Nestes
dias de internet e celulares a vida corre rápida e o ritmo é cada dia mais
acelerado. Tudo tem pressa na era da comunicação digital e momentos como a
passagem do ano nos coloca a pergunta pelo modo como estamos lidando com o
tempo. É preciso ensinar as novas gerações mais coisas que as anteriores
precisavam para viver. Cada um de nós precisa aprender mais e agir mais
rapidamente na rotina diária. Isso porque a sociedade se encontra nesse processo
de aceleração da vida. Não parece que importa muito às pessoas o quanto isso as
faz esquecer de quem somos e as lança num tempo de massas. Massa é sociedade
que não questiona a razão da vida e o que fará com o tempo que dispõe para
viver.
Tempo
é o tecido da existência humana, tempo é o que nos faz ser o que somos e o que
dimensiona o valor de nossa vida. É no quanto nos dedicamos a cada coisa, no
tempo que nos preparamos para viver os acontecimentos, que se acentua, para
nós, a pergunta pelo sentido. Tempo tem, portanto, a ver com o sentido e valor
que damos a nossa vida. Quando entendemos que nos tornamos o produto do que
escolhemos e vivemos, antecipamos um pouco nossa finalidade existencial, o
sentido de nossa vida.
Toda
a meditação filosófica durante o século que passou ensinou que o progresso não
virá de forma automática. Quer o progresso material da sociedade e dos
indivíduos, quer a evolução moral ou pessoal dessas sociedades ou pessoas,
somente ocorrerão com esforço e, às vezes, em razão do que acontece de forma
inesperada. O destino de cada um será fruto do que ele conseguir realizar para superar,
na circunstância, aquilo que o impede de realizar o sentido de sua vida. Isto
é, realizar seus sonhos, viver seus desejos, fazer coisas que façam a vida
valer a pena ou ter valor para ele. No fundo a renovação periódica dos anos
revela que a vida dos indivíduos humanos e o futuro da sociedade permanecerá um
acontecimento que transcende previsões.
E
se o futuro depende do que fizermos a cada instante, o entendimento do passado,
traz lições importantes e permanecerá, em boa parte, nebuloso. Nossa
compreensão do passado se renova com as gerações que realizam novas
interpretações do já vivido. Isso porque o passado fornece respostas e é tolice
não avaliar essas lições ou tentar entender o que elas indicam. Porém, a
crescente compreensão do passado nunca o revelará integralmente, ficará sempre uma
parcela para se melhor entendido no futuro.
Cada
homem tem, no quadro geral da sociedade em que vive, a responsabilidade de
fazer surgir a pessoa que tem em si e que vai se tornando real com suas
escolhas. Assim, a consolidação de cada novo eu entre os homens mostra a
aventura de um novo sujeito diferente de todos os outros que existem ou já existiram.
O homem comprometido com seu destino e responsável por ele torna-se pessoa.
Esse conceito traduz a realidade do indivíduo humano tocado pelos objetivos da
moralidade, da autorrealização e da autotranscendência.
Assim,
em meio às incertezas gerais quanto ao destino próprio e da sociedade, as
pessoas de fé contam com um diferencial. Elas acreditam que a vida que anima
sua existência e de tantos outros tem um propósito de melhora, que podemos
notar quando estudamos a História. Uma melhora que não vem sem esforço e
comprometimento, mas uma melhora visível para quem tem fé num Deus que governa
a história.
Um
feliz 2020 para todos, um feliz ano novo na esperança de que ele renove nosso
compromisso conosco e em sermos melhores a cada dia. Desse modo ajudaremos a
aprimorar a sociedade e a viver responsavelmente o compromisso conosco mesmo.
F E L I Z A N O N O V O!
F E L I Z A N O N O V O!
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