A semana de 6 a 9 de junho ocorreu as eleições para o
Parlamento Europeu. O grupo de Centro Direita- O Partido Popular Europeu (PPE)-
é o maior e o mais antigo grupo político no Parlamento Europeu.
Fundamentalmente é originário do Partido da Democracia cristã, presente na
maioria dos países europeus, após a democratização do após Guerra.
Nesta eleição o partido, de Emmanel Macron, Renascimento,
foi um perdedor. Macron ficou tão
furioso com a derrota contra sua rival Marine Le Pen que dissolveu o parlamento
francês e convoca novas eleições para julho. No espectro político francês e
dentro da direita destaca-se o segmento dos católicos.
O resultado das eleições pode levar a três situações:
1. Emmanel
Macron, do partido Renascimento, misto de direita e esquerda, vence as eleições
com maioria absoluta. Neste caso reconduz seu primeiro Ministro Gabriel Attal.
No entanto é muito improvável, pois tem pela frente o partido de Marine le Pen,
Rassemblement National, e a coligação da .esquerda, Nova Frente Popular.
2. Macron
vence com maioria relativa. Deve apelar para alianças.
3. Nenhum
partido obtém maioria. Indefinição total.
4. Um
terceiro partido obtém maioria. Neste caso Macron deverá deixar o partido
vencedor formar o ministério. Será a “coabitação”.
È neste contexto que o
eleitorado católico precisará decidir entre os principais partidos: quatro
principais partidos políticos em disputa – Nova Frente Popular, Ensemble, Les
Républicains e Reagrupamento Nacional – e seus 577 candidatos.
Lidera
a pesquisa do Ifop-Fiducial o Reagrupamento Nacional (RN) Marine Le Pen com
36,5%, em segundo vem Nova Frente Popular (NFP) com 29%, o Ensemble com 20,5%
(do presidente Macron), e os Republicanos com 7% das intenções de votos.
Nas
eleições europeias de 2024 o eleitorado católico mostrou-se disperso e
radicalizado, oque contradiz sua postura habitual de avesso aos extremismos,
mas mudou na última década. Estudos recentes como dos sociólogos Guy Michelat e
Michel Simond, demonstram estas mudanças. Algumas conclusões são
significativas: nem todos os católicos votam como católicos (a fé não determina
o voto). Isto só acontece com os católicos praticantes (frequência à missa) e
70%, são de direita, isto é, do governo, herdeiros do gaullismo e da
“democracia cristã”. Formam um grupo de oposição à Frente Nacional. Os
católicos não praticantes preferem o lepenismo, seguidores de Marine le Pen, da
extrema direita.
A maioria dos católicos foi
de direita. Com isso atuaram como estabilizadores e moderadores na política
dentro da direita europeia. Parece, porém, que as escolhas políticas dos
católicos estão mudando. Agora se alinham ou á extrema direita ou extrema
esquerda. Isto devido em parte ao crescimento do islamismo. Os líderes Le Pen,
Zemmour, Dupont-Aignan e Lassalle, de direita, obtiveram 42 % dos votos
expressando um claro protesto. Uma atração especial imanta nos católicos pelo
partido Reconquete!, de extrema direita, liderado por Éric Zemmour. Teme a
substituição da raça branca cristã da França pelos árabes e sua religião.
Conclusão.
Nem os católicos de direita,
nem os de esquerda votarão em Macron, mas dispersarão os votos na direita.
RESULTADO
DE 9 DE JUNHO:
RN - Rassemblement national 31,37%
Besoin d'Europe - Coalition
Besoin d'Europe (Renaissance, Modem,
Horizons, Parti Radical, Union des démocrates et indépendants) 14,60%
Réveiller l'Europe -
Coalition Réveiller l'Europe (Parti socialiste, Place publique) 13,83%
LFI - La France Insoumise 9,89%
LR - Les Républicains 7,25%
LE - EELV - Les Écologistes
- Europe Ecologie Les Verts 5,50%
La France fière - Coalition
La France fière (Reconquête!, Centre national des indépendants et paysans) 5,47%
Gauche Unie - Coalition
Gauche Unie (Parti communiste français, Gauche républicaine et socialiste) 2,3
Macron mixto de muita esquerda e pouca direita, que o povo consiga fazer as mudanças possíveis.
ResponderExcluirMuito bom ler seus artigos, clareza nas explicações.
ResponderExcluirÉ utilidade pública, esclarecer a importância de saber votar.
Situação difícil na França.
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