A aura sacra que acompanhava as pessoas do despertar até á noite agora passou para um mundo prosaico de trabalho sem luz. Um ser humano desnudo com uma carapuça de fantasia gritando felicidade na passarela da vida. Conheceu o bem e mal em troca da felicidade. Um crânio sorrindo.
O sacro de cada dia com sentido para o prosaico de um dia
após o outro sem luz. O mudo morreu e o homem nele. Nem dias, nem meses ou ano
fazem sentido. Todos sabem o que o espera no fim da jornada: a morte.
Onde está a fé da família que rezava junto? As
missas ou cultos com igrejas repletas? Ou um arrependido no fundo da igreja
rezando solitário? A fé morreu e com ela a esperança? A caridade, descarte sem
serventia?
Deus foi embora e os santos nos abandonaram. Ficou só a
ciência. Ela foi encarregada de aliviar a dor, consolar o aflito. Mas ela é
fria, não tem coração, só razão. A ciência não abraça, só explica. Como medico
que cuida da doença, mas abandona o doente.
Cada etapa da vida tinha seu sentido. Ninguém era
meteorito que se precipitava no vácuo e desaparecia incandescente. Nascia e a
comunidade recebia. Crescia e ingressavas na fé. Forma uma família de uma só
carne com o cônjuge. Pecava e perdoado. Morria e a comunidade do além o
recebia.
A vida era sacra. O alimento uma dádiva divina. O sexo um
dom de criar vida. Respirava-se o sacro. Levanta-se com o sinal-da-cruz e
termina o dia com orações da noite. A fé fosse presente em tudo, e não apenas
em objetos ou pessoas: um universo onde tudo respirava fé. Não há figuras,
porque o sagrado não se deixava conter em imagens fixas; estava nas ruas, nas
casas, nos sinos, nas preces. Procissões e a da vida comunitária, unida pela
devoção. O fogo das velas, a luz dourada dos altares, a intensidade das festas
religiosas. O mistério: a fé como presença difusa, inefável, que tudo tocava e
tudo envolvia.
Agora é diferente por que se fazem as mesmas coisas sem a
fé. O mundo dessacralizou-se. Foi a perda do caráter místico do mundo. Tudo é
natural, pode ser explicado pela ciência que substituiu o poder do sagrado. Romarias
pedindo chuva deixaram de fazer sentido diante da previsão do tempo. Missas
para uma boa colheita tornaram-se anacrônicas com as previsões de safras. Para
que rezar? Deus não se comove. A oração, no máximo pode comover a si mesmo. Esta
é a lógica da ciência. Forças sobrenaturais não interveem na natureza.
Estamos num impasse: o sacro ou o natural. Aquele
ambiente místico está materializado pelo mundo físico. Os nossos pais era
precisavam externar o interior. Devia ser visível. Para comprovar fé precisa
fazer o sinal da cruz. Para dizer que fala com Deus precisa recitar em voz alta
o Pai-Nosso. Pedir ajuda, balbuciar o Santo-Anjo.
A toda hora dizer graças a Deus, Deus queira, vá com
Deus, Adeus, Oxalá. Para ter em mente o sobrenatural guia-se pelo tempo
fracionado em semana, meses e anos cada divisão representam um santo ou ato
litúrgico. Marcava locais por templos, catedrais, ruas com santos.
Agora prevalece o paradoxo. Multidões se formam para
receber uma autoridade religiosa, marchas-para-Jesus reúne milhares de fiéis,
procissões congregam muitas centenas de seguidores. Locais de aparições atraem
devotos aos milhares. No dia seguinte cada um volta para sua casa e continua
tudo como antes. Num momento multidões oram publicamente e de
repente desfazem-se tudo como uma nuvem!
Os sinais externos se voltam para o interno? O sentido
externado recolheu-se para o interior e somente aflora em alguns momentos e em
seguida recolhe-se para o interior?
Onde está a fé de nossos pais?
A alma está triste?
ResponderExcluirÀs vezes temos vendavais na nossa vida, mas assim como a noite trás um novo dia, tudo passa.
Se escrever um pouco sobre você, podemos conversar mais.
Não precisamos estar felizes SEMPRE, nem o palhaço está sempre feliz( As palavras de S.A.M)
Dê notícias.
Sua saúde?
E é assim que os dias se repetem, a rotina cansativa, mas sempre encontrará um livro guardado para LEMBRAR
Bons momentos vividos e até bobos para sorrir, um barco balançando, uma rua de ladeira.
Sentir a VIDA , é apreciar até o temporal, olhando com outro ângulo.
A ciência quer dar respostas, mas nunca entenderá ou explicará a FÉ.
ResponderExcluirFÉ é acreditar mesmo não vendo, é confiar e se entregar mesmo sabendo que estamos vivendo tempestades, que a VIDA amanhã pode mudar, que talvez as perguntas não sejam respondidas, mas se tenho o hoje sou grato.
A fé de nossos pais era o remédio para sobreviver.
ResponderExcluirO pão para por na mesa dos filhos famintos.
Se esquecemos o sofrimento de nossos pais, nos encantamos pelo mundo que nos ofereceu um mundo líquido, hoje desencantados estamos.
ResponderExcluirSim, no barco estava Pedro, são os momentos de Reflexão., ele clamou por Jesus.
ResponderExcluirAs vezes somos tocadas pelo nosso anjo, então sentimos saudades do que nossos avós nos fizeram herdeiros.
ResponderExcluirO Divino Espírito Santo é a resposta, não temos vazio, temos saudades de nosso CRIADOR.
ResponderExcluirQuem mantém a FÉ, enfrenta as adversidades, está provado,
ResponderExcluirTantas vezes nos perguntamos o sentido do VIVER.
ResponderExcluirProcurei fora de mim, fui tão longe e sofri dores e mágoas.
Descobri que não tenho poderes, sou apenas um do todo, e o todo é o Criador, você pode chamar como quiser.
Andei, lutei e me perdi.
ResponderExcluirResgatei os ensinamentos de meus nonos, a vida é para ser vivida, nós complicados o simples, queremos respostas.
Nossas experiências, nossas perdas, tudo é vida.
Deus e os santos não nos abandonaram, estão nos corações de cada um, apenas respeitam nosso livre arbítrio.
ResponderExcluirOnde está a fé de nossos pais?
ResponderExcluirEstá no nosso vazio, no silêncio, nas vozes sufocadas.
Sempre é tempo para voltar.
Um dia neste vazio de angústia e tristeza, clamei a Deus por ajuda e a ajuda veio, eu creio.
ExcluirQue todos tenham paz .