes não passa
de um comércio, pois a c4riança torna-se objeto de compra. Uma criança é um dom
divino e não um valor a ser comercializado.
Nos tempos atuais outro tipo de violação apresenta-se com
vestes de dignidade (death with dignity acts). É o ato de eutanásia ou mesmo do
suicídio assistido. Uma pobre criatura doente terminal sem consciência, abúlico
é condenado à morte por pessoas conscientes e com livre arbítrio. Nosso dever é
acompanhar até a morte, mas nunca matar, pois ainda nestas situações temos uma
criatura humana digna.
O mérito da Encíclica é estabelecer um princípio norteador
na análise e interpretação dos temas de maior relevância da atualidade. Aqui e
lá estes temas mereceram interpretação. Mas até agora nunca tinha sido colocado
um princípio que focasse a realidade vista pela Igreja.
O texto completo:
"1. (Dignitas infinita) Uma dignidade infinita, inalienavelmente fundada no seu próprio ser, é inerente a cada pessoa humana, para além de toda circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre. Este princípio, que é plenamente reconhecível também pela pura razão, coloca-se como fundamento do primado da pessoa humana e da tutela de seus direitos. A Igreja, à luz da Revelação, reafirma de modo absoluto esta dignidade ontológica da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus e redimida em Cristo Jesus. Desta verdade extrai as razões do seu empenho em favor daqueles que são mais fracos e menos dotados de poder, insistindo sempre «sobre o primado da pessoa humana e sobre a defesa da sua dignidade para além de toda circunstância».[1].........ler mais
(www.acidigital.com/noticia/57795/texto-completo-da-declaracao-dignitas-infinita-do-dicasterio-para-a-doutrina-da-fe)