Às vezes pensamos que as vicissitudes acontecem somente
conosco. Que outros países tiveram uma história cor de rosa. Continuamente progredindo
sem problemas. Pensamos o caso dos Estados Unidos que foram sempre bem
sucedidos e sensatos, as instituições nunca sofreram arranhões. Mas não é bem
assim.
O escritor Walt Whitman (1819-1892) escreveu um livro intitulado: Leaves of Grass (Folhas de relva). Nele afirmava em 1870:
O escritor Walt Whitman (1819-1892) escreveu um livro intitulado: Leaves of Grass (Folhas de relva). Nele afirmava em 1870:
“Pois se acontecesse que a América tivesse que se render
à queda e à ruína, o será de dentro para fora, e não de fora para dentro: vejo
claramente que as forças combinadas do mundo externo não conseguiriam
derrubá-la. O que me alarma são esses partidos selvagens e vorazes: sem outra
lei senão seu capricho, cada vez mais agressivos e intolerantes com a ideia de
união e fraternidade equitativa, a perfeita igualdade dos Estados. Estas ideias
sempre foram dominantes da América: cabe a você não concordar e não se misturar
em uma com eles, não se submeter cegamente a seus ditadores, mas mantê-los na
posição firme de juízes e cavalheiros sobre todos eles.”
E arremata afirmando:
Por si só não se deve condenar as formulações de
políticas ativas que levarão a um beco sem saída. Pode ser que determinadas
políticas ativas levem a bom resultado, em que pesem as travessuras de partidos
e líderes que mais por projeção pessoal do que por convicção, líderes de
inteligência dúbia, charlatães e outros espertalhões. Apesar deles, pode ser
que haja acertos e por isso não se pode descartar in limine.
Todos concordam que as consequências da guerra da
secessão foram um período crucial, mas fazendo um balanço o período debitou um
balanço íntegro segundo os parâmetros vigentes para tais situações.
Em contraste hoje, fins do século XIX, a América vive um
período de rapina e de fofocas. Há crentes passivos, diz o autor, que querem
demonstrar o próprio desmoronamento moral, a falência do empreendimento
nacional, e há os crentes ativos que embora concordem com isso, mas com a
diferença de que veem um vislumbre de esperança em uma liquidação apressada do
patrimônio cultural.
Whitman acreditava na existência de um substrato
democrático que conseguia controlar as piores lacunas da civilização, sito é, o
ideal de manter-se sobre a rota certa ou ter a certeza de voltar e reencontrar
o caminho certo, uma via nacional melhor e mais sã embora tudo demonstrasse que
a política era irredimível.
Whitman dizia que a democracia é uma grande palavra, cuja
história ainda estaria por vir por que antes teria que ser vivida. Acreditava
com segurança num espírito supremo da
democracia que manteve controlável as piores lacunas da civilização. Com
efeito, pode ser que tenha sido este ideal a manter a rota correta, ou
insistência em buscar a estrada certa para voltar a uma vida nacional, melhor e
mais saudável.
Onde reside o fundamento de uma saúde duradoura que
garantiu até agora a prosperidade de progresso da América? Certamente foi o
modelo humano e não a Utopia. O bom senso e não elucubrações irrealizáveis. O possível
e não o ideal.
Felizmente nos dá está alegria.
ResponderExcluirFolhas de relva.
ResponderExcluirVou ler.
Obrigado.
Gostei muito, estamos num processo de entendimento.
ResponderExcluirValeu.
Uma ótima explicação, é um alento, existe um caminho.
ResponderExcluirGoste muito, insistência em encontrar o caminho.
ResponderExcluirVc trouxe a chave.
A humanização seria um caminho democrático, a Constituição lei maximá sendo respeitada para que todos soubessem de seus deveres e direitos.
ResponderExcluirA humanização seria um caminho democrático, a Constituição lei maximá sendo respeitada para que todos soubessem de seus deveres e direitos.
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