Por ocasião do falecimento do Professor Leonardo Prota,
em março deste, todos os que se pronunciaram fizeram questão de frisar como
grande contribuição sua foi despertar o interesse pelas humanidades no Brasil.
Manifestamo-nos também descrevendo sobre a necessidade de fazermos um segundo
renascimento, retomando a valorização do ser humano atualmente vilipendiado na
educação, política e economia.
Por sua vez, o Professor Ricardo Vélez Rodriguez escreve
um artigo sobre os 400 anos da morte do renascentista espanhol Cervantes
destacando sua contribuição como humanista. Neste ano também se celebra os 400 anos de falecimento de William Shakespeare, outro renascentista de primeira grandeza. Estamos, portanto, no âmbito dos 400 anos do Renascimento.
Com efeito, desenvolveu-se na Europa nos séculos XIV, XV
e XVI um movimento cultural global incrementando o desenvolvimento artístico,
literário, filosófico e científico em prol da valorização homem como ser
natural, pois até então se idealizava um homem anjo: virtuoso, puro, santo. Era
um homem que vivia para morrer e só depois iria poder ser feliz.
O renascimento, ao contrário, deu destaque ao homem como ser imperfeito,
corrompido e pecador, mas que podia aperfeiçoar-se e ser feliz ainda aqui na
terra.
O renascimento marcou a passagem do homem medieval - sem conotação negativa - para o homem moderno - também sem conotação positiva. Foi somente uma transição, mas com mudanças profundas. Seria mais feliz o homem que confiava em Deus ou o homem que dependia de sua razão? O balanço nunca foi feito e talvez jamais será.
O renascimento marcou a passagem do homem medieval - sem conotação negativa - para o homem moderno - também sem conotação positiva. Foi somente uma transição, mas com mudanças profundas. Seria mais feliz o homem que confiava em Deus ou o homem que dependia de sua razão? O balanço nunca foi feito e talvez jamais será.
No intuito de relembrar este movimento global em prol do
homem, apresentamos abaixo os principais representantes com suas obras e países
de origem:
Principais representantes do Renascimento e suas obras:
1. Itália
- Giotto di Bondone (1266-1337) - Obras principais: O
Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.
- Fra Angelico (1395 - 1455) - Obras principais: A coração
da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.
- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- Obras principais:
Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais
conhecida).
- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas
- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor,
cientista, engenheiro, físico, escritor. Obras principais: Mona Lisa,
Última Ceia.
- Sandro Botticelli - (1445-1510)- Obras principais: O
nascimento de Vênus e Primavera.
- Tintoretto - (1518-1594) -. Obras principais: Paraíso e
Última Ceia.
- Veronese - (1528-1588) - Obras principais: A batalha de
Lepanto e São Jerônimo no Deserto.
- Ticiano - (1488-1576) - Sua grande obra foi O imperador
Carlos V em Muhlberg de 1548.
- Giogrio Vasari - (1511-1574) - Entre suas obras
principais, podemos citar: Adoração dos magos e Perseu e Andrômeda.
2. Holanda
- Erasmo de Roterdã. Humanista e fervoroso crítico
social, sua principal obra foi Elogio da loucura. Já no campo das artes
plásticas, podemos destacar o pintor holandês Jan Van Eyck, cuja obra principal
e mais conhecida é O Casal Arnolfini.
3. Espanha
- Espanha: O escritor Miguel de Cervantes, autor da obra
Dom Quixote de la Mancha. Nas artes plásticas, destaca-se o pintor El Greco,
autor de A Ascensão da Virgem, Adoração dos reis magos, El Expolio, entre
outras.
4. França
- O escritor e padre François Rabelais, autor da série de
romances Gargântua e Pantagruel. O filósofo Montaigne, autor de Ensaios.
5. Inglaterra
- William Shakespeare é autor de muitas obras famosas como,
por exemplo, Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O Rei Lear e Macbeth.
6. Portugal
- Luis Vaz de Camões, com a obra os Lusíadas.
7. Renascimento Científico.
- Nicolau
Copérnico. Defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo e. Copérnico
também estudou os movimentos das estrelas.
- Galileu Galilei: Desenvolveu instrumentos ópticos, além
de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também
defendeu a ideia de que a Terra girava em torno do Sol. Galileu teve que
desmentir suas ideias para fugir da fogueira.
- Gutenberg. A invenção da prensa em 1439, revolucionou o
sistema de produção de livros no século XV.
(Fonte: História geral da arte - Renascimento e
Barroco. Autor: Janson,H.V. http://www.suapesquisa.com/renascimento.
Acessado em 28/04/2016)
Algumas frases ficaram famosas dos renascentistas:
1. Dante
– O aviso na porta do Inferno:” Deixai
toda a esperança vós que aqui entrais”.
2. Shakespeare
– “Eis a questão: ser ou não ser”
3. Miguel
Angelo para a escultura de Moisés: “fala!”
4. Galileu
, no experimento da rotação da terra: “no
entanto, ela se move”.
5. Camões, à heroína feminina, Inês de Castro:
“Alma minha gentil que te partiste, tão
cedo desta vida descontente...”
Marilda Malfatti, Vinícius Couzzi Mérida e outras 3 pessoas
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Vinícius Couzzi Mérida
Vinícius Couzzi Mérida Muito bom!
É tudo tão perfeito quando analisado, uma leitura encantadora, e nada toca a humanidade, estamos desumanizados.
ResponderExcluirPrecisamos urgentemente de um novo renascimento.
ResponderExcluirUm grande artigo para estes tempos. Ótima REFLEXÃO.
ResponderExcluirConfiar em Deus ou seguir a razão, são escolhas que se completam.
ResponderExcluirHumanamente preocupados com o homem e seu habitat. Hoje não temos mais figuras assim.
ResponderExcluirBom momento para trazer tal reflexão, muito bom para uma roda de conversa.
ResponderExcluirRenascimento esta palavra soa tão linda, é esperança. parece nova maneira de vermos a realidade de outra forma.
ResponderExcluirA partir do capitalismo ficamos perdidos. Adeus homem anjo.
ResponderExcluirTomara que este tempo traga um novo renascimento.
ResponderExcluirÓtimo artigo. Parabéns.
Se tudo tem um tempo, por Amor ou pela DOR haveremos de nos transformar.
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