(Michael A. Salter, «Styrobot: Nothing Comes from Nothing» (2013), Galleries of Contemporary Arts, University of Colorado shadow)
Frank Pasquale publica a
partir de três de junho “As novas leis da robótica". Prefaciando a obra, o
diretor da Editora Luiss University Press , Giovanni Lo Storto e o vice-diretor
do jornal Corriere della Sera, Daniele Manca.
Para esclarecer a obra os
comentaristas apresentam uma lenda antiga de Jehuda Löw, um rabino que viveu em
Praga no final do século XVI, considerado um grande sábio,
filósofo e matemático, além de profundo conhecedor da Lei e do Talmude. Tão
vastos eram seus conhecimentos que lhe possibilitaram construir um Golem, ser
feito de barro e de pouca capacidade mental, somente o necessário para entender
as ordens de seu criador. Em compensação a força bruta superava tudo para
desencorajar qualquer inimigo do povo judeu.
O Golem poderia defender a
comunidade dos inimigos e realizar tarefas simples do dia-a-dia. A chave da
passividade e confiabilidade seria inserir uma tábua na sua boca, com os
dizeres: “palavra de Deus”. Caso não fizesse isso a criatura começaria a crescer e não pararia mais e
fugiria do controle do criador. E foi o que aconteceu. Então, Mestre Löw, teve
que interromper as rezas para dominar o Golem.
A estória do Mestre Löw é mais uma variante do mito antigo: o homem que cria o homem. Em que pese ser antigo o mito há alguns anos vislumbrou-se a possibilidade de criar o homem através da inteligência artificial. Isso graças à robótica que possibilitou sair do isolamento. Com isso se transpôs uma dimensão até então somente imaginada: o diálogo entre a máquina e o humano. No entanto há limites. Isto porque à máquina faltam dois ingredientes essenciais: 1º A máquina apenas aplica o que lhe programaram. Ela não tem pensamento abstrato que lhe possibilita criar do nada. 2º Falta-lhe o livre arbítrio dando-lhe poder de optar. Não está apta a escolher entre duas alternativas, indo contra a programação. Inteligência artificial não é coisa de máquinas que raciocinam sozinhas, “ex a se”. Ao Invés, seu pensamento é “ex machina” . Sua vontade já está pré-determinada pelo programador. (http://www.ceavi.udesc.br/arquivos/id_submenu/387/brigiane_machado_da_silva___marcos_vanderlinde.pdf).
Isaac Asimov (bioquímico e
escritor americano nascido na União Soviética (1920-1992), imaginou que as máquinas podiam
ser mantidas na soleira da porta da casa, como cães de guarda. Vejamos as leis
da robótica, conforme ele:
1ª Lei: Um robô não pode
ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robô deve
obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em
que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robô deve
proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito
com a Primeira ou Segunda Leis.
Mais tarde Asimov
acrescentou a “Lei Zero”, acima de todas as outras: um robô não pode causar mal
à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
Atualmente sabemos que se
algo de errado acontecer a culpa não será da maquina, mas de seu programador.
A máquina apenas obedece,
nunca manda.
Incrível,ótimo leitura.
ResponderExcluirUm robô guarda.
Ainda há limites entre o homem e a máquina, penso sempre terá.
ResponderExcluirUma máquina sempre será fria, ser humano tem sentimentos, mas as vezes age como máquina, frio e desumano.
ResponderExcluirA máquina precisa de um programador, felismente, temos o controle, em parte.
ResponderExcluirAté o momento os computadores tiraram o lugar dos humanos, os cães não foram substituídos.
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