A saga começou em 1959, em Cuba, quando a ilha, dirigida
pelo ditador Fulgêncio Batista, foi atacada por dois revolucionários: Fidel
Castro e Che Guevara. Após ilhares de vítimas, os famosos “paredons”, os dois
iniciam aquilo que denominavam as reformas socialistas: redistribuição de
terras, educação e saúde públicas, propostas de transporte e alimentação por
preços baixos. O Estado passou a controlar tudo e Fidel Castro concentrou todo
poder em si mesmo.
Desde a tomada do poder, Castro decidiu afastar-se dos
Estados Unidos e a ilha passou para a órbita da URSS, cujo período vai durar
trinta anos.
Em 1991, com o esfacelamento da União soviética, esta
relação acaba, e Cuba entra numa crise de escassez e isolamento. Castro, então,
permite certa abertura para ver se os cubanos conseguem salvar-se do afogamento. Permitiu-lhes criar
pequenas empresas, comprar telefones portáteis, carros e vender suas casas.
Em 2006 o líder Supremo, Fidel Castro, passa o poder para
seu irmão Raul Castro, que prossegue na política de liberação da economia. Agora,
o poder passa para Miguel Diaz-Canel. A pergunta que se faz: qual a herança da
revolução cubana?
Numa democracia isto se poderia denominar de mudança
dentro da continuidade. Mas Cuba está longe de ser uma democracia. Nos regimes
ditatoriais a dose de continuidade prevalece sobre o da mudança.
No dia 19 de abril deste ano Raul Castro (86), irmão de
Fidel, entregou o poder de presidente
do Conselho de Estado a Miguel Diaz-Canel, candidato único e com isto não se
fez exceção à regra.
Diaz-Canel, (57), nasceu depois da revolução, e,
portanto, não conheceu a não ser o regime castrista. Possui o perfil clássico
dos regimes de aparato do tipo da extinta União Soviética.
Na sua formação ostenta o título de engenheiro em
eletrônica, professor universitário. Galgou metodicamente todos os escalões do
Partido Comunista Cubano (PCC) por trinta anos e ultimamente integrou a direção. Na sua província, Vila
Clara, localizada no centro da ilha. Em 2003 ingressou no diretório do partido,
já em 2012 assumiu uma das oito vice-presidências
do Conselho de Ministros e no ano seguinte o número dois do Conselho de Estado,
abrindo-se lhe a possibilidade de ser sucessor.
As reformas conduzidas através de uma economia de mercado
não conseguiu cumprir seus propósitos. Com efeito, incompleta e mal conduzida,
produziu o inverso do desejado, isto é, o acirramento das desigualdades,
favorecida pela coexistência de duas moedas, das quais somente uma era
conversível em divisas estrangeiras, sendo que agora se torna necessário
unificar. A diferença de valor se multiplicou por dez no espaço de trinta anos.
Depois de conceder meio milhão de licenças de trabalho autônomo
Depois de conceder mais de meio milhão de licenças por
conta própria, o poder freou a iniciativa privada em 2017. Querendo evitar a
virada do modelo chinês na direção do livre mercado, Castro limitou-se a
proclamar a modernização do socialismo.
Diaz-Canel ousará ir mais longe? O mundo econômico
ocidental e oriental o recebe com restrições, em que pese a fama de pragmático.
Tem apenas a Venezuela como parceira a qual lhe fornece petróleo. E quem mais?
Que ditadura, TRISTE
ResponderExcluirProduziu o contrário das promessas, uma geração sem visão de mundo.
ResponderExcluirAs mudanças levam o nome, mas tudo segue o pensamento de Fidel Castro.
ResponderExcluirEstá bem mal, a Venezuela de parceria, não tem parceiros.
ResponderExcluirVai mal, não tem o Brasil para enviar dinheiro, chega de sermos otários.
ResponderExcluirLiberação da economia?
ResponderExcluirTudo fala de uma geração perdida, um mundo não vivido.
Que se danem estes políticos corruptos,
ResponderExcluir