Emmanel Macron e Marine le Pen
Sou Marine Le Pen, do Rassemblement National (Reagrupamento Nacional) e eu Daniel Macron do Renascimento . Pelo barulho na imprensa as eleições em França causaram uma comoção nacional. São lamentações, imprecatórios, acusações, desacatos, enfim todo tipo de desconfortos. O que mesmo aconteceu? A vitória da direita. Sim, da direita. Não era tanto Marine Le Pen, mas a direita ou os vitoriosos. Povo acostumado com a esquerda: greves, aumentos de salários, férias e dias feriados. O povo humilde do campo e da cidade no rigor do trabalho. Estudantes em festas, empresários sobrevivendo, comércio com estoques vencidos, camareiras batendo camas, turismo cheios de promoções. De repente, vence a direita. A expulsão do paraíso e a obrigação do trabalho. Um quadro desenhado para todos entenderem.
Venci estrondosamente a esquerda: 33% por 28%, sem dó. Os
jornais buscam os ideais dos republicanos como tábua de salvação. Todos os
perdedores terão o dever moral de se unir para o segundo turno. O resultado
está claro. Não deixa dúvidas:
Reagrupamento Nacional: 33%
Nova Frente Popular: 28%
Republicanos: 20%
Vejo que a estratégia da
esquerda é fazer ver ou sugerir que as eleições francesas não são unicamente
eleições francesas, mas está em jogo a União Europeia, o continente, o
ocidente. A França foi uma das fundadoras da EU, juntamente coma Alemanha e
Itália. É o motor da Europa.
Embora não defenda explicitamente a Frexit, porém, cuidado.
Dizem que seu partido, Reassemblement National, tem uma postura clara
eurocética, próximo da Rússia de Putin, e atitude dúbia em relação à Ucrânia. O
partido promove uma desunião europeia como consequência uma Europa
marginalizada. Este é o panorama do cenário do nacionalismo populista
ocidental, liderado por Donald Trump. Pede para lembrar a Conferência Nacional
do Conservadorismo, que se realizou nos dias 16 e 17 de Abril em Bruxelas, que
dizia: “Como ocidentais, não temos apenas o direito, mas também o dever moral
de preferir a nossa civilização a todas as outras.» É evidência de xenofobia. David
Engels, o líder neoconservador europeu. Defender o Estado Nacional é a proposta
da direita. Defender a França da ameaça que a imigração e o multiculturalismo
lhe representam.
Antes, a direita de Marine Le Pen era execrada.
A partir de 2011 começou o processo de desdiabolização. Expulsou por telefone o
pai Jean-Marie Le Pen do partido, um claro parricídio político, mudou o nome do
partido, Frente Nacional, para Reassemblement National, para dar a impressão
que se tornara um cordeiro inofensivo, privado das garras. A partir daí, Marine
com 47 anos, passou a se distanciar do pai, mas manteve as estruturas antigas
do partido com postura nacionalista e contra os imigrantes. Agora se apresenta
maquiada.
Neste final de semana haverá o segundo turno nas eleições francesas. Se houver vitória de Marine e derrota de Macron, como ficará o poder na França? Dois leques se abrirão: 1º Le Pen faria uma maioria razoável para formar um governo. Teríamos um governo de um primeiro ministro de um partido e o Presidente de outro: uma coabitação. 2º Um Parlamento sem maioria. Consequência, uma acefalia governamental. Provavelmente, após negociações outra coabitação.
Conclui a oposição que as duas situações são
péssimas. Tudo vai depender da escolha do eleitorado.
Conclusão
Por isso, para a oposição justifica-se a união das esquerdas para derrotar
a direita para o bem da França, da Europa e do ocidente.
Em tempo:
O labour party (Partido Trabalhista), neste final de semana, de esquerda na Inglaterra, alcançou a
maioria e, portanto voltará ao poder. É a gangorra da democracia. Super
saudável. Só alguns não entendem.
Beleza de artigo.
ResponderExcluirInformações corretas de escritor ético.
Parabéns.
Concordo, informações precisas e claras.
ExcluirGangorra é saudável, mesmo na democracia.
ResponderExcluirA população é quem decide.
Que seja uma ótima eleição para os franceses.
ResponderExcluirNa política não temos cordeiros pacíficos, temos lobos famintos pelo poder.
ResponderExcluirCandidatos lobos ou cordeiros, que foram criados dentro da sociedade.
ExcluirSe quisermos diferentes, precisamos repensar a família, escolas e formadores de opiniões.
Importante termos informações verdadeiras e confiáveis.
ResponderExcluirClareza nas explicações, seriedade na análise.
ResponderExcluirPerfeito.
Partido trabalhista voltando na Inglaterra..
ResponderExcluirMuitas surpresas, que sejam para o melhor.
Mas na infância aprendemos que o trabalho é o que faz o homem digno e pleno, coisas do século passado.
ResponderExcluirOs tempos mudam.
As transformações são inevitáveis, mas os valores deviam ser transmitidos na família, escola e sociedade.
ResponderExcluirTodos somos responsáveis pelos políticos que aí estão.
As surpresas eleitorais não só acontecem no Brasil, mas num pais top da União europeia, a França. As projeções indicavam um nítida vitória da direita. Ficou em 3º. O do meio confirmou-se, os Republicanos. Os vitoriosos seriam os da direita, ficaram em 3º lugar.
ResponderExcluirDos 577 assentos da Casa, as projeções indicam que 182 devem ficar com a coalizão de esquerda, 168 com a aliança Ensemble!, e 143 com o Reunião Nacional e seus aliados. Para obter a maioria absoluta, são necessários 289 assentos.