RESUMO: Independente da polêmica, por que não se pensar em outra solução, mais justa? Em vez de o Estado pagar pelo aborto, por que não pagar a assistência à mãe até o nascimento da criança e depois encaminhar para adoção?
A Reforma do Código Criminal aborda não somente questões estritamente legais, mas também sociais e existenciais. Neste artigo trazemos ao debate um dos
assuntos existenciais mais polêmicos. Trata-se da do Aborto que se constitui num divisor de águas pró e contra.
Do lado favorável estão representados principalmente:
• Grupo Curumim/
PE
• Católicas pelo
Direito de Decidir
• Comissão de
Cidadania e Reprodução
• CFEMEA/ Centro
Feminista de Estudos e Assessoria
• Ipas Brasil
• Rede Nacional
Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
E contrários ao
aborto representativamente estão:
. Organizações
Não-governamentais
. Associações e
Federações Espíritas
. Associações de
Bairros
. Igreja Católica
. Igrejas
Evangélicas.
No artigo anterior explicitamos as
principais posições frente às questões existenciais: 1) Os utilitaristas que
objetivam o lucro imediato, tanto para resultados sanitários, como sociais e
mesmo pecuniários. 2) Os naturalistas que entendem que não se deve interferir
no curso normal da natureza. Acham que ela mesma tem suas leis, sem necessidade de o homem intervir. 3) Os bilateralistas que se opõem à ética
absoluta dos naturalistas e ao mesmo tempo ao relativismo dos utilitaristas. O
objeto que se deve mirar é a justiça.
É neste contexto que se insere a
polêmica do aborto.
Para os utilitaristas o feto faz parte
do corpo
da mulher e ela pode fazer dele o que quiser. Os naturalistas são contrários a qualquer tipo de interrupção da vida humana. Para os bilateralistas,
se pode interromper a vida humana mediante alguns critérios, os quais
devem ser estabelecidos em lei com direitos, limites e obrigações.
da mulher e ela pode fazer dele o que quiser. Os naturalistas são contrários a qualquer tipo de interrupção da vida humana. Para os bilateralistas,
se pode interromper a vida humana mediante alguns critérios, os quais
devem ser estabelecidos em lei com direitos, limites e obrigações.
Há um consenso que se estabeleceu
entre as diversas posições, qual seja a vida humana é sagrada. A defesa e
preservação desta sacralidade é que constitui a justiça.
A questão, então, passou a girar em torno de “tempo”, isto é, quando começa a vida humana? Este é o fulcro da divergência ideológica.
A questão, então, passou a girar em torno de “tempo”, isto é, quando começa a vida humana? Este é o fulcro da divergência ideológica.
Se
a questão agora é o “tempo” ou o momento em que acontece a vida humana, podemos
lançar mão de uma metáfora que talvez possa clarear o debate. Se tomarmos
isoladamente hidrogênio e oxigênio, sempre teremos somente estes dois
elementos. No entanto, quando unirmos dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio forma-se uma substância de outra natureza: água. Da mesma forma, o
espermatozóide e o óvulo isolados, continuam cada um ser a mesma coisa.
Contudo, quando houver uma síntese de ambos, a concepção, (cum–cipere) teremos
um ser com uma natureza distinta da anterior e própria: o ser humano. Por isso, tudo leva a crer que a
ciência nos diz que o ser humano ocorre com a concepção.
Independente da polêmica, por que não se pensar em outra
solução, mais justa? Em vez de o Estado pagar pelo aborto, por que não pagar a
assistência à mãe até o nascimento da criança e depois encaminhar para adoção?
Há um verdadeiro exército de “pais” aguardando um “filho”. Não correríamos o
risco de imolar um inocente e a mãe teria uma assistência digna.
Complicado.
ResponderExcluirMesmo com tantas explicações é difícil opinar.
ResponderExcluirProfessor, a parte da discussao sobre o aborto, o senhor realmente acredita que haveriam pais para todas as criancas que já nao nascem? E as maes que "doariam" seus filhos, seriam publicamente e facilmente "perdoadas" por essa sociedade cheia de moral crista? Acho interessante sua proposicao, mas assim como a discussao sobre o aborto, acredito que ela tb precisa ser mais polida...(Veridiana Tonetto)
ResponderExcluirSim,sempre haveriam pais adotivos para crianças que nascem perfeitas,preferencialmente de olhos azuis.Crianças adotadas que apresentam algum tipo de deficiência são muitas vezes devolvidas.A discussão sobre o aborto tem muitos olhares...e respeito; porém a sociedade não está aceitando dar amor e espaço neste mundo aos bebês anencéfalos pois, necessitarão de cuidados especiais,muitas vezes chegando a óbito no momento do nascimento.A discussão e a lei só vão sacramentar nos hospitais públicos o que as clínicas clandestinas estão fazendo...sacrificar...antigamente os bezerros sofriam o sacrifício quando nasciam imperfeitos.
ResponderExcluiro direito à vida
ResponderExcluirdeve ser compreendido como direito de
nascer, de permanecer, de defender a vida,assim estudamos,e hoje o que estamos defendendo?
O mundo aceita os bem nascidos,os perfeitos...esta é a verdade.
ResponderExcluirIsto nem se discute o que mais existe são clínicas de aborto.
ResponderExcluirMulher pobre precisa autorização da justiça,porque depende do SUS,quem pode pagar faz aborto nas clinicas particulares.
ResponderExcluirEste assunto é muito pessoal,digamos de consciência.
ResponderExcluirDecisão do stf sobre aborto de anencéfalo
ResponderExcluirO Supremo Tribunal Federal, em sessão concluída no dia 12 de abril, aprovou a liberação do aborto para casos de fetos anencefálicos. Uma comissão integrada por dirigentes da Federação Espírita Brasileira, Associação Médico Espírita do Brasil e Associação dos Juristas Espíritas do Brasil, visitou o gabinete de todos os ministros do STF nos dias 9 e 10 de abril, levando um Memorial contendo argumentações jurídicas, médicas e espíritas em defesa da vida, e acompanhou a citada Sessão Plenária. Independentemente da decisão do STF, informamos que prossegue o trabalho educativo, no sentido de se valorizar a vida em todas suas etapas, e de esclarecimento a respeito das leis que emanam do Criador e regem a nossa vid! a, procurando contribuir com o aperfeiçoamento moral e espiritual da população.
Brasília, 13 de abril de 2012.
Federação Espírita Brasileira, Associação Médico Espírita do Brasil e Associação Jurídico Espírita do Brasil.
Mais informações no Portal da FEB: www.febnet.org.br