Pesquisa recente do
Instituto DataFolha mostra um medo generalizado da volta da inflação. Os dados
demonstrados pelo referido instituto dão conta de que para 69% dos que têm
renda mensal acima de dez salários mínimos a inflação deve aumentar. Obviamente
tal faixa de renda possui também o maior nível de escolaridade. Não obstante, o dado mais significativo
mostra que cerca de 90% dos que ganham até dois salários mínimos já perceberam
o aumento da inflação. Como é sabido, os que se situam nessa faixa consomem
grande parte de sua renda com os alimentos, e mesmo que estes sejam sujeitos a
aumentos sazonais – causados por quebra de safra por exemplo –o que estamos
assistindo é uma reindexação da economia provocada pela deterioração das
expectativas dos agentes econômicos.
Pesquisas na área de comportamento
eleitoral já demonstraram fartamente que o desempenho econômico dos governos é
um fator determinante para a decisão do voto. Com a base eleitoral do governo
(eleitores na faixa de dois salários mínimos) alarmada pela elevação dos preços
é razoável supor que mesmo reeleita, os ajustes que terão que ser feitos em
2015 “minarão” a legitimidade conferida à Dilma pelas urnas. Não bastasse isso,
é pouco provável que os “aliados” darão suporte para eventuais reformas que
poderão ser tentadas em um rompante de lucidez pouco provável.
Há de se constatar que, por
razões ideológicas, o governo seguiu o roteiro do desastre incentivando o
consumo sem tomar medidas para o aumento da produtividade, o que fez com que a
conta não feche. Medidas “heterodoxas” foram promovidas
pelos governos militares e pelo governo Sarney,
e deram com os burros n’água. O triste é ver toda a arquitetura de
desindexação levada a cabo na transição da URV para o Real se desmontada por
quem não leu (ou esqueceu que viveu) a historia recente do país.
A presidenta já sentiu,então o bolsa família terá aumento de
ResponderExcluir10%,para manter seus eleitores.
A economia é que elege o presidente,somos consumistas.
ResponderExcluirÉ só ir ao supermercado para sentir o bolso.
ResponderExcluirNem só no super,olha a prestação de serviços.
ExcluirPuxa, nem dá para pensar este filme repetido.
ResponderExcluirXÕ SARNEY.
ResponderExcluirHoje esta é a nossa realidade, a população incentivada a consumir de todas as formas,os bancos na ânsia de vender seus produtos,oferecem cartões e crediário em prestações que cabem no salário do correntista, mas se não calcular os juros estará com uma enorme dívida por muitos anos. No momento todos querem adquirir,e não há incentivo a poupança.
ResponderExcluirAgora as montadoras estão sentindo um desaquecimento nas vendas, recorrem ao governo que logo começará a incentivar a troca de carro e, sabe-se o que mais, assim seguimos com um governo que ora se afasta e tenta segurar a inflação mas paternalista segue intervindo em todos setores, sem lastro,sem uma poupança forte, dinheiro sem lastro provoca inflação e a consequência é aumento de preços dos produtos disponíveis no mercado,
Tomara que os carros fiquei nas fabricas até cairem os preços. É muito imposto.
Excluirque não volte os tormentos da inflação.
ResponderExcluir