Em abril de 1892, Floriano Peixoto, presidente do Brasil,
decretou estado de sítio. Prendeu os manifestantes e desterrou outros para a
Amazônia. Quando Rui Barbosa ingressou com habeas corpus no Supremo Tribunal
Federal em favor dos detidos, Floriano Peixoto ameaçou os ministros da Suprema
Corte: "Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei
quem amanhã lhes dará o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão".
Este episódio se refere a um ato ditatorial de um
Presidente, detentor do executivo. Foi um ato arbitrário praticado por um dos
poderes, o executivo. Acima dele, porém, havia outro poder, o judiciário. E foi
para ele que Rui Barbosa apelou, uma instância superior.
Rui Barbosa (1849–1923), o maior jurista brasileiro, de
renome internacional, apelidado de Águia de Haia, pela sua intervenção na Conferência
de Paz de Haia, considerou a ditadura do judiciário como a pior das ditaduras,
pois contra ela não há a quem recorrer. Quais os argumentos que apresentados
por Rui Barbosa para justificar tal afirmativa?
Rui denuncia os abusos oriundos do sistema que deveria
ser o defensor da justiça, mas a usa contra seus protegidos. Seria como um pai
que em vez de defender sua família torna-se o carrasco dela. Um pai que em vez
de escudo torna-se espada ferindo e matando seus filhos e esposa. A ditadura do judiciário numa
instituição política corrompe a estrutura do estado de direito. Por que é tão
letal o desvirtuamento do judiciário?
Ao contrário dos demais poderes, cujos abusos podem ser
contestados judicialmente, não há a quem recorrer quando o Judiciário erra ou
se torna tirano. A sua posição de guardião final da legalidade o torna
praticamente inalcançável em termos de correção imediata, especialmente se a
injustiça vem das instâncias superiores.
Quando o Judiciário deixa de ser imparcial e se submete a
interesses políticos ou pessoais, compromete-se a confiança popular na Justiça,
pilar fundamental da ordem democrática. Sem essa confiança, o tecido social se
rompe, favorecendo a anarquia.
Um Judiciário autoritário é a perversão da própria a justiça. Impõe a sua vontade, muitas vezes em desacordo com a lei ou a equidade. A imparcialidade se converte em parcialidade institucionalizada, e o cidadão se torna vítima de decisões arbitrárias sem possibilidade real de defesa.
A tirania judiciária tem caráter duradouro e insidioso.
Diferente de regimes autoritários políticos, que frequentemente enfrentam
oposição e revoltas, a opressão judicial pode se perpetuar de forma silenciosa
e legalista, mascarada de legalidade.
Quando o Judiciário usurpa funções legislativas ou
executivas, ou age com conivência em prol de um grupo dominante, rompe-se o
equilíbrio entre os poderes, abrindo caminho para o despotismo institucional.
Atualmente no Brasil há um clamor de vários setores contra a atuação do ministro presidente do judiciário. As acusações não são
propriamente ao judiciário, mas ao seu presidente .
O presidente do SPF federal do Brasil vem sendo acusado de arbitrariedades acusado de perseguição política
aos seus adversários, mormente a um ex-presidente. Afirmam que se
comporta não como juiz imparcial, mas como filiado a um partido.
As principais acusações dirigidas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) dizem respeito à sua atuação firme
no combate à desinformação, aos atos antidemocráticos e à responsabilização de
figuras públicas e seus
aliados. Críticos apontam uma suposta atuação parcial e autoritária. Os
principais pontos dessas acusações incluem:
O presidente do STF é acusado por opositores de
extrapolar os limites constitucionais do cargo, tomando decisões monocráticas
(individuais) que restringem liberdades, especialmente de expressão e
comunicação.
Há críticas de que ele concentra poderes indevidamente, sendo ao mesmo tempo vítima, investigador e julgador em certos inquéritos (como o das Fake News e o dos Atos Antidemocráticos).
Decisões como a remoção de conteúdos ou canais, sem trânsito em julgado e com pouca transparência, são vistas por críticos como censura prévia.
Críticos apontam falta de contraditório e ampla defesa,
pois os investigados não foram formalmente denunciados ou ouvidos previamente.
O inquérito é alvo de queixas por violação ao devido
processo legal.
Após os atos golpistas em Brasília, o presidente do STF determinou
prisões preventivas, bloqueio de bens e suspensão de mandatos políticos.
Alguns setores questionam a celeridade e severidade das medidas, alegando perseguição a simpatizantes adversários.
Organizações e parlamentares internacionais, como
integrantes do Partido Republicano dos EUA e ONGs ligadas à liberdade de
expressão, criticaram algumas decisões vendo nelas viés autoritário.
Por suas decisões reiteradas contra aliados da direita é acusado por críticos de agir como um adversário político, e não como
um juiz imparcial.
Há também críticas ao diálogo restrito com setores da
oposição e à suposta convergência ideológica com partidos de esquerda.
O presidente do STF tem apoio expressivo
entre instituições democráticas, como o Congresso Nacional, parte da imprensa e
o Judiciário, que defendem sua atuação como essencial para conter ameaças à
democracia e ao Estado de Direito no Brasil.
No entanto, órgãos internacionais, e nacionais, continuam
clamando por justiça contra decisões. A mais recente e forte
reação veio dos Estados Unidos ao sancionar o presidente do STF do Brasil com a Lei Magnitsky pela
qual são punidos os dirigentes estrangeiros que violarem dos direitos humanos.
ResponderExcluirEstá perfeita, a história contada.
O momento é de muita REFLEXÃO.
Devemos refletir, o que é certo, sempre será.
ExcluirCUIDADO com os oportunistas.
ResponderExcluirSem armas e presos, muito triste este momento que os brasileiros estão vivendo.
Guardião da legalidade, os intocáveis?
ResponderExcluirEstamos precisando urgentemente de um Rui Barbosa.
ResponderExcluirDitadura do judiciário?
ResponderExcluirClaro, somos governados por juízes nomeados.
Juízes devem ter experiência, vivência e não serem defensores de partidos políticos.
É triste ver homens se colocando como deuses, o poder os torna desumanos.
ExcluirE estamos perdendo de sermos unidos e brasileiros, todos querendo o melhor para nosso Brasil.
ResponderExcluirNão uns contra os outros, os partidos ganham com a ignorância.
Unidos pelo Brasil, é o futuro de nossos filhos e netos.
ResponderExcluirA poucos anos atrás os direitos humanos eram todos dia lembrado, HOJE não se fala mais, defensores sumiram.
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