Um rei de Corinto, Sísifo, extremamente esperto conseguia
enganar os deuses Tanatos e Hades e por isso foi condenado e como castigo devia
rolar uma pedra do pé da montanha ao cume e chegando lá a pedra rolava de volta
e ele a subia e ela voltava, assim para sempre.
Se considerarmos um mito então concordamos que foi uma
crença de um povo num determinado momento histórico. No entanto, se pensarmos
como uma fábula como as de La Fontaine, pode ser interpretada de varias formas
e aplicar aos tempos atuais. Sabemos que as fábulas encerram uma lição, uma
moral, um ensinamento para a vida prática. Há ainda outra forma de considerar o
texto, um símbolo. Neste caso, o texto representa algo. Reflitamos a colocação
do autor e tentemos entender a mensagem.
À primeira vista, uma tarefa interminável, sem vitória, um
castigo cruel e sem sentido, mas por trás dessa narrativa há lições profundas
para a vida prática.
O trabalho de Sísifo de rolar continuamente a pedra
significa as tarefas repetitivas: acordar, fazer a higiene, alimentar-se,
trabalhar, descansar e no dia seguinte a mesma coisa. Sonhamos com a vitória
fina e fim! Como ganhar na loteria. Fim de trabalho, só lazer. Contudo, a
vitória é uma conquista de rotinas, repetitivas e prosaicas. Nada de glória
repentina.
O mito nos lembra de que a existência não é feita apenas
de conquistas definitivas, mas também de processos que se renovam. O valor,
portanto, não está apenas no resultado, mas no ato de persistir.
Por outro lado Albert Camus, ao refletir sobre Sísifo,
fala do absurdo da vida, a aparente falta de sentido diante da inevitabilidade
da morte. No entanto, ele nos convida a “imaginar Sísifo feliz”. Por quê?
Porque, mesmo diante do inevitável, Sísifo é livre para escolher a atitude com
que encara sua condição. Da mesma forma, não controlamos todas as
circunstâncias, mas podemos escolher como reagir a elas. O sentido pode nascer
não do destino, mas do caminho.
O sentido nos direciona para a inevitabilidade do esforço repetitivo de nosso dia a dia. Não existe uma vitória momentânea e definitiva. A vida é composta de trabalho, estudos, atitudes, reerguimentos contínuos sem fim. Diante disso poderíamos concluir pelo absurdo da vida. Como diria Albert Camus: a morte é inevitável e esvazia todo sentido. No entanto, e no máximo, podemos imaginar Sísifo feliz por cumprir livremente a missão, mas sem esperança.
Até aqui a interpretação dos pagãos. Daqui em diante começa a interpretação de quem crê em Jesus Cristo. Este também carregou uma cruz monte a cima até o calvário. Nem a cruz nem Jesus voltaram para subir novamente. Jesus morreu nela e com isso acorrentou o mal (Tanatos-morte) e salvou a todos que jaziam no vale de lágrimas aguardando a salvação (hades). Com isso o sofrimento deixou de ser um absurdo, mas uma lapidação para a vida eternamente feliz.
A pedra (cruz) tornou-se símbolo da esperança.
Interessante, é conhecimento.
ResponderExcluirEterno Jesus.
ResponderExcluirNos livrou de todo mal.
É real, é vida com esperança.
Na vida tereis tribulações, mas estarei convosco, até o final dos séculos.
ResponderExcluirÉ promessa.