A pergunta não é tanto se a
Religião tem futuro, mas se é justo depositar o sentido de nossa vida confiando
apenas numa mensagem que apareceu há apenas dois mil anos, como é o caso do Cristianismo?
Por que deveríamos a nos limitar a perscrutar um horizonte limitado? Como se a história da humanidade pudesse ser
circunscrita a um par de milênios?
Na nossa história biológica
nada consta de uma origem de seres sobrenaturais, não se alude a uma
transcendência. A “estória” de Adão e Eva, em pensadores como William King, não
passa de um embuste e um drama bem elaborado. Nossa história humana tem
aproximadamente quarenta milhões de anos quando apareceram os primatas, dos
quais emerge o ramo humano. Abstraindo as etapas secundárias, chegamos a nós,
Homo Sapiens, que começa a pisar o solo terrestre há pelo menos duzentos mil
anos.
Por muitos séculos a Igreja
católica, por exemplo, valeu-se das teorias de pensadores pagãos para sustentar que os
humanos têm o privilegio de viver num planeta criado especialmente para eles.
Um planeta fixo, no centro de um espaço delimitado. Na verdade nosso planeta
não está parado e navega num espaço quase infinito. A física do universo não é
diferente da física da terra. Imaginar um além-paradisíaco no alto dos céus não
faz mais sentido. Vender o céu tornou-se uma empreitada quase desesperada. A
Igreja pôde sobreviver concentrando-se sobre a vida terrena, aqui e agora,
privilegiando formas de assistência social.
Infelizmente estamos presos
a esquemas mentais antiquados. Ainda temos pela frente a tarefa de alargamento de
nosso pensamento, em relação ao tempo e espaço. Não podemos prescindir de que a
vida fervilhava de variadas formas bem antes de nossa existência por que se há
sessenta e cinco milhões de anos atrás os dinossauros não tivessem sido
extintos, talvez a vida humana nem tivesse emergido.
Dizem que a religião nunca
foi tão importante como neste momento histórico. Penso que nos séculos passados
a religião era mais importante que atualmente. Condicionava a vida dos seres
humanos e formava o espírito coletivo dos povos. Acredita-se que o Senhor
caminhava no nosso flanco. Conforme o pensador Mircea Iliade em todos os tempos
e em qualquer canto da Terra no coração dos seres humanos arde a chama do
espírito religioso. Mas as religiões nascem e morrem. Ocorrerá isto ao
cristianismo também?
Afirma de Bortoli que parece
que o homem quer substituir Deus pelo Eu. Já o livro de Keith Hopkins “A world
full of Gods” (Um mundo cheio de deuses) a invenção da divindade manifesta o
desespero de viver e o terror da morte. Para tornar os dias suportáveis um bom
álibi é sonhar com uma vida ultraterrena. Mas o problema persiste por que o
homem se põe a questão e ele mesmo dá a resposta.
Atualmente teólogos escrevem
livros usando antigas imagens travestidas com termos modernos. Sempre as mesmas
palavras: sagrado, alma, sobrenatural cuja realidade não consegue dar uma
explicação plausível. Se fecharmos os livros e pensarmos o conteúdo,
constatamos que não passa de um exercício dialético do qual nada sobra. Já o
filósofo Francis Bacon advertia que determinada linguagem, com um saber recheado
de eloquência, cria mundos fictícios convencidos de serem reais.
A ideia de evolução atualmente já é consenso que não é restrita ao biológico, conforme Darwin, mas cósmica. Isto é, a matéria está dotada de capacidade de chegar à vida, em todos os níveis, que pode ter acontecido em algum tempo e espaço no cosmos. Daí se disseminou-se pelo cosmos.
No entanto, não parece tão simples assim. A questão do
universo ainda está em aberto. Sobre os seres que nos cercam alguns são
criações humanas como carros, computadores, telescópios e outros. Sim são
criações humanas desde as mais simples até as complexíssimas. Não surgiram por
geração espontânea, mas primeiramente pensadas e depois construídas.
Se saltarmos para a vida, deparamo-nos com células,
bactérias, algas, fungos, plantas, animais. Nenhum desses foram criações do
homem, ao menos não “ex nihilo”.
Se nos estendermos para o universo ficaremos literalmente
boquiabertos. Dentro deste espaço e tempo sem limites, ao menos até agora não
se encontraram, coexistem em forma de matéria, planetas, estrelas, galáxias, constituindo
o conjunto do cosmos material.
A ideia de evolução atualmente já é consenso que não é restrita ao biológico, conforme Darwin, mas cósmica. Isto é, a matéria está dotada de capacidade de chegar à vida, em todos os níveis, que pode ter acontecido em algum tempo e espaço no cosmos. Daí se disseminou-se pelo cosmos.
Então, quem desafia: a religião à ciencia, ou a CIÊNCIA À RELIGIÃO.
Um assunto muito instigante, mas sempre vamos nos perguntar, onde está a verdade.
ResponderExcluirA ciência pode me convencer, com certeza.
ExcluirA verdade é que somos espiritos eternos vivendo experiências terrenas, a ciência liberta a religião, aprisiona, com a idéia de pecado.
ExcluirSomos responsáveis por nossos atos, somos energia e nos ligamos a energia do universo, sem intermediários.
As religiões nascem e morrem, mas no homem sobrevive a divindade, é parte do universo.
ResponderExcluirA religião talvez esteja passando por grandes transformações, mas a fé, esperança e confiança acreditando no CRIADOR, será nosso socorro, sempre.
ResponderExcluirAcreditei sempre que ciência e religião se completam, a ciencia é o conhecimento comprovado, mas a fé é o melhor caminho, que as vezes vem pela religião.
ResponderExcluirMuito interessante sua REFLEXÃO.
ResponderExcluirReligião, seria a mediação para nos religarmos ao universo, a grande energia.
ResponderExcluirMas vamos aprendendo que não precisamos de intermediários,precisamos
nos conhecer.