O século XXI chegou com o país crescendo e oferecendo melhores condições de vida aos brasileiros. Há um longo caminho para atingirmos o padrão das sociedades mais adiantadas, mas a melhoria é real. E esta é uma boa notícia, aspiramos mesmo por uma vida melhor, mais confortável e com acesso aos bens produzidos pela tecnologia que não para de avançar e pelo modo de vida capitalista, que produz em quantidades crescentes. No caso brasileiro, o crescimento econômico não chega a ser tão acelerado que se sinta o efeito da mudança tão rapidamente como queremos, mas em períodos mais longos a mudança é sentida. E uma das mudanças mais significativas e observáveis é o envelhecimento progressivo da população, o que nos desafia a conviver de forma respeitosa com crescente número de pessoas idosas. Novos profissionais para cuidarem deles, lugares onde possam viver com segurança e qualidade, atendimento prioritário nos serviços públicos, aposentadoria digna, acessibilidade, etc.
O Brasil de
hoje não é mais o país dos jovens como há quarenta ou cinqüenta anos, onde a
população infantil era enorme e os velhos representavam percentagem insignificante.
A enorme mortalidade daqueles dias era compensada com o nascimento de muitas
crianças. Não era incomum encontrarmos famílias com oito ou até mais filhos.
Hoje estes números soam absurdos, as famílias são menores e é maior a expectativa
de vida. Isto significa possuir uma população adulta que ruma para ser envelhecida.
Este perfil etário da sociedade brasileira é ainda mais acentuado nas nações
mais ricas da Europa e na América do Norte. Ali o fenômeno é mais visível e os
problemas decorrentes do envelhecimento da população mais urgentes e graves.
As atuais dificuldades
da sociedade européia devem servir de alerta para vivermos esta nova etapa de
nossa história de forma mais leve e humana. A queixa crescente dos aposentados
de que a renda das aposentadorias diminui com os anos coloca em questão a
relação entre tempo de contribuição e a idade necessária para obter o benefício.
Governos populistas e a dificuldade da sociedade de conviver com mudanças necessárias
somente protelam medidas que precisarão ser mais duras e dolorosas quando
aplicadas. Hoje se estuda nos países europeus o aumento da idade mínima da
aposentaria dos 63 para 66 anos. É muito para os nossos padrões, mas é a
realidade deles e o que nos aguarda para logo.
A hipótese de
conceder aposentadorias para quem nunca contribuiu, de conceder benefício
crescente para quem contribuiu durante poucos anos são medidas que só se
sustentam se a sociedade tiver outros meios de aporte para a Previdência Social.
E a sociedade brasileira também reclama que já paga muitos impostos, o que
sugere que este caminho também não poderá ser seguido.
Deixando de
lado o problema como se apresenta para as comunidades nacionais para trazê-lo
para a vida privada dos cidadãos, fazer uma previdência complementar à pública
e construir uma reserva para a velhice são duas medidas absolutamente
necessárias aos jovens de hoje que aspiram ter vida longa e de mais qualidade
que a das gerações anteriores.
Para tratar os
velhos de hoje e de amanhã com o respeito que merecem é necessário, da parte
dos gestores públicos, planejamento rigoroso do sistema previdenciário e seriedade
absoluta na solução dos problemas previdenciários. Enfim, deixar de lado o
jeitinho e o improviso. Para as pessoas que pensam em uma vida digna na velhice
o planejamento dos ganhos e aposentadoria complementar são medidas
imprescindíveis. Viver no limite da renda e com níveis altos de endividamento
não permitirá velhice tranqüila, a não ser por um golpe de muita sorte, o que é,
claro, uma chance desprezível.
É precisamos pensar em planejamento.
ResponderExcluirVelhice tranquila? Quase utopia.
ResponderExcluirEscuto sempre os aposentados reclamarem das perdas,mas parece que o governo está surdo para, ouvir suas reclamações.
ResponderExcluirSerá que podemos confiar que a previdência privada nos dará segurança na velhice? Lembra do plano Collor?
ResponderExcluirÉ os pais se aposentam e,mesmo com a renda defasada estão a sustentar netos.
ResponderExcluirNem quero pensar.É preocupante,obrigada pelo alerta.
ResponderExcluirPreocupante,seremos os aposentados do amanhã.Se sobrar.
ResponderExcluirO maior problema está no governo que distribui benefícios aos que não contribuíram.
ResponderExcluirPode passar despercebido o alerta,mas é uma questão social que não está sendo tratada pelo governo,nem pelos representantes dos aposentados com a devida seriedade que merece.
ResponderExcluirEnquanto se discute pequenas questões,o tempo rapidamente está passando e destruindo sonhos,a tão esperada aposentadoria,os passeios,o descanso...tudo vira pesadelo. A cada ano as aposentadorias perdem para a inflação, a reposição salarial fica aquém das necessidades tudo fica difícil, comprar alimentos,remédios e manter sonhos.
Para contribuir temos regras claras,para receber até o nome muda para benefício,talvez um dia chame-se bolsa esmola tal a defasagem dos valores.
Assim o alerta está neste artigo,uma orientação para uma qualidade de vida programada pois,o hoje amanhã já será passado.