No período de 13 a 22 de junho, do corrente ano, na
cidade o Rio de Janeiro está sendo realizada a Rio +20 - a Conferência das
Nações Unidas - sobre o Desenvolvimento Sustentável. Estão presentes 193
Estados-membros da ONU, chefes de Estados e de Governos, milhares de
participantes dos setores mais representativos da sociedade civil. Calcula-se
em torno de 50 mil participantes. Há um congraçamento entre nações, governos e
sociedade com o objetivo de encontrar soluções para conciliar desenvolvimento e
preservação do meio-ambiente.
Após 20 anos passados da Cúpula da Terra, realizada
também na cidade do Rio de Janeiro, pretende-se agora fazer um feedback do que
foi feito e projetar um futuro melhor para os próximos vinte anos. O foco
principal é como reduzir a pobreza, promover a justiça social e simultaneamente
preservar a natureza ou mesmo incrementá-la. Os desafios são enormes, pois
estamos diante de um planeta sempre mais habitado que
requer alimento, civilização, cultura, lazer, tecnologia e experimentos.
O Coordenador Executivo da Conferência, Brice Lalonde,
entende que esta é uma oportunidade histórica por ter conseguido congregar
tantos estados, pessoas e organizações com o objetivo de encontrar idéias que
possam promover um futuro sustentável, isto é, pacificar posições aparentemente
antagônicas, como desenvolvimento e preservação.
Para tanto a Conferência se concentrará em dois temas
eixo: 1. A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e
erradicação da pobreza. 2. Quadro institucional para o desenvolvimento
sustentável.
Há, no entanto, alguns senões. Entre eles é a ausência do
governo norte-americano e chinês. Além
disso, não há confirmação da presença do governo da Alemanha e Reino Unido. E
coincidentemente são os que mais poluem.
Como contrapeso, confirmaram presenças os governos da
Rússia,.o presidente eleito da França e o Presidente da Comissão Européia, José
Manuel Barroso.
O que conseguiram as conferências anteriores? A primeira
de 1972 e a segunda em 1992, esta denominada Eco – 92? Da primeira, em
Estocolmo, se pode dizer que ficou e continua sendo perseguido como ideal
genérico, o ambientalismo, como se dizia na época e agora se chama
sustentabilidade. Compareceram apenas dois chefes de Estado. Já na segunda
Conferência a mesma idéia continua sendo centro de debates, então chamada de
ecologia, na Eco - 92. Já nesta
compareceram 108 chefes de Estado e de governos. Apesar de as agressões à
natureza continuarem, como o caso da concentração de gases, causando o efeito
estufa e redução da biodiversidade, a Eco – 92 motivou as empresas a se
engajarem na preservação ambiental. Com isto a idéia de preservação do meio
ambiente tornou-se adulta e terá muito mais vigor nesta do Rio + 20, mormente
porque ganhou um poderoso aliado, o consumidor que passou a dar preferência a
produtos não poluentes.
O que vai acontecer nos próximos vinte anos?
Uma coisa é certa: a natureza não distingue categorias:
econômicas – ricos ou pobres; educacionais – instruídos ou analfabetos;
religiosos – santos ou pecadores; políticas – governantes e go ou castigo. E tem quem aposta nisso. E o pior, se dá bem.
É bom pensar!overnados. Perante
a natureza todos são iguais. E pior: a natureza recompensa e castiga
indiscriminadamente. Não é por que o Brasil age sustentavelmente que será recompensado,
nem por que os USA poluem serão castigados. A natureza não discrimina prêmio ou castigo. E tem quem
aposta nisso. E o pior, se dá bem.
É bom pensar!