Em 2002 foi instituído pela UNESCO o Dia Mundial
da Filosofia, na terceira quinta-feira do mês de novembro. O objetivo de
celebrar tal data foi de demonstrar a importância da Filosofia para a vida
humana e convivência social.
O físico inglês Hawking afirmou recentemente que a
Filosofia estava morta. Claro, o mesmo se poderia dizer da física. Como assim?
Depende de que filosofia e de que física. A filosofia cosmológica está morta e
o mesmo se pode dizer da física com base na cosmologia. O que se quer dizer que
cada área de conhecimento tem um objeto específico. A física teria por objeto
as leis básicas do universo e a filosofia os princípios da convivência humana.
Ou, como afirma chefe da agência da ONU, Irina Bokova, “em um mundo
de múltiplas rupturas, a filosofia desempenha um papel essencial no pensamento
e na ação pela dignidade humana e harmonia”. Para tanto se alça à casuística do
“hic e nunc” para encontrar o que é específico no homem, isto é, sua dignidade.
E isto o faz pela filosofia.
Evidentemente que existem várias
teorias filosóficas, mesmo aqueles que a negam, mas a supõem. O que não se pode fazer é julgar um objeto específico do conhecimento pelo outro também específico. É o caso do
físico Hawking que ao raciocinar sobre a morte da filosofia baseou-se na física.
Enquanto a maioria dos países europeus tem convicção
sobre a importância do estudo da filosofia, no Brasil, provavelmente devido à
origem portuguesa, não há a mesma crença. O pensamento filosófico português
somente adquiriu independência do católico no final do século XIX e ainda assim
optou pelo tecnicismo, o qual foi transferido para o Brasil. A partir daí o
pêndulo balançou entre o tecnicismo e humanismo, mas o currículo oficial sempre
deu preferência ao tecnicismo. Quem manteve a chama acesa do humanismo foi o
ensino privado.
Atualmente a Reforma do Ensino do Brasil prevê a desobrigação do
ensino da Filosofia nos currículos. Isto evidentemente é um retrocesso, uma
volta ao pensamento tecnicista dos governos militares. É o alijamento, mais uma
vez, do conteúdo humanista. Retrocederemos à Reforma do Marquês de Pombal
quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. O preconceito contra a filosofia
acompanhou todas as reformas do ensino no Brasil.
A mais próxima da independência, a Reforma de Pombal consagrou o tecnicismo. A da República, embasada no positivismo como o suprassumo do preconceito contra a filosofia, deixou de compor o currículo. Já na década de Trinta passou a fazer parte do currículo do ciclo complementar. Na Reforma Capanema, nos anos quarenta, com a divisão em ensino científico e colegial a filosofia aparece neste último. A reforma do período militar colocou a filosofia na mira, novamente, do tecnicismo e consequentemente a filosofia foi paulatinamente se extinguindo do currículo. LDB de 1996 contemplava a filosofia no currículo mas a presente reforma em curso, novamente a disciplina recebe um tratamento secundário, senão excludente.
A mais próxima da independência, a Reforma de Pombal consagrou o tecnicismo. A da República, embasada no positivismo como o suprassumo do preconceito contra a filosofia, deixou de compor o currículo. Já na década de Trinta passou a fazer parte do currículo do ciclo complementar. Na Reforma Capanema, nos anos quarenta, com a divisão em ensino científico e colegial a filosofia aparece neste último. A reforma do período militar colocou a filosofia na mira, novamente, do tecnicismo e consequentemente a filosofia foi paulatinamente se extinguindo do currículo. LDB de 1996 contemplava a filosofia no currículo mas a presente reforma em curso, novamente a disciplina recebe um tratamento secundário, senão excludente.
Para ver como a filosofia é importante apresentamos um
elenco de filósofos da atualidade de diferentes países, inclusive ingleses e
americanos países, de pensamento de cunho essencialmente pragmático.
Isto nos leva a refletir como Aristóteles em Protético:
Isto nos leva a refletir como Aristóteles em Protético:
“Se se deve filosofar, deve-se filosofar, e se não se
deve filosofar, deve-se igualmente filosofar para argumentar que não se deve
filosofar”.
Alguns filósofos da atualidade:
G. E. M.
Anscombe , A. J. Ayer , Ruth Barcan Marcus , Isaiah Berlin, Simon Blackburn , Ned
Block , Rudolf Carnap , Avram Noam Chomsky , Donald Davidson , Sigmund Freud. ,
Edmund Husserl, . Henri Bergson, Heidegger, Adorno, Foucault , Habermas entre outros.
Do Brasil: Antonio Paim e de Portugal Antonio Braz Teixeira, ainda vivos.
Com certeza a filosofia deveria fazer parte dos currículos escolares, desde a primeira infância. boa
ResponderExcluirExplicação perfeita, respostas até para os que nada sabem, pensando que sabem, destruidores da beleza e do conhecimento.
ResponderExcluirSim, no Brasil a filosofia sai dos currículos escolares, pessoas que apreendem a pensar e fazer escolhas estão melhores preparadas para votar, isto mudaria a realidade brasileira.
ResponderExcluirAos políticos filosofia não será aliada, significam perdas, pessoas esclarecidas, fazem escolhas conscientes.
ExcluirAs escolas particulares nos últimos anos preparam seus alunos promovendo debates e estudos para preparar e fortalecer o emocional, previlegiados com a filosofia.
ResponderExcluirA educação brasileira não pode ser uma experiência, as gerações precisam ser preparadas para serem formadores de opiniões.
ResponderExcluirA filosofia dá uma orientação ilimitada para o conhecimento das outras ciências, para as angustias humanas.
ResponderExcluirSem filosofia,a angustia do vazio, trás as doenças da alma.